A taxa de mortalidade de idosos admitidos na emergência de um hospital universitário no Oeste do Paraná internados em Unidade de Terapia Intensiva e submetidos a ventilação mecânica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i2.48267Palavras-chave:
Ventilação mecânica; Mortalidade hospitalar; Respiração artificial; Unidades de Terapia Intensiva.Resumo
Este estudo teve como objetivo analisar a mortalidade de idosos admitidos na emergência de um hospital universitário no Oeste do Paraná, internados em unidade de terapia intensiva (UTI) e submetidos à ventilação mecânica invasiva (VMI). Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo e quantitativo, realizado a partir da análise de prontuários de pacientes com 60 anos ou mais, internados entre janeiro e dezembro de 2023. Foram coletados dados demográficos, clínicos e desfechos hospitalares. A análise estatística utilizou o teste qui-quadrado, com nível de significância de 5% (p < 0,05). A amostra final incluiu 1.569 pacientes, com predominância do sexo masculino (55%) e média de idade de 73 anos. A maioria (79,9%) foi internada em UTI, e 33,8% necessitaram de VMI. A taxa global de mortalidade foi de 28,4%, sendo significativamente maior entre os pacientes que utilizaram VMI (64,6%) e entre os internados em UTI (24,1%). O tempo médio de internação foi de 10,4 dias. Conclui-se que a necessidade de UTI e de VMI esteve associada a uma maior taxa de mortalidade em idosos hospitalizados. A alta vulnerabilidade dessa população reforça a importância de estratégias de manejo que reduzam complicações e otimizem os cuidados intensivos.
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