LIBRAS na educação sexual da pessoa surda
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1836Palavras-chave:
Surdez; sexualidade; educação sexual do surdo.Resumo
O presente estudo aborda a visão social e estigma da sexualidade da pessoa surda. Segundo Dizeu e Caporali (2005), existe uma necessidade de promover o uso da LIBRAS tanto no contexto escolar quanto familiar ainda na infância buscando uma melhor relação entre eles, pois esta interação seria mais produtiva, colaborando na construção da identidade do surdo, além de prevenir danos e transtornos ao facilitar o acesso a uma educação sexual informativa e abrangente, considerando a importância desta no desenvolvimento da sexualidade do indivíduo, enfatizando os seus direitos de vivenciar o prazer sexual. Foi utilizada uma revisão bibliográfica a partir dos termos surdez, sexualidade, educação sexual do surdo, cultura surda. Como resultado da busca foram obtidas 26 pesquisas, dentre elas apenas 8 tratavam diretamente da educação sexual do surdo. Como resultado do estudo realizado, observou-se que existe uma visão limitada a respeito do surdo, impossibilitando o acesso às descobertas da sua identidade, sendo colocado como mentalmente incapaz de um desenvolvimento saudável das noções acerca da própria subjetividade e do mundo, dificultando o processo de inclusão social. Quando se fala em inclusão e acesso à informação, a sexualidade humana não deve ser descartada. É necessário compreender que os sujeitos surdos partilham de uma cultura evidenciada através de uma língua própria e não deveria ser um impedimento em seu desenvolvimento social a questão linguística.
Referências
Brasil, Governo. (2016) Direito à sexualidade. Recuperado em 31 maio, 2019, de http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2016/09/apesar-de-avancos-surdos-ainda-enfrentam-barreiras-de-acessibilidade
Abreu, Fabrício Santos Dias de, Silva, Daniele Nunes Henrique, & Zuchiwschi, José. (2015). Surdos e homossexuais: a (des)cobertade trajetórias silenciadas. Temas em Psicologia, 23(3), 607-620. https://dx.doi.org/10.9788/TP2015.3-07. Acesso em: 31 de agosto de 2019.
Dizeu, Liliane Correia Toscano de Brito e Caporali, Sueli Aparecida. (2005). A língua de sinais composta ou surdo como sujeito. Educação & Sociedade , 26 (91), 583-597. https://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302005000200014
Saúde, Ministério da. (2009). Direitos sexuais e reprodutivos na integralidade da atenção à saúde de pessoas com deficiência [versão eletrônica], Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, 1(98), 50.
IBGE. (2010) Censo Demográfico 2010: características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Recuperado em 25 julho, 2019, de https://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?id=3&idnoticia=2170&view=noticia>. Acesso em 25 de Julho de 2019
Klein, M., & Formozo, D. (2008). Gênero e Surdez. Reflexão e Ação, 15(1), 100-112. doi:https://doi.org/10.17058/rea.v15i1.225
Lapate, Wagner. Educando para a vida. Sexualidade e saúde. Ed. Cortez, 1996, p31.
Maia, A. C. B. Sexualidade e deficiências. São Paulo: UNESP, 2011, p.31.
Dreyer, L. R. O. (2018). Pessoas com surdez e suas relações com a sexualidade; Silenciamentos e descobertas. Textura, 20 (44), 8. file:///C:/Users/24007453/Downloads/3696-14700-1-PB.pdf
Perlin, G. T. T. Identidade Surda. In: Skliar, C. (Org.).(2001, p. 51-72) A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação.
Pesavento, S. J. (2005) História & história cultural. Belo Horizonte: Autêntica.
Freire, P. (1999) P. 7, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
ed. São Paulo: Paz na Terra.
Quadros, Ronice Müller de. (2006). Políticas linguísticas e educação de surdos em Santa Catarina: espaço de negociações. Cadernos CEDES, 26(69), 141-161. https://dx.doi.org/10.1590/S0101-32622006000200003
Quadros, R. M de.; Karnopp, L. B. Língua de Sinais Brasileira: Estudos Linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004. 224p.
Salamanca, Declaração (1994) Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Recuperado em 30 maio, 2019 de http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
Strobel K. (2008) P. 22, As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis:
Editora da UFSC.
Skliar, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Dimensão, 1998.
Sacks, O. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
União, Diário Oficial da (2002) P. 23, Recuperado em 30 agosto, 2019 de https://www.jusbrasil.com.br/diarios/523572/pg-23-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-25-04-2002
Almeida, W. G. (2008). Surdez e Cidadania: Um olhar sobre a inclusão social e as políticas públicas no contexto turístico. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Santa Cruz, Instituição, Ilhéus, Bahia, Brasil.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Rosane Isabella Oliveira de Melo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.