Esquistossomose mansônica: uma análise de indicadores epidemiológicos no Município de São Luís, Maranhão, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7095Palavras-chave:
Epidemiologia; Esquisossomose mansoni; São Luís.Resumo
A Esquistossomose mansoni (EM) é uma doença parasitária, causada pelo agente etiológico do gênero Schistosoma. No mundo, 290 milhões de pessoas estão infectadas com esquistossomos, principalmente S. haematobium e S. mansoni. No Brasil, é uma das mais relevantes doenças endêmicas parasitárias e sua ocorrência é mantida devido a deficiências em saneamento básico e educação ambiental entre a população. Este estudo teve como objetivo realizar uma análise de indicadores epidemiológicos no Município de São Luís, Maranhão, Brasil. Para isso, realizou-se uma pesquisa documental destes indicadores da EM no município escolhido. O recorte temporal escolhido para a pesquisa foi de 2006 a 2016. Os dados utilizados foram extraídos do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE). Verificou-se que o ano de 2006 apresentou a maior quantidade de exames realizados (n=50073) seguido do ano de 2012 (n=23688). Em 2009 foi registrada uma quantidade de 123 (2,83%) casos positivos, seguido de 2007 com 101 (2,28%) e 2006 com 84 (0,17%) casos confirmados. A baixa carga parasitária (1 a 4 ovos) representou 86% da totalidade dos casos, sendo que entre todos os indivíduos infectados houve uma cobertura de tratamento acima de 98%. Sendo assim, foi possível verificar que o número de casos positivos para EM reduziu substancialmente nos últimos anos. Contudo, apesar de São Luís ter diminuído o número de casos positivos, principalmente, nos últimos três anos analisados os indicadores epidemiológicos avaliados comprovam que esta parasitose continua sendo um grave problema de saúde pública.
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