Detecção de SARS-CoV-2 na saliva e em glândulas salivares – uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26673Palavras-chave:
Covid-19; Glândula salivar; Saliva e infecção.Resumo
No início da pandemia de COVID-19 foi observado que o contato com a saliva infectada representava uma forma de contágio possivelmente relacionada com a proximidade anatômica entre o trato respiratório superior e a cavidade oral. Estudos recentes indicam que o SARS-COV-2 pode infectar células epiteliais das glândulas salivares, o que impacta na prática clínica de cirurgiões-dentistas. O presente trabalho objetivou coletar evidências acerca da presença de SARS-CoV-2 em glândulas salivares, da sua detecção por meio da saliva e discutir a relevância deste conhecimento na prática clínica odontológica. Foi realizada uma revisão sistemática com busca nas bases de dados Pubmed, Lilacs, Google Schoolar, Scielo, Cochrane e Medline, no período entre novembro/2020 a maio/2021. Foram adotadas as diretrizes PRISMA e o anagrama PICO para caracterização dos estudos de acordo com os critérios de inclusão, que compreenderam estudos prospectivos sobre a temática, com texto completo online disponível em inglês ou português, e publicados a partir de 2020. Entre os 17 artigos selecionados, 2 estudos prospectivos avaliaram a presença de SARS-CoV-2 no parênquima de glândulas salivares e todos os 16 trabalhos constataram a presença de SARS-CoV-2 na saliva. O tamanho da amostra variou de acordo com o tipo de estudo, e o total de participantes foi 3677. Este estudo ratifica a saliva como uma via de transmissão e, sendo assim, é crucial que todos os profissionais de saúde utilizem os equipamentos de proteção individual e tenham rigor com as normas de biossegurança.
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