Prevalência de fadiga zoom e fatores associados entre estudantes da área saúde do estado do Ceará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37947Palavras-chave:
Fadiga Mental; COVID-19; Comunicação por videoconferência.Resumo
A pandemia de Covid-19 trouxe ao mundo uma necessidade de adequação das nossas vidas a uma nova realidade, tal fato causou diferentes tipos de impactos nas mais diversas áreas. O âmbito da educação foi um dos que tiveram uma maior transformação. O objetivo do presente estudo foi investigar a prevalência de fadiga zoom e fatores associados entre estudantes da área saúde do estado do Ceará, Brasil. Trata-se de um estudo transversal realizado com 781 estudantes de diversos cursos da área da saúde. Foi utilizada a escala Zoom Exhaustation & Fatigue Scale (ZEF) versão em inglês com as questões atualmente validadas para o português brasileiro. Do total de investigados, 68.9% eram do gênero feminino com média de idade de 23.3 ± 5.45 anos. Entre os que participaram, 85% (664) apresentaram fadiga zoom. Quando comparados os dois grupos no tocante à prática de algum hobby verificou-se significância estatística (p=0.0045) para os que não apresentaram fadiga zoom. Já para a prática de atividade física foi encontrada significância de p=0.004. Quanto ao questionário ZEF notou-se que em todos os parâmetros avaliados houve significância estatística (p<0.001) para aqueles que foram detectados com fadiga zoom. Pode-se concluir que a prevalência de fadiga zoom foi alta (85%) entre estudantes da área saúde do Estado do Ceará, Brasil. A significância observada (p<0.001) em todos os parâmetros avaliados pelo teste demonstra que a participação em videoconferências deve ser ressignificada. Além disso, práticas que melhorem a qualidade de vida dos estudantes da saúde como hobbies e atividade física devem ser incentivadas.
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