Atratividade e palatabilidade da proteína hidrolisada de penas para juvenis de tambacu (Colossoma macropomum Piaractus mesopotamicus)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37352Palavras-chave:
Alimento alternativo; Aquicultura; Comportamento alimentar; Nutrição.Resumo
O estudo teve como como objetivo determinar a atratividade e palatabilidade de níveis de inclusão de proteína hidrolisada de penas em rações para juvenis de tambacu (Colossoma macropomum Piaractus mesopotamicus). As seis dietas foram formuladas de acordo com as exigências nutricionais da espécie, nas quais: controle positivo sem hidrolisado de penas (PHP0), hidrolisado proteico de penas 1% (PHP1), hidrolisado proteico de penas 2% (PHP2), hidrolisado proteico de penas 3% (PHP3), hidrolisado proteico de penas 4% (PHP4) e hidrolisado proteico de penas 5% (PHP5). Para o ensaio foram utilizados 12 alevinos com peso médio de 9,82 ± 0,74g distribuídos em 12 aquários com volume útil de 20 litros e alimentados duas vezes ao dia, com sorteio prévio das dietas oferecidas, por um período de seis dias. Em cada alimentação foram ofertados 20 peletes e os eventos foram filmados por três minutos e observados os seguintes comportamentos: tempo captura do primeiro pelete, número de rejeição após captura, número de aproximação sem haver captura e número de peletes consumidos, e posteriormente foi calculado o índice de palatabilidade, de acordo com a equação de Kasumyan e Morsi (1996). As análises realizadas apontaram que todas as dietas contendo hidrolisado proteico de penas apresentaram índice de palatabilidade positivo, em que proporcionaram aumento do consumo de ração em relação a dieta contendo farinha de peixe. A dieta PHP5 apresentou o melhor índice de palatabilidade (11,42%). Portanto, o hidrolisado proteico de penas pode ser utilizado em dietas para tambacu sem alterar a palatabilidade e o comportamento alimentar.
Referências
Alves, R. S. A., Oliveira, S. R., Luczinski, T. G., Paulo, I. G. P., Boscolo, W. R., Bittencourt, F., & Signor, A. (2019b). Palatability of protein hydrolysates from industrial byproducts for Nile tilapia juveniles. Animals, 9, 2-11. https://doi.org/10.3390/ani9060311.
Alves, D.R.S.; Oliveira, S.R.; Luczinski, T.G.; Boscollo, W.R.; Bittencourt, F.; Signor, A.; & Detsch, D.T. (2020a) Atração e palatabilidade de hidrolisados de proteína líquida para jovens de tilápia do Nilo. Pesquisa de Aquicultura, 51, 4 pp 1681-1688 DOI: https://doi.org/10.1111/are.14514
Alves, D.R. S., Oliveira, S.R., Sosa, B; Boscolo, W.R.; Signor, A., & Bittencourt, F. (2020b). Compelling palatability of flavoring Atractus AQVA® for Nile tilapia juveniles. Latin American Journal of Aquatic Research. http://dx.doi.org/10.3856/vol48-issue2-fulltext-2355.
Arana, L.V. Princípios químicos da qualidade de água em aquicultura: uma revisão para peixes e camarões. 2.ed. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2004. 231p.
Baldisseroto, B. Fisiologia de peixes aplicada à piscicultura. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria 2002. 212 p.
Boscolo, W.R.; Meurer, F.; Feiden, A.; Hayashi, C. Reidel, A.; Genteline, A. L. 2005. Farinha de vísceras de aves em rações para a tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) na fase de reversão sexual. Revista Brasileira de Zootecnia, v.34, p.373-377.
Broggi, J.A., B. Wosiak, J. Uczay, M.L. Pessatti & T.E.H.P. Fabregat. 2017. Hidrolisado proteico de resíduo de sardinha como atrativo alimentar para juvenis de jundiá. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., 69(2): 505-512.
Cyrino, JEP, Bicudo, AJA, Sado, RY, Borghesi, R. e Dairiki, J.K. (2010). A piscicultura e o ambiente - o uso de alimentos ambientalmente corretos em piscicultura. Revista Brasileira de Zootecnia, 39 ,68-87. https: //doi.org/10.1590/S1516-35982 01000 1300009
Chotikachinda, R., C. Tantikitti, S. Benjakul, T. Rustad& E. Kumarnsit. 2013. Production of protein hydrolisates from skipjack tuna Katsuwonus pelamis viscera as feeding attractants for Asian seabass Lates calcarifer. Aquacult. Nutr., 19(5): 773 784.
Faria, A.C.E.A., C. Hayashi, E.M. Galdioli& C.M. Soares. 2001. Farinha de peixe em rações para alevinos de tilápia do Nilo Oreochromis niloticus L. linhagem tailandesa. Acta Scientar., 23(4): 903-908.
Fries, E.M., J.D. Luchesi, J.M. Costa, C. Ressel, A.A. Signor, W.R. Boscolo & A. Feiden. 2011. Hidrolisados cárneos proteicos em rações para alevinos de Kinguio Carassius auratus. Bol. Instit. Pes., 37(4): 401-407.
Furuya, W. M. 2010. Tabelas Brasileiras para a Nutrição de Tilápias. 1ª ed. Toledo: GFM. 100p.
Glencroos, B.D., M. Booth & G.L. Allan. 2007. A feed is only as good as its ingredients – a review of ingredient evaluation strategies for aquaculture feeds. Aquacult. Nutr., 13(1): 17-34.
