Seletividade de herbicidas pós-emergentes em sistemas cultivados com crotalarias
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4770Palavras-chave:
Crotalaria spectabilis, Crotalaria ochroleuca, Fitotoxicidade.Resumo
As crotalárias são espécies que tem sido de grande utilização nos sistemas de produção agrícola, em função do seu potencial na fixação de nitrogênio, redução de nematoides e boa cobertura do solo. Porém há dificuldades no manejo de plantas daninhas ao longo do ciclo destas culturas, uma vez que não há herbicidas registrados. Objetivou-se avaliar o efeito de seletividade de herbicidas pós-emergentes em Crotalaria spectabilis e Crotalaria ochroleuca. Foram conduzidos dois experimentos, um com C. spectabilis e outro com C. ochroleuca, e no ano agrícola 2014/15. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pela aplicação de dez herbicidas em pós-emergência (piritiobaque-sódico doses 22,4 e 42 g i.a. ha-1, mesotriona 72 g i.a. ha-1, etoxissulfurom 12 e 24 g i.a. ha-1, bentazona 600 g i.a. ha-1, 2,4-D 564 g i.a. ha-1, atrazina 1.250 g i.a. ha-1, flumicloraque-pentílico 30 g i.a. ha-1 e imazetapir 30 g i.a. ha-1), e uma testemunha . Foram avaliados a fitotoxicidade, altura, estande de plantas, número de folhas por planta, florescimento e massa seca da parte aérea. Concluiu-se que imazetapir (T4), bentazona (T7), flumicloraque-pentílico (T9) e em ambas as espécies crotalárias e piritiobaque-sódico nas duas doses (T2 e T3) em Crotalaria spectabilis, foram os herbicidas que promoveram os menores níveis de fitotoxicidade, assim como baixa ou nenhuma interferência em altura, estande de plantas, número de folhas e massa seca da parte aérea, indicando possível seletividade.
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