Reflexões sobre a utilização da inteligência artificial no exercício profissional das atividades jurídicas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6285Palavras-chave:
Inteligência artificial; Exercício profissional; Atividades jurídicas.Resumo
A tecnologia digital se expandiu nos mais variados ramos o que traz a necessidade de adaptar os profissionais à realidade do mercado de trabalho. A introdução da inteligência artificial nas práticas do direito resulta de décadas de estudos para otimização do tempo e uniformização de procedimentos para harmonia e integração administrativa no poder judiciário (Andrade, Rosa & Pinto, 2020). Uma questão que precisa ser debatida neste sentido é se o crescimento exponencial da tecnologia digital se revelará como oportunidade ou derrocada para os profissionais do direito. A partir destas questões estabelece-se o objetivo deste estudo tecer reflexões sobre o uso da inteligência artificial no exercício profissional das atividades jurídicas. Para responder à questão proposta realizou-se uma revisão de literatura descritiva sobre o assunto e uma análise documental dos sites do poder judiciário no Brasil. Neste estudo foram encontrados cerca de 11 exemplos do uso de inteligência artificial nos tribunais brasileiros. A capacidade de analisar bilhões de informação e de estabelecer conexões lógicas entre elas, realizada por meio da inteligência artificial, representa um ganho para o trabalho dos advogados e do Poder Judiciário. Ocorre que os avanços tecnológicos seguem numa grande velocidade e as faculdades de direito continuam formando profissionais que em um breve espaço de tempo poderão ser substituídos por robôs. Neste interim, é indispensável pensar em não somente alterar a mentalidade de quem está na prática, mas igualmente reformular o modo de ensinar o direito e abordar a profissão nos bancos escolares
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