Análise da cobertura vegetal de uma unidade de conservação do Pantanal de Mato Grosso do Sul, a partir da aplicação de sensoriamento remoto
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.16342Palavras-chave:
Sensoriamento Remoto; Unidade de Conservação; Pantanal; NDVI; Composição multitemporal.Resumo
Neste trabalho é apresentada uma abordagem geográfica ambiental diretamente associada ao uso das Geotecnologias como forma de avaliação de fitomassa. A referida análise é direcionada a uma das Unidades de Conservação localizadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Penha, criada em 1997. A partir de imagens Landsat 5 e Landsat 8, buscou-se pela análise do comportamento espaço-tempo no período de 29 (vinte nove) anos com base em imagens USGS, antes e depois da criação da RPPN. O índice espectral empregado foi o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), além da composição multitemporal a partir dos resultados de cada ano, a composição multitemporal para as bandas do vermelho e a composição multitemporal para as bandas do infravermelho próximo de cada ano. A avaliação também envolveu o estudo das áreas de entorno, com a geração de buffers de 5 mil metros. as imagens mostram a perda de fitomassa na região da Serra do Amolar. O mesmo ocorreu no entorno da Unidade. Houve menor refletância da banda do infravermelho próximo e maior refletância na banda do vermelho. Sugere-se que no ano de 2016 houve menor incidência de precipitação ou maior evaporação na região, contribuindo para uma seca acentuada na Serra do Amolar e consequentemente menor valor de NDVI.
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