Identificação e conduta de enfermeiros frente à violência por parceiro íntimo a mulher grávida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26811

Palavras-chave:

Enfermagem; Saúde da mulher; Violência por parceiro íntimo; Gravidez.

Resumo

Objetivo: avaliar as estratégias de identificação da violência por parceiro íntimo em mulheres grávidas e as condutas aplicadas pelos enfermeiros de Unidades Básicas de Saúde do município do Rio de Janeiro. Método: descritivo, exploratório, qualitativo, com 10 enfermeiros que atuavam em consultas de pré-natal. A pesquisa ocorreu de agosto de 2018 a março de 2019, em duas UBS no Rio de Janeiro, Brasil. Empregou-se a entrevista semiestruturada e individual. A análise do tipo temática identificou duas categorias: a primeira trata da identificação da violência contra a mulher perpetrada por parceiro íntimo (VPI) em mulheres grávidas; e a segunda, da conduta de enfermeiros frente à VPI. Resultados: a maioria dos participantes era do sexo feminino, pardos e possuíam entre 25 e 60 anos. As estratégias de identificação da VPI foram o vínculo, as expressões faciais e a presença do parceiro nas consultas. A sobrecarga de trabalho, o medo, a insegurança e as questões de gênero foram os motivos que sustentaram a conduta dos enfermeiros. Conclusão: torna-se necessária a capacitação de enfermeiros e a incorporação da temática nas grades curriculares dos cursos de graduação e pós-graduação, para oferecer subsídios às ações de prevenção e enfrentamento da VPI.

Referências

Araújo, D. L., Barbosa, I. A., Coimbra, N. X., & Costa, C. S. C. (2020). Violência doméstica na gestação: aspectos e complicações para mulher e o feto. Revista científica da escola estadual de saúde pública de goiás" cândido santiago", 6(1), 64-76.

Bardin L. (2016). São Paulo: Edições 70.

Brasil. Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Dispõe sobre a criação de mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos termos do § 8º do Art. 226 da Constituição Federal. Brasília; 2006.

Conceição, H. N. D., & Madeiro, A. P. (2022). Profissionais de Saúde da Atenção Primária e Violência Contra a Mulher: Revisão Sistemática. Revista Baiana de Enfermagem, 2022.

Conceição, H. N. D., Coelho, S. F., & Madeiro, A. P. (2021). Prevalence and factors associated with intimate partner violence during pregnancy in Caxias, state of Maranhão, Brazil, 2019-2020. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 30.

Couto, P. L., Gomes, A. M., Fernandes, L. F., Bradão, M. L., Lima, M. R. & França, L. C., et al., (2019). Impressões maternas acerca da presença do pai/companheiro nas consultas de pré-natal. Enferm. Brasil, 18(2):254-63.

Fujiwara, T. & Isumi, A. (2019). Development of the intimate partner violence during pregnancy instrument (IPVPI). Frontiers in public health, 7, 43.

Gebrezgi, B. H., Badi, M. B., Cherkose, E. A., & Weldehaweria, N. B. (2017). Factors associated with intimate partner physical violence among women attending antenatal care in Shire Endaselassie town, Tigray, northern Ethiopia: a cross-sectional study, July 2015. Reproductive health, 14(1), 1-10.

Henriksen, L., Garnweidner-Holme, L. M., Thorsteinsen, K. K., & Lukasse, M. (2017). ‘It is a difficult topic’–a qualitative study of midwives experiences with routine antenatal enquiry for intimate partner violence. BMC pregnancy and childbirth, 17(1), 1-9.

Islam, M. J., Broidy, L., Baird, K., & Mazerolle, P. (2017). Intimate partner violence around the time of pregnancy and postpartum depression: The experience of women of Bangladesh. PloS one, 12(5), e0176211.

Lencha, B., Ameya, G., Baresa, G., Minda, Z., & Ganfure, G. (2019). Intimate partner violence and its associated factors among pregnant women in Bale Zone, Southeast Ethiopia: A cross-sectional study. PloS one, 14(5), e0214962.

Marques, S. S., Riquinho, D. L., Santos, M. C. D., & Vieira, L. B. (2017). Strategies for identification and coping with the violence situation by intimate partners of pregnant women. Revista Gaúcha de Enfermagem, 38.

Masho, S. W., Rozario, S. S., Ferrance, J. L. (2019). Intimate partner violence around the time of pregnancy and utilization of WIC services. Matern Child Health J.23(12):1648-57.

Rocha, R.Z., Rodegheri, P.G., & Antoni, C.D. (2019). Rede de apoio social e afetiva de mulheres que vivenciaram violência conjugal. Contextos Clínicos, 12(1), 124-152.

Rodrigues P. A., Cicolella D. A., Mariot M. D. (2021). Prevalence of violence against women and its repercussions in maternity. J Nurs Health. 11(1):e2111119459.

Santos, J. L., Rodrigues, J. V., Salgueiro, C. D., Gonçalves C. F., Almeida, T. V., Soares, G. C. (2019). Perception of primária care nurse retardando violence against pregnant women. ID on line, Rev. Mult. Psic., 13(47):1202-19.

Santos, J. P. B. & Lima, R. R. T. (2020). Educação permanente em saúde para qualificar o acolhimento às mulheres vítimas de violência: debatendo uma proposta. Research, Society and Development, 9(1), e173911859.

Schürhaus, J. M. (2021). Enfermagem na atenção primária à saúde frente a violência doméstica contra as mulheres. [Trabalho de Conclusão de curso - Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina], Repositório UFSC.

Silva R.P., Leite F.M., Santos Netto E.T. & Deslandes S.F. (2021). Intimate Partner Violence in pregnancy: a focus on partner characteristics. Cien Saude Colet.. 26(1).

Silva, R. P., & Leite, F. M. C. (2020). Intimate partner violence during pregnancy: prevalence and associated factors., Rev. Saúde Pública (54) 97.

Silva, R. R. & da Arrais, R. A. (2020). Rastreio da violência contra gestante durante o pré-natal: estudo em uma unidade básica de saúde. Comunicação em Ciências da Saúde, 31(02), 83-96.

Soares, J. D. S. F., & Lopes, M. J. M. (2018). Experiences of women in situation of violence seeking care in the health sector and in the intersectoral network. Interface: Comunicação Saúde Educação, 22(66), 789-801.

Souza, T. M. C., & Rezende, F. F. (2018). Violence against women: conceptions and practices of public service professionals. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 9(2), 21-38.

World Health Organization. (2013). Global and regional estimates of violence aganist women: prevalence and health effects of intimate partner violence and non-partner sexual violence., WHO.

World Health Organization. (2016). Violence against women . Geneva: World Health Organization, Department of Injuries and Violence Prevention, WHO.http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs239/en/

Downloads

Publicado

07/03/2022

Como Citar

LEITE, B. L. P. .; GONÇALVES, V. P. .; TEIXEIRA, S. V. B. .; ANANIAS, L. de S. .; OLIVEIRA, L. P. M. de .; MONNERAT, I. da C. .; ALVES, Y. R. .; FELIX, V. C. .; SILVA, L. R. da . Identificação e conduta de enfermeiros frente à violência por parceiro íntimo a mulher grávida. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 3, p. e53811326811, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i3.26811. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26811. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde