Autopercepção de Saúde Bucal em pacientes oncológicos atendidos em uma Clínica-Escola de Odontologia no Agreste Pernambucano
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i2.48185Palavras-chave:
Cuidados Paliativos; Antineoplásicos; Saúde Bucal; Neoplasia.Resumo
O tratamento oncológico provoca efeitos adversos no organismo dos pacientes, inclusive, alterações bucais, que interferem negativamente na qualidade de vida. Outros fatores que interferem na condição oral dos indivíduos é a condição sociodemográfica e o encaminhamento tardio para tratamento odontológico. Objetivo: Identificar o perfil sociodemográfico e avaliar a autopercepção de saúde bucal dos pacientes oncológicos atendidos em uma clínica-escola de odontologia. Método: Trata- se de um estudo transversal com análise descritiva, realizado através da aplicação de um questionário da percepção de saúde bucal, seguido pelo exame clínico intraoral. A população foi composta por pacientes oncológicos encaminhados para iniciar o tratamento odontológico entre maio e julho de 2023. Foram calculadas as frequências absoluta e percentuais para as variáveis categóricas descritivas. Para avaliar associação entre duas variáveis categóricas, foi utilizado o teste Exato de Fisher, considerando o nível de significância de 5%. Resultados: Foram registrados dados de 36 participantes. O sexo masculino apresentou maior prevalência (58,3%); 61% tinham idade superior a 61 anos, 27,8% eram analfabetos e 64,9% apresentaram renda familiar entre 1.000,00 e 3.000,00. Apenas 11,1% responderam que procurariam um cirurgião-dentista caso sentissem algum incômodo na boca, evidenciando a falta de informação quanto à necessidade de acompanhamento odontológico desde o diagnóstico inicial. Conclusão: Mesmo diante das alterações orais decorrentes da terapia antineoplásica, muitos pacientes ainda não possuem a autopercepção de saúde bucal e da importância de serem acompanhados por um cirurgião-dentista.
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