Nomenclaturas, terminologias e classificação das startups: Uma revisão multivocal da literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14052

Palavras-chave:

Startup; Nomenclatura; Classificação; Público-alvo; Modelo de receita; Fase.

Resumo

A ausência de uma nomenclatura, terminologia e classificação referentes ao universo das startups pode levar à inconsistências nas pesquisas acadêmicas. O objetivo deste artigo é sistematizar a nomenclatura e a terminologia do universo das startups e estabelecer uma taxonomia destas, bem como sua classificação considerando o ponto de vista acadêmico e de mercado. Além disso, propor termos únicos para uso da academia. O estudo utilizou uma Revisão Multivocal da Literatura sobre startups verificando as nomenclaturas, terminologias e classificações que a norteiam (fases, público-alvo, modelo de negócio), tanto na literatura acadêmica, como na literatura cinza. O resultado permitiu a apresentação das informações de maneira a comparar as diversas bases existentes sobre o tema. O estudo utilizou parâmetros próprios e quatro fontes de dados, o que representa uma oportunidade para estudos futuros sobre o assunto, explorando outras fontes de dados e metodologias de pesquisa. Além disso, o termo “startup” é um verbo muito utilizado na língua inglesa o que causa muito equívoco com o que se denominou “startup” nesse artigo. O estudo visa contribuir com um modelo de nomenclatura padrão a fim de alcançar uma análise eficiente da linguagem empresarial das startups com o propósito de auxiliar pesquisadores e empreendedores envolvidos. As definições propostas constituem uma terminologia de referência com apresentação de conceitos dos termos de startups, conciliando a terminologia acadêmica com a utilizada no mercado quanto a target public, income model and stage.

Biografia do Autor

Kelly Lima Fonseca Gonçalves, Universidade Paulista

Doutoranda em Engenharia de Produção pela UNIP, Mestra em Engenharia de Produção pela UNIP, Mestra em Administração pela Universidade Americana (UA) revalidado pela UFRJ, Especialista em Finanças Empresariais pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEMP), Graduada em Economia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Autora do livro Empreendedorismo Feminino: fatores de influência na gestão eficiente, co-autora do livro Empreendedoras de Alta Performance. Empresária nos ramos de moda e serviços em saúde desde 2012. Diretora da Associação Mulheres dNegócios do Piauí. Integrante da rede Mulheres do Brasil. Pesquisadora dos temas EMPREENDEDORISMO, EMPREENDEDORISMO FEMININO, INOVAÇÃO E STARTUPS.

Rodrigo Franco Gonçalves, Universidade Paulista

Possui bacharelado Em Física pela Universidade de São Paulo (1999), mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista (2004) e doutorado em Engenharia (Engenharia de Produção) pela Universidade de São Paulo (2010). Tem experiência na área de Engenharia de Produção, projeto e desenvolvimento de sistemas, elaboração de projetos de inovação tecnológica. Foi bolsista TT-V da FAPESP em 2006 e bolsista Rhae do CNPq em 2012, em projetos de inovação tecnológica. Em 2007 coordenou e desenvolveu projeto de inovação PIPE-FAPESP. Possui uma patente concedida e 3 patentes depositadas. Formou 4 doutores e 8 mestres. Atua nas seguintes áreas: gestão da produção, engenharia econômica e financeira, tecnologia da informação, análise de negócio, engenharia de sistemas e mídias interativas, inovação e empreendedorismo. Atualmente, é professor titular do programa de pós-graduação em Engenharia de Produção da UNIP, professor do programa de pós-graduação em Engenharia de Produção da Poli-USP e professor de pós-graduação lato sensu da USP/Fundação Vanzolini. Através da Fundação Vanzolini, vem realizando desde 2013 trabalhos de capacitação de pessoal e consultoria para transferência de tecnologia e processos em Análise de Negócio, aplicada à inovação e melhoria de processos e soluções de tecnologia da informação, para empresas como Ford Motors, Roche Farmacêutica, Rede Globo, Honda do Brasil, Itaú e Santo Antônio Energia. Atualmente, desenvolve e orienta pesquisas em Indústria 4.0, smart cities, Internet de Serviços, Big Data Analytics e Blockchain, com ênfase em aplicações para modelos de negócio inovadores e startUps. É investidor e mentor de tecnologia e modelo de negócios de uma StartUp, no projeto MSR.eco - Manejo Sustentável de Resíduos, Economia Circular. Também coordenador dos projetos de pesquisa e desenvolvimento deste modelo de negócio.

