Estresse e estratégias de coping em trabalhadores da saúde de um Centro de Atenção Psicossocial
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13715Palavras-chave:
Saúde Mental; Saúde do Trabalhador; Adaptação Psicológica; Estresse ocupacional.Resumo
O presente artigo tem como objetivo verificar as estratégias de coping utilizadas pelos trabalhadores da saúde frente a demanda de acolhimento de usuários em um Centro de Atenção Psicossocial. Trata-se de um estudo transversal descritivo com uma amostra de 14 profissionais de um Centro de Atenção Psicossocial, situado no município do Rio de Janeiro (RJ) em 2019, que responderam questões sociodemográficas e ocupacionais e a Escala de Coping Ocupacional. No tratamento dos dados trabalhou-se com a análise estatística descritiva. Nos resultados é possível observar que a amostra foi composta majoritariamente pelo sexo feminino, solteiros e faixa etária entre 25 e 34, vínculo empregatício terceirizado e apenas uma fonte de renda. Dentre os fatores e respectivas estratégias de coping utilizadas frequentemente e sempre, identificou-se majoritariamente o controle mediante ações voltadas para a resolução de problemas e suporte social, seguidos do fator manejo de sintomas., principalmente fora do ambiente ocupacional, mediante pratica de exercícios físicos, lazer e mudança de hábitos alimentares. Sobre as estratégias de esquiva, pouco expressivas na amostra, identificou-se que os trabalhadores recorrem a regulação da emoção no intuito de minimizar o estresse ocupacional. Conclui-se que a prevalência das estratégias centradas no controle e no manejo dos sintomas evidenciam estresse ocupacional e riscos para a saúde dos trabalhadores.
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