Resposta da creatina quinase em diferentes volumes de treinamento resistido em circuito com indivíduos treinados e destreinados
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14563Palavras-chave:
Creatina quinase; Exercícios em circuito; Força muscular; Treinamento físico.Resumo
Objetivo: Analisar a cinética da creatina quinase (CK) e suas concentrações no treinamento resistido em circuito, com diferentes volumes de um peso fixo de vinte repetições máximas (20RM), para homens treinados (TR) e destreinados (DT). Método: Compuseram a amostra, por voluntariado, 18 homens (9 voluntários TR e 9 DT), com idade entre 18 e 35 anos. Após receberem informações sobre o projeto, os voluntários, realizaram uma avaliação física, e posteriormente testes e retestes de uma repetição máxima (1RM) e 20RM. O protocolo de treinamento consistiu em: 3 sessões de exercícios (leg press, supino reto, mesa flexora, puxador frente), com intervalos de 1 minuto entre os exercícios e 2 minutos entre cada volta, totalizando 3 voltas por sessão. Cada sessão teve diferentes volumes (12, 16 e 20 repetições) e intervalo de 96 horas (h) entre as sessões. A dosagem da CK, a partir de uma amostra sanguínea, foi realizada em repouso, 24, 48 e 72h pós sessão. Os dados foram analisados pelo software STATISTIC 7, adotando significância de p<0,05. Resultados: Os grupos apresentaram pico de CK após 48h ao repouso, não havendo diferença entre grupos, porém, verificou-se maiores concentrações de CK/repetições nas sessões próximas da falha concêntrica, que nos DT ocorreu na sessão de 16 repetições (1,46±0,50), já nos TR ocorreu na sessão de 20 repetições (1,71±0,62). Conclusão: As concentrações de CK não sofreram influência do nível de treinamento dos indivíduos, mas sim da proximidade a falha concêntrica, onde o pico de 48h mostrou-se relevante para a prescrição do treinamento.
Referências
Apple, F. S., Hellsten, Y., & Clarkson, P. M. (1988). Early detection of skeletal muscle injury by assay of creatine kinase MM isoforms in serum after acute exercise. Clinical chemistry, 34(6), 1102-1104. https://doi.org/10.1093/clinchem/34.6.1102
Barros, N. D. A., Aidar, F. J., Matos, D. G., Souza, R. F., Neves, E. B., Cabral, B. G. D. A. T., ... & Reis, V. M. (2020). Evaluation of Muscle Damage, Body Temperature, Peak Torque, and Fatigue Index in Three Different Methods of Strength Gain. International journal of exercise science, 13(3), 1352-1365. Retirado em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33042368/
Barroso, R., Tricoli, V., & Ugrinowitsch, C. (2005). Adaptações neurais e morfológicas ao treinamento de força com ações excêntricas. Revista brasileira de ciência e movimento, 13(2), 111-122. Retirado em https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-524821
Basilio, P. G., Tajes, R. T., Torres Filho, A. D., & de Medeiros Lima, L. E. (2017). Efeitos benéficos das ações excêntricas no treino resistido. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, 16(1), 34-39. https://doi.org/10.33233/rbfe.v16i1.1121
Brancaccio, P., Maffulli, N., Buonauro, R., & Limongelli, FM (2008). Monitoramento de enzimas séricas em medicina esportiva. Clinics in sports medicine, 27(1), 1-18. https://doi.org/10.1016/j.csm.2007.09.005
Brown, L. E., & Weir, J. P. (2001). Asep Procedures Recommendation I - Accurate Assessment of Muscular Strength and Power. Journal of Exercise Physiology Online. 4(3), 1-21. Retirado em https://www.researchgate.net/publication/235782389_ASEP_Procedures_recommendation_I_Accurate_assessment_of_muscular_strength_and_power
Brown, S. J., Child, R. B., Day, S. H., & Donnelly, A. E. (1997). Exercise-induced skeletal muscle damage and adaptation following repeated bouts of eccentric muscle contractions. Journal of sports sciences, 15(2), 215-222. https://doi.org/10.1080/026404197367498
Carmo, F. C., Pereira, R., & Machado, M. (2011). Variability in resistance exercise induced hyperCKemia. Isokinetics and Exercise Science, 19(3), 191-197. https://doi.org/10.3233/IES-2011-0416
Clarkson, P. M., & Hubal, M. J. (2002). Exercise-induced muscle damage in humans. American journal of physical medicine & rehabilitation, 81(11), S52-S69. Retirado em https://journals.lww.com/ajpmr/Fulltext/2002/11001/Exercise_Induced_Muscle_Damage_in_Humans.7.aspx
Clarkson, P. M. & Newham, D. J. (1995). Asssociations between muscle soreness, damage, and fatigue. In: Gandevia, S. C., Enoka, R. M., McComas, A. J., Stuart, D. G., Thomas, G. K., & Pierce, P. A. (eds). Fatigue. Advances in experimental medicine and biology, vol 384. Springer, Boston, MA. https://doi.org/10.1007/978-1-4899-1016-5_35.
