Representações Sociais e Ancoragens da Depressão Infantil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37495Palavras-chave:
Depressão; Crianças; Representações sociais; Ancoragens sociais.Resumo
O presente estudo tem como objetivo analisar as representações sociais (RS) da depressão infantil. Trata-se de um estudo quanti-qualitativo, ancorado ao aporte teórico da Teoria das Representações Sociais (RS). Participaram do estudo 120 crianças, com idades entre 8 e 12 anos (M = 2,0; DP = 0,47), da cidade de Campina Grande-PB, no contexto escolar e que maioritariamente habita com seus pais (83,3%). Os dados foram advindos da Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP) em face aos estímulos; depressão, pessoa deprimida e eu mesmo. Esses estímulos foram processados pelo software Tri-Deux-Mots e analisados por meio de uma Análise Fatorial de Correspondência (AFC). Os resultados demonstram que a depressão, pessoa deprimida e a autopercepção das crianças acerca da depressão são representadas de forma multifacetada a partir das diferentes ancoragens. Especificamente, verifica-se que as representações dos atores sociais acerca da depressão encontra-se ancoradas nos sentimentos de fragilidade, suicidio, desanimo, o que corrobora para um conhecimento elaborado e compartilhado socialmente. Os dados dessa pesquisa apontam para a construção do conhecimento prático acerca das representações sociais da depressão infantil contribuindo para elaboração de intervenções e ações, assim como, na prevenção de futuros casos de depressão no contexto escolar.
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