Percepção docente sobre alunos com Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC) e inclusão escolar no Amazonas: dados preliminares
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8357Palavras-chave:
Educação; Percepção do Professor; Educação Inclusiva; Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação; Contexto amazônico.Resumo
Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC) é um prejuízo acentuado no desenvolvimento da coordenação motora que afeta o desempenho nas atividades escolares. O olhar perceptivo do docente sobre este fenômeno pode favorecer a inclusão escolar. O objetivo deste trabalho foi descrever dados preliminares sobre a percepção docente quanto ao desempenho escolar de alunos TDC no Amazonas. Foi adotada a metodologia descritiva por meio de entrevistas não-estruturadas e realizamos a análise dos dados segundo a Análise Textual Discursiva (ATD). Participaram das entrevistas 5 docentes de uma escola estadual localizada na zona Sul da cidade de Manaus-AM. Os docentes foram entrevistados a respeito de alunos, em pares, um com indicativo de TDC e outro livre desta condição, de acordo com a avaliação motora previamente realizada pelo Laboratório de Estudos em Comportamento Motor Humano - LECOMH. Este artigo tem como conclusão preliminar que docentes percebem as dificuldades escolares dos alunos, mas não as atribuem ao fenômeno TDC fato que nos traz uma reflexão acerca de como o TDC afeta negativamente as atividades de vida escolar bem como a percepção que os docentes têm sobre estes estudantes, da exclusão escolar deste público sofre e da necessidade da condução de estudos posteriores envolvendo este fenômeno.
Referências
American Psychiatric Association (APA), (2013). Developmental Coordination Disorder. In: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. (5. ed.), Washington. American Psychiatric Association. Arlington, p.74.
Bernardes-da-Rosa, L.T., et al. (2000). Caracterização do atendimento psicológico prestado por um serviço de psicologia a crianças com dificuldades escolares. Campinas. Revista Estudos de Psicologia, PUC-Campinas, 17(3), 5-14.
Brasil. (2008). Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília. SEESP/MEC.
Brasil. (19940. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO.
Brasil. (1996) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, 20 de dezembro de 1996. Brasília. SEESP/MEC.
Cabral, G. C. F., (2018). Prevalência de crianças com provável transtorno do desenvolvimento da coordenação: um saber necessário para inclusão educacional no contexto amazônico. Manaus. Dissertação- Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas.
Cantell, M. H., et al. (1994). Clumsiness in adolescence: educational, motor, and social outcomes of motor delay detected at 5 years. Adapted Physical Activity Quarterly, Champaing, 11, 115-129, 1994.
Carvalho, M. P. (2011). O conceito de gênero: uma leitura com base nos trabalhos do GT Sociologia da Educação da ANPED (1999-2009). Revista Brasileira de Educação 16:99-117, 2011.
Coutinho, M. T., et al. (2011). Transtorno do desenvolvimento da coordenação: prevalência e dificuldades motoras de escolares da cidade de Porto Alegre. Porto Alegre. XVIICONBRACE Anais. Recuperado de < http://www.rbceonline.org.br/congressos/index php/XVIICONBRACE/2011/paper/view/3292 >
Chauí, M. (2000). Convite à filosofia. São Paulo: Ed. Ática.
Drowet, R. C. R. (1995). Distúrbios da aprendizagem. São Paulo: Ática.
França, C. (2008). Desordem coordenativa desenvolvimental em crianças de 7 e 8 anos de idade. Florianópolis. Dissertação (mestrado) – Universidade do Estado de Santa Catarina.
Ferreira, M. C., & Guimarães, M. (2003). Educação Inclusiva. Rio: DP&A.
Ferreira, L. F., et al. (2015). Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação: discussões iniciais sobre programas de intervenção. Ji-Paraná. Revista Acta Brasileira de Movimento Humano, 5(1), 42-65.
Henderson, S. E., et al. (2007). Movement assessment battery for children: examiner’s manual. (2nd ed.). London: Harcourt Assessment.