Referências

Alves T. R. & Duarte J. C. (2016). A utilização do modelo de negócios e plano de negócios pelas startups. Caderno PAIC.

Amin, A. & Cohendet, P. (2000). Organisational learning and governance through embedded practices. Journal of management and governance, 4(1-2), 93-116.

Andersen E. S. (2010). Rethinking project management–An organisational perspective. Strategic Direction.

Atherton A. (2004). Unbundling enterprise and entrepreneurship: From perceptions and preconceptions to concept and practice. The International Journal of Entrepreneurship and Innovation, 5(2), 121-127.

Audretsch D. B., Coad A., & Segarra A. (2014). Firm growth and innovation. Small business economics, 43(4), 743-749.

Autio E., Kenney M., Mustar P., Siegel D. & Wright M. (2014). Entrepreneurial innovation: The importance of context. Research policy, 43(7), 1097-1108.

Alvedalen J. & Boschma R. (2017). A critical review of entrepreneurial ecosystems research: Towards a future research agenda. European Planning Studies, 25(6), 887-903.

Araujo C. R. M. de & Castro J. G. S. (2016) Desafios enfrentados pelos empreendedores sociais da incubadora pública de empreendimentos populares e solidários de Osasco (IPEPS) para consolidar seus empreendimentos. Revista de Administração em Diálogo. v.18, n. 2, p. 59 –91.

Baker Scott R., Bloom, N., Davis, S. J., & Stephen J. T. (2020),”Covid-Induced Economic Uncertainty”, Working Paper 26983, NBER Working Paper Series.

Baggio, D., Gavronski, I., & De Lima, V. Z. (2019). Inovação aberta: uma vantagem competitiva para pequenas e médias empresas. Revista Ciências Administrativas ou Journal of Administrative Sciences, 25(3).

Barra D. C. C., & Sasso, G. T. M. D. (2011). Padrões de dados, terminologias e sistemas de classificação para o cuidado em saúde e enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, 64(6), 1141-1149.

Barrichello A., Santos E.G. & Morano, R.S. (2020), "Determinant and priority factors of innovation for the development of nations", Innovation & Management Review, Vol. 17 No. 3, pp. 307-320. https://doi.org/10.1108/INMR-04-2019-0040.

Bianchi M.; Campodall’orto S.; Frattini F. & Vercesi P. (2010) “Enabling open innovation in small-and medium-sized enterprises: how to find alternative applications for your technologies”, R&D Management, vol. 40, no. 4, pp. 414–431.

Benzies K. M., Premji S., Hayden K. A., & Serrett K. (2006). State‐of‐the‐evidence reviews: advantages and challenges of including grey literature. Worldviews on Evidence‐Based Nursing, 3(2), 55-61.

Blank S. (2013) Why the Lean Start-Up Changes Everything. Disponível em https://hbr.org/2013/05/why-the-lean-start-up-changes-everything.

Borissenko J. & Boschma R. (2017). A critical review of entrepreneurial ecosystems research: towards a future research agenda. Papers in innovation studies, (2017/03).

Calderón A., Ruiz M. & O'Connor R. V. (2018). A multivocal literature review on serious games for software process standards education. Computer Standards & Interfaces, 57, 36-48.

Cavallo A., Ghezzi A., & Balocco R. (2019). Entrepreneurial ecosystem research: present debates and future directions. International Entrepreneurship and Management Journal, 15(4), 1291-1321.

Colombelli A., Krafft J., & Vivarelli M. (2016). To be born is not enough: the key role of innovative start-ups. Small Business Economics, 47(2), 277-291.

Costa-Campi, M. T., Duch-Brown, N., & Garcia-Quevedo, J. (2014). R&D drivers and obstacles to innovation in the energy industry. Energy Economics, 46, 20-30.

De Oliveira, P. C. R. (2018). A Gestão das organizações emergentes: o impacto das redes sociais online nas Startups. José Miguel Túñez-López.

