Articulação entre Família, Educação Matemática e Testes de ancestralidade no contexto escolar
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i5.48733Palavras-chave:
Família; Educação Matemática; Testes de ancestralidade; Teoria Antropológica do Didático; Ensino.Resumo
Este artigo visa compreender as implicações pedagógicas da articulação entre Família, Educação Matemática e Testes de ancestralidade no contexto escolar. O referencial teórico utilizado é a Teoria Antropológica do Didático (TAD) e o referencial metodológico adotado é a pesquisa-ação. São examinadas as praxeologias de um livro didático e do professor em uma tarefa que aborda porcentagens e representações gráficas relacionadas à diversidade geracional e genética. O estudo evidencia que o uso de relatórios de ancestralidade no ensino, aliado à participação ativa das famílias, pode enriquecer a aprendizagem matemática ao torná-la mais contextualizada, interdisciplinar e significativa para os estudantes. Contudo, também são discutidos os desafios dessa abordagem, como a necessidade de mediação sensível frente a possíveis tensões identitárias e desigualdades no acesso a recursos e conhecimentos. Conclui-se que a integração entre escola, família e dados genéticos pode ampliar a ecologia das praxeologias escolares, favorecendo uma educação matemática mais crítica, humana e culturalmente situada.
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