Clarkson, P. M., & Tremblay, I. S. A. B. E. L. L. E. (1988). Exercise-induced muscle damage, repair, and adaptation in humans. Journal of Applied Physiology, 65(1), 1-6. https://doi.org/10.1152/jappl.1988.65.1.1
Cohen, J. (1992). A power primer. Psychological Bulletin, 112(1), 155-159. https://doi.org/10.1037/0033-2909.112.1.155
Drinkwater, E. J., Lawton, T. W., Lindsell, R. P., Pyne, D. B., Hunt, P. H., & McKenna, M. J. (2005). Training leading to repetition failure enhances bench press strength gains in elite junior athletes. The Journal of Strength & Conditioning Research, 19(2), 382-388. https://doi.org/10.1519 / R-15224.1
Figueira, T. G., Magosso, R. F., Campanholi-Neto, J., Carli, J. P., & Robert-Pires, C. M. (2017). Creatine Kinase Response of Physically Active Young Men to One-and Two-Legged Cycling. Journal of Exercise Physiology Online, 20(3),168-176. Retirado em https://www.asep.org/asep/asep/JEPonlineJUNE2017_Figueira.pdf
Fleck, S. J., & Kraemer, W. J. (2017). Fundamentos do treinamento de força muscular. (4a ed). Porto Alegre: Artmed.
Forte, L. D. M., Paiva, R. R., & Meireles, C. L. S. (2020). Respostas agudas e tardias da creatina quinase após duas configurações distintas de treinamento resistido. Arquivos Brasileiros de Educação Física, 3(1), 15-21. https://doi.org/10.20873/abef.2595-0096.v2n2p1621.2020
Fortunato, A. K., Pontes, W. M., De Souza, D. M. S., Prazeres, J. S. F., Marcucci-Barbosa, L. S., Santos, J. M. M., ... & Da Silva, A. N. (2018). Strength Training session induces important changes on physiological, immunological, and inflammatory biomarkers. Journal of immunology research, 2018, 1-13. https://doi.org/10.1155/2018/9675216
Foschini, D., Prestes, J., & Charro, M. A. (2007). Relação entre exercício físico, dano muscular e dor muscular de início tardio. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 9(1), 101-106. Retirado em https://www.researchgate.net/profile/Jonato-Prestes/publication/26455321_Relationship_between_physical_exercise_muscle_damage_and_delayedonset_muscle_soreness/links/56aff76508ae8e37214d1475/Relationship-between-physical-exercise-muscle-damage-and-delayed-onset-muscle-soreness.pdf
Fredericks, S., Murray, J. F., Carter, N. D., Chesser, A. M., Papachristou, S., Yaqoob, M. M., ... & Holt, D. W. (2002). Cardiac troponin T and creatine kinase MB content in skeletal muscle of the uremic rat. Clinical chemistry, 48(6), 859-868. https://doi.org/10.1093/clinchem/48.6.859
Friden J. A. N., & Lieber R. L. (1992). Structural and mechanical basis of exercise-induced muscle injury. Medicine and Science in Sports and Exercise, 24(5), 521-530. Retirado em https://www.researchgate.net/profile/Jan-Friden-2/publication/21585576_Structural_and_mechanical_basis_of_exercise-induced_muscle_injury_Review/links/59dbdb6daca2728e20183317/Structural-and-mechanical-basis-of-exercise-induced-muscle-injury-Review.pdf
Fry, A. C. (2004). The role of resistance exercise intensity on muscle fibre adaptations. Sports medicine, 34(10), 663-679. http://doi.org/10.2165/00007256-200434100-00004.
