Relação do desmame precoce e os transtornos mentais comuns em adolescentes e adultos: uma revisão da literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40578

Palavras-chave:

Aleitamento materno; Nutrientes; Saúde mental.

Resumo

Os benefícios da amamentação para a criança e a mãe já estão bem estabelecidos na literatura. Estudos recentes apontam que as consequências do desmame precoce podem repercutir não só na infância, mas também na adolescência e fase adulta. Entre as possíveis consequências tardias inclui-se uma maior ocorrência de transtornos mentais comuns (TMC) a longo prazo. Entretanto são poucos os dados disponíveis acerca desse tema, o que torna necessário a realização de mais pesquisas que busquem evidenciar a associação entre amamentação e transtornos mentais. Sendo assim, esse estudo objetivou realizar uma revisão da literatura a fim de relacionar o desmame precoce com a ocorrência de TMC. A pesquisa foi realizada nos portais de pesquisa PubMed, CENTRAL, SciELO e Lilacs. Após a busca com os descritores foram selecionados 3 artigos que correspondiam com os critérios de inclusão e exclusão. Os resultados indicam que a amamentação prolongada tem efeito protetivo na saúde mental de adolescentes e adultos estando associada com riscos menores de ocorrência de TMC.

Referências

Almeida, C. R. et al. (2019). Exposição ao aleitamento materno e transtornos mentais comuns na adolescência. Caderno de Saúde Pública, 35(5). https://www.scielo.br.

Bedaque, H. P. & Bezerra, E. L. M. (2018). Descomplicando MBE: uma abordagem prática da Medicina baseada em evidências. Caule de Papiro.

Bozzatello, P. et al. (2021). Mental Health in Childhood and Adolescence: The Role of Polyunsaturated Fatty Acids. Biomedicines, 9(8), 850. https://www.mdpi.com.

Dyall, S. C. (2015) Long-chain omega-3 fatty acids and the brain: a review of the independent and shared effects of EPA, DPA and DHA. Frontiers, 7(52) . https://www.frontiersin.org.

Fialho, F. A. et al. (2014). Fatores associados ao desmame precoce do aleitamento materno. Revista Cuidarte, 5(1), 670-678. http://www.scielo.org.com.

Gauthier, L. et al. (1996). Recall of childhood neglect and physical abuse as differential predictors of current psychological functioning. Elsevier, 20(7), 549-559. https://doi.org/10.1016/0145-2134(96)00043-9.

Hayatbakhsh, M. R. et al. (2012). Association of Breastfeeding and Adolescents’ Psychopathology: A Large Prospective Study. Mary Ann Liebert, 7(6), 480-486. https://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/bfm.2011.0136.

Horta, B. L., et al. (2015). Long-term consequences of breastfeeding on cholesterol, obesity, systolic blood pressure and type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr, 104(467), 30-37. https://doi.org/10.1111/apa.13133.

Khalid, W. et al. (2022) Functional behavior of DHA and EPA in the formation of babies brain at different stages of age, and protect from different brain-related diseases. International Journal of Food Properties, 25(1), 1021-1044, DOI: 10.1080/10942912.2022.2070642

Khan, E. B. et al. (2022). Relationship of early weaning and non-nutritive sucking habits with facial development. JPMA. The Journal of the Pakistan Medical Association, 72(6), 1118–1122. https://doi.org/10.47391/JPMA.3249.

Kim, P. et al. (2011). Breastfeeding, brain activation to own infant cry, and maternal sensitivity. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 52(8), 907-915. https://doi.org/10.1111/j.1469-7610.2011.02406.x.

Leal, D. T. et al. (2011). O perfil de portadores de diabetes mellitus tipo 1 considerando seu histórico de aleitamento materno. Escola Anna Nery, 15(1), 68-74. https://doi.org/10.1590/S1414-81452011000100010.

Mamun, A. A. et al. (2015). Breastfeeding is protective to diebetes risk in young adults: a longitudinal study. Acta Diabetológica, 52(5), 837-844. DOI10.1007/s00592-014-0690-z.

Brasil (2015). Ministério da Saúde. Estratégia nacional para promoção do aleitamento materno e alimentação complementar saudável no Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. https://www.saúde.sc.gov.br.

Mola, C. L. de. et al. (2016). Breastfeeding and mental health in adulthood: A birth cohort in Brazil. Journal of Affective Disorders, 202, 115-119. https://doi.org/10.1016/j.jad.2016.05.055.

Papp, L, (2014). Longitudinal associations between breastfeeding and observed mother-child interaction qualities in early childhood. Child: Care Health Dev.40(5), 740-746. https://doi.org/10.1111/cch.12106.

Pradanov, C. C. & Freitas, C. E. (2013). Metodologia do trabalho científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico (2nd ed.). Feevale.

Sinn, N. et al. (2010). Oiling the brain: A review of randomized controlled trials of omega-3 fatty acids in psychopathology across the lifespan. Nutrients, 2(2), 128-170. https://www.mdpi.com.

Tromp, I. et al. (2017). Breastfeeding and the risk of respiratory tract infections after infancy: The Generation R Study. Plos One, 12(2): e0172763 https://journals.plos.org.

Universidade Federal do Rio de Janeiro (2021). Aleitamento materno: Prevalência e práticas de aleitamento materno em crianças brasileiras menores de 2 anos 4: ENANI 2019. Rio de Janeiro, RJ: UFRJ. https://enani.nutricao.ufrj.br/index.php/relatorios/.

Wagner, K. J. P. et al. (2021). Associação entre aleitamento materno e sobrepeso/obesidade em escolares de 7-14 anos. Revista Paulista de Pediatria, 39(Rev. Paul. Pediatr., 2021 39). https://doi.org/10.1590/1984-0462/2021/39/2020076.

Downloads

Publicado

14/03/2023

Como Citar

GOMES, . G. S. .; PAZ, D. D. . Relação do desmame precoce e os transtornos mentais comuns em adolescentes e adultos: uma revisão da literatura . Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 3, p. e22412340578, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i3.40578. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/40578. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde