Post-New Public Management, governança e controle externo: um diálogo necessário
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6647Palavras-chave:
Post-new public management; Governança; Controle externo.Resumo
Este artigo tem por objetivo analisar os pressupostos teóricos do P-NPM e a governança na sua perspectiva dinâmica, assim como a atuação dos órgãos de controle externo sob essa teoria gerencial que se contrapõe ao modelo weberiano. A análise trata das mudanças propostas pelo post-new public management, sob a influência direta da governança e a necessidade dos órgãos de controle externo da Administração Pública dialogarem com essa nova prática administrativa. A metodologia utilizada foi a descritiva quanto ao objeto de estudo, valendo-se da abordagem hipotético-dedutiva. As conclusões do trabalho indicam que os órgãos de controle externo têm uma atuação focada em aspectos formais, fincados no legalismo estéril, sendo necessária a reformulação dessa atuação passando a ter o foco nos resultados sociais obtidos, favorecendo o surgimento de novas formas de solução dos problemas postos, além de novos arranjos institucionais.
Referências
Batista Júnior, O. A. & Campos, S. (2014). A administração pública consensual na modernidade líquida. Fórum Administrativo, 155, 31-43.
Brasil. (1995). Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Câmara da Reforma do Estado. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. Brasília, DF: Presidência da República.
Cavalcante, P. (2017). Gestão pública contemporânea: do movimento gerencialista ao pós-NPM. Brasília: IPEA.
Cavalcante, P. & Pires, R. R. C. (2018). Governança Pública: das prescrições formais à construção de uma perspectiva estratégica para a ação governamental. In: Cavalcante, P. & Pires, R. R. C. (org.) Boletim de análise político-institucional (n. 19, pp. 9-15). Brasília: IPEA.
Christensen, T. (2012). Post-NPM and changing public governance. Meiji Journal of Political Science and Economics, Tokyo, vol. 01. Recuperado de http://mjpse.meiji.jp/articles/files/01-01/01-01.pdf.
Dunleavy, P. & Christopher, H. (1993). From old public administration to new public management. Public Money and Management, 14, n. 3, 9-16.
Dunleavy, P. et al. (2006). New public management is dead-long live digital-era governance. Journal of public administration research and theory, 16, n. 3, pp. 467-494.
Filgueiras, F. (2018). Burocracias do controle, controle da burocracia e accountability no Brasil. In: Pires, R. & Lotta G. & Oliveira, V. E. (org.) Burocracia e políticas públicas no Brasil: interseções analíticas (pp. 355-381). Brasília: IPEA.
Frederickson, H. G. (2007). Whatever happened to public administration? Governance, governance everywhere. In: Ferlie, E. & Lynn Jr., L. E. & Pollit, C. (org.) The Oxford Handbook of Public Management (pp. 282-304). Oxford: Oxford university press.
Hupe, P. & Pollit, C. (2010). The magic of good governance. Recuperado de http://hdl.handle.net/1765/51017.
Kaufmann, D. & Kraay, A. & Mastruzzi, M. (2009). Governance Matters VIII: aggregate and individual governance indicators 1996-2008. World Bank Policy Research Working Paper, Washington, n° 4978. Recuperado de http://documents.worldbank.org/curated/pt/598851468149673121/Governance-matters-VIII-aggregate-and-individual-governance-indicators-1996-2008.
Levi-Faur, D. (2012). From “Big Government” to “Big governance”? In: Levi-Faur, D. (org.) The Oxford Handbook of Governance (pp. 3-18). Oxford: Oxford university press.
Manning, N. (2001). The legacy of the new public management in developing countries. International Review of Administrative Sciences, Londres, 67, 297-312.
Nogueira, R. A. & Gaetani, F. (2018). A questão do controle no debate de governança pública. In: Cavalcante, P. & Pires, R. R. C. (org.) Boletim de análise político-institucional (n. 19, pp. 91-102). Brasília: IPEA.
Peters, B. G. (2010). Governance as political theory. Jerusalem Papers in Regulation & Governance, Jerusalem, n° 22. Recuperado de http://regulation.huji.ac.il/papers/jp22.pdf.
Pollit, C. & Bouckaert, G. (2011). Public management reform: a comparative analysis – new public management, governance and the neo-weberian state. Oxford: Oxford university press.
RHODES, R. A. W. (2012). Waves of governance. In: LEVI-FAUR, David (Org.) The Oxford Handbook of Governance (pp. 33-48). Oxford: Oxford university press.
SCHAPIRO, M. G. (2016). Discricionariedade desenvolvimentista e controles democráticos: uma tipologia dos desajustes. Revista Direito GV, 12, n. 2, 311-344.
TCU - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. (2018) Acórdão n° 2699; Tribunal Pleno; Rel. Ministro Bruno Dantas. Brasília: TCU.
WEBER, M. (1982). Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Mateus Wildberger, José Gileá

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.