Fatores que sustentam a elevada prevalência da tuberculose na região norte do Brasil: Uma análise epidemiológica de 2015 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i2.48279Palavras-chave:
Tuberculose; Perfil epidemiológico; Mycobacterium tuberculosis.Resumo
A tuberculose (TB) é uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões e é transmitida por secreções orais. A doença, embora muitas vezes assintomática, é indicada por tosse persistente. Historicamente, a TB remonta às civilizações antigas e chegou ao Brasil com a colonização. A doença continua a ser uma das principais causas de morte por infecção bacteriana no mundo e teve sua situação agravada pela pandemia de COVID-19 e pela vulnerabilidade social. A pesquisa objetivou analisar fatores que sustentam a elevada prevalência da tuberculose na região norte do brasil O estudo na região Norte do Brasil analisou os registros de TB de 2015 a 2020, utilizando dados do DataSUS. A pesquisa foi quantitativa e identificou fatores como diabetes, tabagismo, alcoolismo e faixa etária, correlacionando-os com a prevalência da doença. Foi evidenciado que o Brasil registrou 540.370 casos, com 2019 destacando-se pelo maior número de infecções. Na região Norte, o Pará teve o maior número de casos, enquanto o Amazonas teve a maior taxa de prevalência. Fatores como tabagismo e alcoolismo mostraram-se principais riscos para o desenvolvimento de TB, com maior incidência entre homens e pessoas na faixa etária de 25 a 34 anos. O estudo reforça a alta prevalência da doença na região Norte e a necessidade urgente de medidas de controle e prevenção, destacando a tuberculose como um sério problema de saúde pública no Brasil.
Referências
Alves Filho, J. R et al. (2017). Desigualdades socioespaciais relacionadas à tuberculose no município de Itaboraí, Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Epidemiologia. 20(4), 559–72.
Banner, A. S. (1973). Pulmonary function in chronic alcoholism. Amer. Rev. resp. Dis. 108, 851-7.
Becker, F. G. & Cleary, M. (2015). Team RM, Holtermann H, The D, Agenda N, et al. Syria Studies. 7, 37-72.
Brasil. (2020). Portaria MS n 1061, de 18-05-2020. Consolidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de Saúde.
Brasil (2017). Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Vol 2. Brasília: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços.
Brasil. (2016). Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN): Tuberculose. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Brasília: DATASUS; 2016
Brasil. (2015). Indicadores Regionais, Estaduais e Nacionais do Rol de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores 2015. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Brasília: DATASUS http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?pacto/2015/cnv/coapcirbr.def.
Brasil. (2009). III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Jornal Brasileiro de Pneumologia. Brasília: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Ministério da Saúde (Org.). p. 1018-1048.
Brasil. (2020). Situação de saúde e indicadores de morbidade da tuberculose. Brasília: Ministério da Saúde.
Maciel, M. D. S. et al. (2012). A história da tuberculose no Brasil: os muitos tons (de cinza) da miséria. Rev Bras Clínica Médica. 10(3), 226–30.
Mocelin, L.C. & Zanella, J.D.F.P. (2019). Tuberculose pulmonar: aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento. XXIV Seminário Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e Extensão.
Muñoz-Sánchez, A.I, Rubiano-Mesa, Y.L. & Saavedra-Cantor, C.J. (2020). Measuring instrument: Knowledge, attitudes and practices of people with pulmonary tuberculosis. Rev Lat Am Enfermagem. 27, e3086.
Nogueira, A. et al. (2012). Tuberculose: uma abordagem geral dos principais aspectos. Rev Bras Farm. 93(1), 3–9.
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Editora UAB/NTE/UFSM.
Queiroz, M. C., Ferreira, K. R. & Bertolozzi, M. R. (2012). Tuberculose: Limites e potencialidades do tratamento supervisionado. Rev Lat Am Enfermagem. 20(2), 369–77.
Shitsuka, R. et al. (2014). Matemática fundamental para tecnologia. (2a ed.). Editora Erica.
Silva, D. R. et al. (2020). Tuberculosis series 2020. J Bras Pneumol, 2(46), 1-2.
Silva, P. H. C. (2020). Análise Comparativa do Perfil Epidemiológico da Tuberculose no estado do Tocantins e Região Norte do Brasil entre 2009 e 2019. Revista de Patologia do Tocantins. 7(1), 3-9.
Silva, D. R. et al. (2021). Consenso sobre o diagnóstico da tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 47(2), e20210054. 10.36416/1806-3756/e20210054.
Silva, P. D. B. (2017). Tuberculose no Tocantins: Perfil epidemiológico dos casos de retratamento e fatores associados à recidiva e ao abandono. (Dissertação de Mestrado em Saúde Coletiva com Área em Concentração e Epidemiologia em Serviços da Saúde com Ênfase em Vigilância da Saúde). Salvador, UFBA.
Souza, S. S., Silva, D. M. G. V. & Meirelles, B. H. S. (2010). Representações sociais sobre a tuberculose. Acta Paulista de Enfermagem. 23, 23-8.
Toassi, R. F. C. & Petry, P. C. (2021). Metodologia científica aplicada à área da Saúde. (2a ed.). Editora da UFRGS
WHO. (2020). Global tuberculosis report 2018. Geneva: World Health Organization (WHO).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Eduardo Chaves Ferreira Coelho; Carlos Eduardo Macedo Rego; Jailson Antônio da Luz Júnior; Brenda de Oliveira Melo; Ana Beatriz Ferro de Melo; Pedro Gabriel de Lima Carneiro Borges; Edna Joana Claudio Manrique
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