Franco Leal N. & Diaz Carrion, R (2020). A dynamic analysis of the role of entrepreneurial ecosystems in reducing innovation obstacles for startups, Journal of Business Venturing Insights, Volume 14, ISSN 2352-6734, https://doi.org/10.1016/j.jbvi.2020.e00192.

Freeman J. & Engel J. S. (2007). Models of innovation: Startups and mature corporations. California Management Review, 50(1), 94-119.

Galvão, Ivan Filho (2020). Criatividade e inovação: Entre na Era das Startups. Ed. Casa do Codigo.

Garousi V., Felderer M., & Hacaloğlu T. (2017). Software test maturity assessment and test process improvement: A multivocal literature review. Information and Software Technology, 85, 16–42. https://doi.org/10.1016/j.infsof.2017.01.001.

Garousi V., Felderer M., & Mäntylä M. V. (2019). Guidelines for including grey literature and conducting multivocal literature reviews in software engineering. Information and Software Technology, 106, 101-121.

Garud R., & Karnøe P. (2003). Bricolage versus breakthrough: distributed and embedded agency in technology entrepreneurship. Research policy, 32(2), 277-300.

Giones F., Brem A., Pollack J. M., Michaelis T. L., Klyver K. & Brinckmann J. (2020). Revising entrepreneurial action in response to exogenous shocks: Considering the COVID-19 pandemic. Journal of Business Venturing Insights, 14, e00186.

Global Startup Ecosystem Report, Startup Genome (2019). Global Startup Ecosystem Report, Startup Genome (2020).

Gries T. & Naudé W. (2010). Entrepreneurship and structural economic transformation. Small Business Economics, 34(1), 13-29.

Griliches Z. (1979). Issues in assessing the contribution of research and development to productivity growth. The bell journal of economics, 92-116.

Guimarães G. T. D., Maciel C. & Eidelwein K. (2007) Transformações no mundo do trabalho, economia solidária e sua relação com incubadoras sociais. Revista Textos & Contextos,v. 6 n. 1 p. 19-33.

Haubert B., Schreiber D. & Pinheiro C. M. P. (2019). Combinando o Design Thinking e a Criatividade no Processo de inovação Aberta. Gestão & Planejamento-G&P, 20.

Hayter C. S. (2016). A trajectory of early-stage spinoff success: the role of knowledge intermediaries within an entrepreneurial university ecosystem. Small Business Economics, 47(3), 633-656.

Hayter C. S., Nelson, A. J., Zayed S. & O’Connor, A. C. (2018). Conceptualizing academic entrepreneurship ecosystems: A review, analysis and extension of the literature. The Journal of Technology Transfer, 43(4), 1039-1082.

Hessels J., Grilo I., Thurik R. & van der Zwan P. (2011). Entrepreneurial exit and entrepreneurial engagement. Journal of Evolutionary Economics, 21(3), 447-471.

Hoskisson R. E., Wright M., Filatotchev I. & Peng M. W. (2013). Emerging multinationals from mid‐range economies: The influence of institutions and factor markets. Journal of Management Studies, 50(7), 1295-1321.

Hossain M. (2013) “Open innovation: so far and a way forward”.World Journal of Science, Technology and Sustainable Development, vol. 10, no. 1, pp.30-41.

Kiel D., Müller J. M., Arnold C. & Voigt, K. I. (2017). Sustainable industrial value creation: Benefits and challenges of industry 4.0. International Journal of Innovation Management, 21(08), 1740015.

Köche J. C. (2011) Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. Petrópolis, RJ : Vozes.

Lefebvre C., Manheimer E. & Glanville J. (2008). Searching for studies. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions: Cochrane book series, 95-150.

Mairesse J. & Robin S. (2009). Innovation and productivity: a firm-level analysis for French Manufacturing and Services using CIS3 and CIS4.

Marin H. D. F. (2009). Terminologia de referência em enfermagem: a Norma ISO 18104. Acta Paulista de Enfermagem, 22(4), 445-448.

Mercandetti F., Larbig C., Tuozzo V. & Steiner T. (2017). Innovation by collaboration between startups and SMEs in Switzerland. Technology Innovation Management Review, 7(12).