Goldspink, G., Scutt, A., Loughna, P. T., Wells, D. J., Jaenicke, T., & Gerlach, G. F. (1992). Gene expression in skeletal muscle in response to stretch and force generation. American Journal of physiology-regulatory, integrative and comparative physiology, 262(3), 356-363. https://doi.org/10.1152/ajpregu.1992.262.3.R356
Hartmann, U., & Mester, J. (2000). Training and overtraining markers in selected sport events. Medicine and science in sports and exercise, 32(1), 209-215. https://doi.org/10.1097 / 00005768-200001000-00031
Kraemer, W. J., & Ratamess, N. A. (2005). Hormonal responses and adaptations to resistance exercise and training. Sports medicine, 35(4), 339-361. http://doi.org/10.2165/00007256-200535040-00004.
Lang, H., & Würzburg, U. (1982). Creatine kinase, an enzyme of many forms. Clinical chemistry, 28(7), 1439-1447. Retirado em http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.619.3097&rep=rep1&type=pdf
Lima, L. C. R. D., & Denadai, B. S. (2011). The repeated bout effect: a comparison between upper and lower limbs. Motriz: Revista de Educação Física, 17(4), 738-747. https://doi.org/10.1590/S1980-65742011000400019
Machado, M., & Willardson, J. M. (2010). Short recovery augments magnitude of muscle damage in high responders. Medicine and Science in Sports and Exercise, 42(7), 1370-1374. http://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3181ca7e16
Neto, J. M. F. A., de Almeida, J. P. E., & de Campos, M. F. (2017). Análise de marcadores celulares e bioquímicos sanguíneos para determinação de parâmetros de monitoramento do treinamento de praticantes de musculação. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 11(70), 778-783. Retirado em http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1266/982
Neto, J. M. F. A., Ferreira, D. C. B. G., dos Reis, I. C., Calvi, R. G., & Rivera, R. J. B. (2007). Manutenção de microlesões celulares e respostas adaptativas a longo prazo no treinamento de força. Brazilian journal of biomotricity, 1(4), 1-16. Retirado em https://www.redalyc.org/pdf/930/93010402.pdf
Newton, M. J., Morgan, G. T., Sacco, P., Chapman, D. W., & Nosaka, K. (2008). Comparison of responses to strenuous eccentric exercise of the elbow flexors between resistance-trained and untrained men. The Journal of Strength & Conditioning Research, 22(2), 597-607. https://doi.org/10.1519/JSC.0b013e3181660003
Nosaka, K., & Clarkson, P. M. (1995). Muscle damage following repeated bouts of high force eccentric exercise. Medicine and science in sports and exercise, 27(9), 1263-1269. Retirado em https://europepmc.org/article/med/8531624
Nosaka, K., & Newton, M. (2002). Repeated eccentric exercise bouts do not exacerbate muscle damage and repair. The Journal of Strength & Conditioning Research, 16(1), 117-122. Retirado em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11834116/
Nosaka, K., Newton, M., Sacco, P., Chapman, D., & Lavender, A. (2005). Partial protection against muscle damage by eccentric actions at short muscle lengths. Medicine and science in sports and exercise, 37(5), 746-753. http://doi.org/10.1249/01.MSS.0000162691.66162.00
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria: UAB/NTE/UFSM. Retirado em https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Podgórski, T., Nowak, A., Domaszewska, K., Mączyński, J., Jabłońska, M., Janowski, J., & Ogurkowska M. B. (2020). Muscle strength and inflammatory response to the training load in rowers. Peer-Reviewed & Open Acess. 8(1), e10355. Retirado em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7749653/
Prestes, J., Foschini, D., Marchetti, P., Charro, M., & Tibana, R. (2016). Prescrição e periodização do treinamento de força em academias (2a ed). São Paulo: Manole.
