Subjetividade, invisibilidade, experiência e identidade de estudantes do Ensino Médio no Brasil: Estado do conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i2.48281Palavras-chave:
Estudantes; Vivência; Ensino e aprendizagem.Resumo
Configurando cerca de um sexto da população brasileira, os jovens vem sendo uma preocupação recorrente para os acadêmicos desde o início do século XXI, em 2022, 12,7 milhões de pessoas entre 15 e 19 anos não estudavam e nem trabalhavam, é apontado que a principal causa para a evasão escolar seja o desinteresse pelos estudos. Sendo os jovens seres capazes de atribuir seus próprios sentidos e também uma classe dotada de diversidade é necessário olhar para as causas de tal desinteresse pelos estudos. O objetivo deste trabalho é olhar para as pluralidades das escritas acadêmicas sobre as juventudes, em especial, no contexto escolar, discorrendo sobre a subjetividade, a invisibilidade, a experiência e a identidade de estudantes do Ensino Médio. Para o desenvolvimento foram revisadas teses e dissertações produzidas por acadêmicos brasileiros. Os trabalhos revisados revelam o descontentamento dos jovens com algumas práticas comuns dentro da escola, como ideais conservadores que alguns professores tendem a tentar propagar, hegemonia, falta de reconhecimento das diferentes classes sociais em que estão inseridos os estudantes e sua consideração em atividades e avaliações. Alguns jovens relatam estar cursando o Ensino Médio apenas por obrigação ou para facilitar o processo de adesão ao mercado de trabalho, também não demonstram vontade de continuar a vida acadêmica por achar que as experiências negativas enfrentadas serão as mesmas. É reforçado a urgência de mudanças no modus operandi das escolas e a adoção de práticas mais inclusivas, democráticas e sensíveis às demandas das juventudes.
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