Mering M. (2018). Defining and Understanding Grey Literature. Serials Review, 44(3), 238-240.

Myrbakken H. & Colomo-Palacios R. (2017). DevSecOps: a multivocal literature review. In International Conference on Software Process Improvement and Capability Determination (pp. 17-29). Springer, Cham.

Nesello, P., Ganzer, P. P., Fachinelli, A. C., Sampaio, C. H., & Olea, P. M. (2019). Inovação Aberta e o Desenvolvimento de Novos Produtos: uma Análise de Cocitações. Desenvolvimento em Questão, 17(47), 195-216.

Oliveira M. J. D. D. (2019). Fatores críticos em cada uma das fases de criação de uma Startup (Doctoral dissertation).

Parisi M. L., Schiantarelli F. & Sembenelli A. (2006). Productivity, Innovation and R&D: Micro evidence for Italy. European Economic Review, 50(8), 2037-2061.

Ratten V. (2020). Coronavirus (Covid-19) and entrepreneurship: cultural, lifestyle and societal changes. Journal of Entrepreneurship in Emerging Economies.

Reston B. L. D. M. (2018). O ambiente de negócios para empreendedores no Brasil: uma análise dos motivos que dificultam o surgimento de empresas unicórnio no país < http://hdl.handle.net/11422/12248>.

Rey A. D. A gênese da inovação em startups, unicórnios e empresas altamente inovadoras (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo, 2020).

Reynolds P. D., Carter N. M., Gartner W. B. & Greene, P. G. (2004). The Prevalence of Nascent Entrepreneurs in the United States: Evidence from the Panel Study of Entrepreneurial Dynamics. Small Business Economics, 23, 263-284.

Ries E. (2011). The lean startup: How today's entrepreneurs use continuous innovation to create radically successful businesses. Currency.

Schlaepfer R. C., Koch M. & Merkofer P. (2015). Challenges and solutions for the digital transformation and use of exponential technologies. Deloitte.

Schopfel J. & Rasuli B. (2018). Are electronic theses and dissertations (still) grey literature in the digital age? A FAIR debate. The Electronic Library.

Segarra‐Oña M., Peiró‐Signes A., Albors‐Garrigós J. & Miguel‐Molina B. D. (2017). Testing the social innovation construct: An empirical approach to align socially oriented objectives, stakeholder engagement, and environmental sustainability. Corporate Social Responsibility and Environmental Management, 24(1), 15-27.

Shane S. (2009). Why encouraging more people to become entrepreneurs is bad public policy. Small business economics, 33(2), 141-149.

Shrivastava R. & Mahajan P. (2020). Analysis of the usage and diversity of grey literature in addiction research: a study. Collection and Curation.

Silva A. C. L. da., Eidelwein K., Gaviraghi F. J.; Benedetto E. S., Ritter C., Balhego, L. F. M. G. & Ferreira G. G.(2009) Economia solidária no contexto das incubadoras sociais. In: X Salão de Iniciação Científica PUCRS, 2009, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre : UFRGS.

Tom E., Aurum A. & Vidgen R. (2013). An exploration of technical debt. Journal of Systems and Software, 86(6), 1498-1516.

Van de Vrande V., Jong J. P. J., Vanhaverbeke W. & Rochemont, M. (2009), “Open innovation in SMEs: Trends, motives and management challenges”, Technovation, vol. 29, pp.423-437.

Valliere D. & Peterson R. (2009). Entrepreneurship and economic growth: Evidence from emerging and developed countries. Entrepreneurship & Regional Development, 21(5-6), 459-480.

Wakelin K. (2001). Productivity growth and R&D expenditure in UK manufacturing firms. Research policy, 30(7), 1079-1090.

Wong P. K., Ho Y. P. & Autio E. (2005). Entrepreneurship, innovation and economic growth: Evidence from GEM data. Small Business Economics, 24(3), 335-350.

Downloads

Publicado

22/04/2021

Como Citar

GONÇALVES, K. L. F.; GONÇALVES, R. F. Nomenclaturas, terminologias e classificação das startups: Uma revisão multivocal da literatura . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 4, p. e53510414052, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i4.14052. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14052. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Engenharias