Riscos e efeitos colaterais do uso de anorexígenos em mulheres no estado de São Paulo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21005

Palavras-chave:

Anorexígenos; Tratamento; Obesidade; Mulheres; Risco.

Resumo

A obesidade é uma patologia que atualmente apresenta um dos maiores problemas nutricionais podendo acarretar no desenvolvimento de diversas injurias à saúde. O tratamento desta consiste na mudança de hábitos diários e alimentares ou, em alguns casos, no uso de medicamentos anorexígenos. Esses medicamentos, além do tratamento da obesidade, também estão relacionados a fatores como a insatisfação corporal e dos padrões impostos pela sociedade sobre a aparência das mulheres. O estudo tem como objetivo avaliar e compreender os principais riscos e efeitos colaterais do uso dos anorexígenos em mulheres no estado de São Paulo. O método para o desenvolvimento do presente artigo deu-se através de artigos científicos em plataformas como Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed, Google Acadêmico e Science Direct, além da utilização de questionário online sendo divulgado pelas mídias sociais que obteve 217 respostas. Ao ser avaliada a utilização dos anorexígenos e suas condições de uso percebeu-se que o medicamento mais procurado foi a sibutramina com 41,94%. Foi também observado uma baixa adesão da associação do tratamento farmacológico com atividades físicas e mudanças alimentícias. A maioria das mulheres entrevistadas apresentaram efeitos adversos, tais como náuseas, dor de cabeça, diarreia, mudanças de humor e boca seca. E 47,50% das participantes não obtiveram acompanhamento profissional, o que demonstra a falta de conhecimento perante aos riscos dos anorexígenos, uma vez que 23,04% veem como uma forma de emagrecimento rápido.

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Publicado

04/10/2021

Como Citar

CUNHA, T. M. de M. da; SESTITO, V. M. B.; CAMPANHA, I. O.; MOREIRA, K. L.; PEREIRA, G. J. V. Riscos e efeitos colaterais do uso de anorexígenos em mulheres no estado de São Paulo. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 13, p. e62101321005, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i13.21005. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/21005. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde