Afasia: da Antiguidade ao século XX

Autores

  • Bianca Nunes Pimentel Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3628

Palavras-chave:

Afasia; Transtornos da linguagem; Lesões encefálicas; Manifestações neurocomportamentais

Resumo

A afasia é um distúrbio adquirido da linguagem resultante de uma lesão cerebral focal no hemisfério dominante da linguagem que afeta o funcionamento comunicativo e social da pessoa e sua qualidade de vida. O objetivo desse estudo foi realizar uma revisão narrativa sobre as descobertas históricas na afasiologia, destacando os principais teóricos e trabalhos até o século XX. Foram consultados livros, as bases de dados disponíveis no Portal de Periódicos da CAPES e, para complementar, o Google Acadêmico. A compreensão da afasia como um distúrbio de linguagem teve início ainda na Idade Antiga. No século XIX, o estudo da relação entre linguagem e cérebro foi dominado pela questão da localização funcional. No século XX, o foco mudou lentamente para modelos de produção e compreensão da linguagem formulados psicolinguisticamente

Biografia do Autor

Bianca Nunes Pimentel, Universidade Federal de Santa Maria

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana, Universidade Federal de Santa Maria

Referências

Alonso, A. A. M. (2018). La divisibilidad del alma en la psicología de Aristóteles. ¿Es posible conciliar el hilemorfismo y el cardiocentrismo? Cuadernos de Filología Clásica (g): Estudios griegos e indoeuropeos; 28: 129-139.

Ardila, A. (2006). Las afasias. Flórida: EE.UU, p. 56-57-58-59, 82, 100.

Bastian, H. C. (1887). On different kinds of aphasia, whit special reference to their classification and ultimate pathology. The British Medical Journal; 5: 985-990.

Bear, M. F., Connors, B. W. & Paradiso, M. A. (2017). Neurociências: desvendando o sistema nervoso. 4ed. Porto Alegre: Artmed.

Benton, A. L. & Joynt, R. Early Descriptions of Aphasia. (1960). Archives of Neurology; 03(2): 205-222.

Benton, A. (2000). Exploring the history of neuropsychology. New york: oxford university express. p. 08, 10, 104, 291-292.

Blumstein, S. (1973). A phonological investigation of aphasic speech. Mouton, The Hague.

Campos, E. B. V. (2010). Representação psíquica e teoria da linguagem nos textos iniciais freudianos: um estudo da monografia sobre as afasias. Paideia; 20(45): 105-115.

Eling, P. & Whitaker H. (2010). History of aphasia: from brain to language. In: Handb Clin Neurol.; 95:571-82.

Finger, S. (1994). Origins of Neuroscience: A History of Explorations into Brain Function. New York: Oxford University Press.

Finger, S. & Buckingham H. (1994). Alexander Crichton (1763–1856): Disorders of fluent speech and associationist theory. Arch Neurol.; 51: 498-503.

Gross, C. G. (1995). Aristotle on the Brain. The Neuroscientist; 1(4):245-250.

Head, H. (1915). Hughlings Jackson on aphasia and kindeed Affections of speech. Brain; 38:1-27.

Kandel, E. R., Schwartz, J. H., Jessell, T. M., Siegelbaum, S. A. & Hudspeth, A. J. (2014). Princípios de Neurociências. 5ed. Porto Alegre: AMGH.

Lent, R. (2010). Cem bilhões de neurônios? Conceitos fundamentais de neurociência. 2ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2010. p.26, 684, 696,697, 699.

Luria, A. R., Tsvetkova, L. S. & Futer, D. S. (1965). Aphasia in a Composer. Journal of the Neurological Sciences; 2: 288-292.

Matias-Guiu, J. A., Cabrera-Martín, M. N., Matías-Guiu, J. & Carreras, J. L. (2017). FDG-PET/CT or MRI for the Diagnosis of Primary Progressive Aphasia? American Journal of Neuroradiology; 38 (9): E63.

Nicolelis, M. (2011). Muito além do nosso eu: a nova neurociência que une cérebros e máquinas – e como ela pode mudar nossas vidas. São Paulo: Companhia das Letras. p.40.

Papathanasiou, I., Coppens, P. & Davidson, B. (2017). Aphasia and related neurogenic communication disorders: basic concepts, management, and efficacy. In: Papathanasiou, I. & Coppens, P. Aphasia and related neurogenic communication disorders. Massachusetts: Jones and Bartlett Publishers.

Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acesso em: 17 Abril 2020.

Silva, E. B, Delboni, M. C. C. & Fedosse, E. (2020). Avaliação de sujeitos com afasia: uma revisão integrativa da literature. Rev. CEFAC; 22(1):1-12.

Spreen, O., Benton, A. L., & Fincham, R. W. (1965). Auditory Agnosia Without Aphasia. Archives of Neurology; 13: 84-92.

Springer, S. & Deutsch, G. (1998). Cérebro esquerdo, cérebro direito. 3ed. São Paulo: Summus, 1998. 17 p.

Stülp, C., & Mansur, S. (2019). O Estudo de Claudio Galeno como fonte de conhecimento da Anatomia Humana. Khronos; 17(7):153-169.

Symonds, C. J. (1953). Aphasia. Neurol Neurosurg Psychiat.; 16:1-6.

Tesak, J. & Code, C. (2008). Milestones of the history of Aphasia: Theories and Protagonists. p. 30, 34.

Tonkonogy, J. M. & Puente, A. E. (2009). Localization of Clinical Syndromes in Neuropsychology and Neuroscience. New York: Springer Publishing Company. p. 2-6.

Downloads

Publicado

20/04/2020

Como Citar

PIMENTEL, B. N. Afasia: da Antiguidade ao século XX. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 6, p. e127963628, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i6.3628. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3628. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão