Percepções de pessoas de áreas endêmicas de malária sobre desafios e barreiras para testagem
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i4.47487Palavras-chave:
Epidemiologia; Malária; Prevenção de Doenças; Teste de Diagnostico.Resumo
Objetivo- Explorar o ponto de vista dos residentes nas comunidades de Porto Velho e vizinhas sobre testes de malária, riscos e benefícios relacionados. Metodologia- Apreciação rápida e participativa das necessidades da comunidade por meio de uma avaliação etnográfica para explorar crenças/práticas comunitárias relacionadas a intervenções específicas relativas ao diagnóstico e tratamento de uma dada doença. A coleta de dados deu-se por grupos focais e entrevistas individuais face-a-face (no mês de agosto de 2022). Resultados- Participaram 21 mulheres e 17 homens, ambos adultos e escolarizados. Todos os participantes dos grupos focais e 90% dos entrevistados sabiam de casos de malária entre familiares e amigos. Entre os entrevistados, a maioria é de homens adultos, empregados/autônomos, enquanto a maioria dos participantes dos grupos é de mulheres, jovens, empregadas ou estudantes. Os achados revelaram como as endemias anteriores afetaram a percepção da comunidade sobre os testes de malária. A exposição à malária nos círculos sociais reforçou a crença de risco ambiental incontrolável. Revelou-se um espectro de questões críticas: apatia e medo generalizados, maior conscientização sobre recorrência da malária, percepções de sua expansão urbana, importância reconhecida de testes e tratamentos e barreiras aos testes e a tratamento eficazes. Participantes compartilharam e criticaram pensamentos sobre modo de pensar das comunidades em relação aos testes de malária. Conclusão- A preocupação com o meio ambiente-saúde humana requer maior engajamento político ao contexto sociocultural da malária. Recomendações propostas incluem educação e comunicação em massa, ação de agentes comunitários, disponibilidade de técnicos para testes e aumento dos locais de teste.
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