Gonçalves, A. C. Murgas, L. D. S. , Rosa, P. V. e , Navarro, R. D., Costa, D. V. da, Teixeira, E. de A.. Desempenho produtivo de tambacus alimentados com dietas suplementadas com vitamina E. Pesquisa agropecuária brasileira. Vol 45, 2010. https://doi.org/10.1590/S0100-204X2010000900010
Hara, T. J. (2011). Smell, taste, and chemical sensing chemoreception (smell and taste): An introduction. In A. P. Farrell (Ed.), Encyclopedia of fish physiology (pp. 183–186). San Diego, CA: Academic Press. https ://doi.org/10.1016/B978-0-12-374553-8.00021-6.
Instituto Adolfo Lutz (2004). Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análises de alimentos (4ª ed., 1020 p). São Paulo, SP: IMESP.
Kasumyan, A. O. (1997). Recepção gustativa e comportamento alimentar em peixes. Journal of Icthyology, 37, 78-93.
Kasumyan, A. O., & Doving, K.B. (2003). Preferências de gosto em peixes. Peixes e Pesca, 4, 289-347. https://doi.org/10.1046/j.1467-2979.2003.00121.x
Kasumyan, A. O., & Morsi, A.M. (1996). Sensibilidade ao sabor de carpa comum Cyprinus carpio para aminoácidos livres e substâncias clássicas de sabor. Journal of Icthyology, 36, 391-403.
Kasumyan, A. O., & Sidorov, S. S. (2012). Efeitos da anosmia de longo prazo combinados com a privação de visão sobre a sensibilidade do sabor e o comportamento alimentar da truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss). Journal of Icthyology, 52, 109-119.
Kotzamanis, Y.P., E. Gisbert, F.J. Gatesoupe, J.Z. Infante & C. Cahu. 2007. Effects of different dietary levels of fish protein hydrolysates on growth, digestive enzymes, gut microbiota, and resistance to Vibrio anguillarum in European sea bass Dicentrarchus labrax larvae. Comp. Biochem. Physiol. Part A, 147(1): 205-214.
Lokkeborg, S., Siikavuopio, S. I., Humborstad, O. B., Palm, A. C. U., & Ferter, K. (2014). Towards more efficient longline fisheries: Fish feeding behavior, bait characteristics and development of alternative baits. Reviews in Fish Biology and Fisheries, 24, 985–1003
Mearns, K. J. (1986). Sensitivity of brown trout (Salmo trutta L.) and Atlantic salmon (Salmo salar L.) fry to amino acids at the start of exogenous feeding. Aquaculture, 55(3), 191–200. doi:10.1016/0044-8486(86)90114-6
Melo, J.S.C.; Pereira, J.A. Crescimento do híbrido tambacu (fêmea de Colossoma macropomum x macho de Piaractus mesopotamicus) em criação intensiva. Boletim Técnico do CEPTA, v.7, p.59-75, 1994.
Merino, G., M. Barange & C. Mullon. 2010. Climate variability and change scenarios for a marine commodity: modelling small pelagic fish, fisheries and fishmeal in a globalized market. J. Mar. Syst., 81(1): 196-205.
Moraes, S. (2016). The Physiology of Taste in Fish: Potential Implications for Feeding Stimulation and Gut Chemical Sensing. Reviews in Fisheries Science & Aquaculture, 25(2), 133–149. doi:10.1080/23308249.2016.1249279
Oliveira, S. R. ; Boscolo, W. R. ; Alves, D. R. S. ; Assis, J. F. ; Signor, A. ; Bittencourt, F.(2022) . Attractivity and palatability of different hydrolysed proteins for the ornamental species Betta splendens (Regan, 1910). Aquaculture Research (Online).
Olsen, K. H., & Lundh, T. (2016). Feeding stimulants in an omnivorous species, crucian carp Carassius carassius (Linnaeus 1758). Aquaculture Reports, 4, 66–73. https://doi.org/10.1016/j.aqrep.2016.06.005
Pereira, M.C.; Azevedo, R.V.; Braga, L.G.T. Óleos vegetais em rações para o híbrido tambacu (macho Piaractus mesopotamicus x fêmea Colossoma macropomum). Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal [online], v.12, n.2, p.551-562, 2011.
Pereira da Silva, E.M. & Pezzato, L. E. (2000). Respostas da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) à atratividade e palatabilidade de ingredientes utilizados na alimentação de peixes. Revista Brasileira de Zootecnia, 29 1273-1280. https: // doi.org/10.1590/S1516-35982000000500003
Silva, T.C., J.D.M. Rocha, P. Moreira, A. Signor & W. R. Boscolo. 2017. Fish protein hydrolysate in diets for Nile tilapia post-larvae. Pesq. Agropec. Bras. 52(7): 485-492.
Siikavuopio, S.I., James, P., Stenberg, E., Evensen, T., & Saether, B.S. (2017). Avaliação do hidrolisado proteico de subproduto da indústria pesqueira para inclusão na isca na pesca com palangre e em panela do bacalhau atlântico. Pesca sResearch, 188, 121–124. doi.org/10.1016/j.fishr es.2016.11.02
Srichanun, M., C. Tantikiti, T.M. Kortner, A. Krogdahn& R. Chotikachinda. 2014. Effects of different protein hydrolysate products and levels on growth, survival rate and digestive capacity in Asian seabass Lates calcarifer Bloch larvae. Aquaculture, 428-429: 195-202.
Zhou, Q.C. & R. Yue. 2012. Apaparent digestibility coefficients of selected feed ingredients for juvenile hybrid tilapia, Oreochromis niloticus x Oreochromis aureus. Aquaculture Res., 43(6): 806-814.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Robson Araújo dos Santos ; Márcia Regina Piovesan; Suzana Raquel de Oliveira; Jahina Fagundes de Assis Hattori; Odair José de Souza ; Wilson Rogerio Boscolo ; Altevir Signor; Fábio Bittencourt

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.