Rodrigues, B. M., Dantas, E., de Salles, B. F., Miranda, H., Koch, A. J., Willardson, J. M., & Simão, R. (2010). Creatine kinase and lactate dehydrogenase responses after upper-body resistance exercise with different rest intervals. The Journal of Strength & Conditioning Research, 24(6), 1657-1662. http://doi.org/10.1519/JSC.0b013e3181d8e6b1
Rooney, K. J., Herbert, R. D., & Balnave, R. J. (1994). Fatigue contributes to the strength training stimulus. Medicine and science in sports and exercise, 26(9), 1160-1164. Retirado em https://europepmc.org/article/med/7808251
Rödel, R. G. B., Danielevicz, A., de Moraes Sirydakis, M. E., & Delevatti, R. S. (2020). Qualidade de vida associada à frequência semanal de treinamento: um estudo transversal comparativo. Research, Society and Development, 9(9), e663997549-e663997549. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7549
Santos, G. A., Moreira, S. R., Santos, F. R., & Teixeira-Coelho, F. (2019). Efeito da ação muscular excêntrica na avaliação perceptual da dor muscular de início tardio. RBPFEX-Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 13(83), 472-480. http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1700
Schlattner, U., Tokarska-Schlattner, M., & Wallimann, T. (2006). Mitochondrial creatine kinase in human health and disease. Biochimica et Biophysica Acta (BBA)-Molecular Basis of Disease, 1762(2), 164-180. https://doi.org/10.1016/j.bbadis.2005.09.004
Schneider, M., Périco, E., & Pozzobon, A. (2015). Verificação do dano muscular através da avaliação da concentração de creatina quinase em indivíduos não atletas após prova de ciclismo não competitivo. Scientia Medica, 25(1), 19819-19819. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2015.1.19819
Shimano, T., Kraemer, W. J., Spiering, B. A., Volek, J. S., Hatfield, D. L., Silvestre, R., ... & Häkkinen, K. (2006). Relationship between the number of repetitions and selected percentages of one repetition maximum in free weight exercises in trained and untrained men. The Journal of Strength & Conditioning Research, 20(4), 819-823. https://doi.org/10.1519/R-18195.1.
Smith, L. L., Fulmer, M. G., Holbert, D., McCammon, M. R., Houmard, J. A., Frazer, D. D., ... & Israel, R. G. (1994). The impact of a repeated bout of eccentric exercise on muscular strength, muscle soreness and creatine kinase. British journal of sports medicine, 28(4), 267-271. http://doi.org/10.1136/bjsm.28.4.267
Teixeira, J. A. A., Magosso, R. F., Pires, C. M. R., Teixeira, K. K. L., Baldissera, V., & de Andrade Perez, S. E. (2019). Determinação dos níveis de aptidão física para indivíduos treinados e destreinados a partir do Índice de Força Máxima Relativa (IFMR). RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 13(82), 182-188. Retirado em http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1585
Willardson, J. M. (2007). The application of training to failure in periodized multiple-set resistance exercise programs. Journal of Strength and Conditioning Research, 21(2), 628–631. https://doi.org/10.1519/00124278-200705000-00058
Willardson, J. M., Norton, L., & Wilson, G. (2010). Training to failure and beyond in mainstream resistance exercise programs. Strength & Conditioning Journal, 32(3), 21-29. https://doi.org/10.1519/SSC.0b013e3181cc2a3a
Williams, M. H., Kreider, R. B., & Branch, J. D. (2000). Creatina. São Paulo: Manole.
Willoughby, D. S., McFarlin, B., & Bois, C. (2003). Interleukin-6 expression after repeated bouts of eccentric exercise. International journal of sports medicine, 24(1), 15-21. https://doi.org/10.1055/s-2003-37197
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Jeferson Américo Ancelmo Teixeira; Karina Kirschner Lopes Teixeira; Jorge Camargo Oishi; Valter Mariano dos Santos Júnior; Jean Cesar Andrade de Souza; Thiago Gomes Figueira; Cássio Mascarenhas Robert-Pires; Rodrigo Ferro Magosso

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.