Huau A., et al. (2015). Graphomotor skills in children with developmental coordination disorder (DCD): handwriring and learning a new letter. Salt Lake City. Human Movement Science. 42, 318-32.
Kavale, K. A., & Forness, S. R. (1996). Social Skill Deficits and Learning Disabilities: A Meta-Analysis. Journal of Learning Disabilities. 226-257.
http://dx.doi.org/10.1177/002221949602900301.
Lousse, A., et al. (1991). Clumsiness in children do they grow out of it? A 10-year follow-up study. London, Develompental Medicine & Children neurology. 33, 33-68.
Laville, C., & Dionne J. (1999). A construção do saber. UFMG.
Magalhães, L. C., et al. (2011). Activities and participation in children with developmental coordination disorder: A systematic review. Research in Developmental Disabilities, 32, 1309-1316, 2011.
Manzini, E. J., & Moraes M. A. A. (2006). Concepções sobre a aprendizagem baseada em problemas: um estudo de caso na Famema. Revista Brasileira de Educação Médica.
Missiuna, C. et al. (2006). Exploring assessment tools and the target of intervention for children with developmental coordination disorder. Physical and Occupational Therapy in Pediatrics, 26(1/2), 77-89.
Moraes, R. (2003). Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Bauru. Ciência & Educação 9(2), 191-211. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v9n2/04.pdf.
Moraes, R., & Galiazzi, M. C. (2006). Análise textual discursiva: processo reconstrutivo de múltiplas faces. Bauru. Ciência & Educação 12(1), 117- 128. Recuperado de 92 <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 3132006000100009>.
Organização Mundial Da Saúde (OMS). (2003). Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), Incapacidade e Saúde. São Paulo. Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para a Família de Classificações Internacionais, org.; coordenação da tradução Cassia Maria Buchalla. Editora da Universidade de São Paulo – EDUSP.
Peters, J. M., & Henderson, S. E. (2008). Understanding developmental coordination disorder (DCD) and its impact in families: the contribution of single case studies. St Lucia QLD 4072, Austrália. Internacional Journal of Disability, Development and Education, 55(2):97-111
Resende, A. P. C., & Vital, F. M. P. (Orgs.). (2008). A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com deficiência comentada. Brasília, DF: Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE.
Santos, V. A. P., & Vieira, J. L. (2012). Prevalência de desordem coordenativa desenvolvimental em crianças com 7 a 10 anos de idade. São Paulo.Ver. Bras. Cineantropom Hum, 15, 223-242.
Santos, J. O. L., et al. (2015). Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação: um desafio oculto no cotidiano escolar manaura. Manaus. Amazônida: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação UFAM, ano 20, n.2, jul./dez.
Silva, J., & Beltrame, T. S. (2013). Indicativo de Transtorno do Desenvolvimento da coordenação de escolares com idade entre 7 e 10 anos. Florianópolis. Revista Brasileira de Ciências do Esporte., 35, 3-14.
Souza, C. J. F., et al. (2007). O teste ABC do movimento para crianças de ambientes diferentes. Porto. Revista Portuguesa de Ciência do Desporto, 7(1), 36-47.
Smits-Engelsman, B. C. M. et al. (2015). Diagnostic criteria for DCD: past and future. Human Movement Science. 42, 293-306, 2015
Tiba, I. (1998). Ensinar Aprendendo: como superar os desafios do relacionamento professor/aluno em tempos de globalização. São Paulo: Editora Gente.
Valentini, N. C., et al. (2014). Developmental coordination Disorder in socially disadvantaged Brazilian children. John Wiley and Sons Ltd, Child: care health and development, 41, 6, 970-979.
Volpato, G. L. (2007). Bases Teóricas para Redação Científica. São Paulo: Cultura Acadêmica.Vinhedo: Scripta.
Wann. (2007). Current approaches to intervention in children with developmental coordination disorder. Developmental Medicine and Child Neurology, 19, 405-405.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Samia Darcila Barros Maia; Letícia Cavalcante Morais; Lena Rose Lago Cecílio Farias; Cleverton José Farias de Souza; Lúcio Fernandes Ferreira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.