Produção de mudas de maracujazeiro por enxertia sob porta-enxertos de espécies de passifloras nativas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6409Palavras-chave:
Passiflora ssp; Propagação vegetative; Vigor de desenvolvimento; Cultivo de plantas nativas.Resumo
Para a obtenção de mudas sadias e plantações mais uniformes de maracujazeiro, o objetivo do presente trabalho é analisar o desenvolvimento de porta enxertos e mudas enxertadas até a época de florada, tendo como tratamentos: Passifora edulis não enxertado, e o mesmo enxertado em dois métodos diferentes, sendo eles a enxertia simples, P. edulis sobre P. caerulea e P. edulis sobre P. giberti, e a dupla enxertia, P. edulis sobre P. giberti e P. caerulea, na mesma planta, com 3 repetições em 2 blocos. Avaliou-se o poder germinativos das sementes das três espécies utilizadas de acordo com o período de armazenamento, a viabilidade dos métodos de enxertia utilizados, a altura das plantas após o período de juvenilidade e a taxa de crescimento relativo. Observou-se que os tratamentos de maracujá azedo sobre P. caerulea obteveram um bom desenvolvimento inicial, reduzindo mais acentuadamente na última coleta de dados que os tratamentos de maracujá sobre P. giberti e dupla enxertia, onde os mesmos obtiveram valores iniciais próximos e pequeno decréscimo com o avanço das coletas. Para o maracujá azedo não enxertado houve acúmulo de matéria no início do desenvolvimento das plantas, com sua redução ao longo das coletas, com tendência a estabilização, principalmente se aproximando do florescimento. Verifica-se que as plantas não enxertadas tendem a começar se desenvolver primeiro, conferindo um adiantamento fisiológico, quando comparadas a dupla enxertia ou enxertia simples com P. caerulea; e também por causa do vigor do porta enxerto, onde este apresenta baixo potencial. A utilização de P. giberti como porta-enxerto parece ser mais viável para a cultura do maracujá.
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