Correlação entre religiosidade/espiritualidade e sobrecarga do cuidador informal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.42962

Palavras-chave:

Cuidadores; Espiritualidade; Carga de trabalho; Habitação; Idoso.

Resumo

Avaliar a correlação entre religiosidade/espiritualidade e sobrecarga do cuidador informal. Estudo transversal, quantitativo realizado em Vitória, ES, Brasil. Participaram 83 cuidadores informais de acamados/domiciliadas, de dezembro de 2018 a abril de 2019. Na coleta de dados, foram utilizados três instrumentos para analisar as características sociodemográficas, sobrecarga do cuidador informal e Medida Multidimensional Breve de Religiosidade/Espiritualidade (BMMRS-p). Evidenciou-se idade média de 51 a 60 anos com maioria do sexo feminino. A sobrecarga equivale de moderado a severo com 47,0%, identificou-se dentro da escala multidimensional de breve religiosidade e espiritualidade a presença de Deus em 51% e não houve correlação entre espiritualidade e sobrecarga. Os cuidadores possuem maior prevalência para sobrecarga no ato de cuidar, como também o grau de parentesco aproximado com o doente, porém, o ato de cuidar não apresentou uma correlação diretamente comprovada com a espiritualidade/religiosidade.

Biografia do Autor

Aldirene Libanio Maestrini Dalvi, Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

Mestre em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (2019); graduada em Enfermagem - Faculdades Integradas São Pedro (2005). Atualmente Preceptora do Curso de Enfermagem EMESCAM. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem em Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: unidade de terapia intensiva, cuidados de enfermagem, humanização da assistência, cuidador informal e social.

Janine Pereira da Silva, Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

Graduada (2007) em Nutrição pela Universidade Vila Velha (UVV). Mestre (2010) e Doutora (2014) em Ciências da Saúde: Área de Concentração em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estágio de Pós-Doutoramento (2018) pelo Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM) Edital FAPES/CAPES n.° 009/2014 ? Bolsa de Fixação de Doutores. Atualmente, é docente no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local (PPGPPDL) da EMESCAM; Coordenadora do Programa Institucional de Iniciação Científica (PIIC) da EMESCAM; Membro do Corpo Editorial e Revisora da Revista Estudos Interdisciplinares em Ciências Sociais e da Saúde da EMESCAM; e Membro da Comissão Coordenadora e de Bolsas do PPGPPDL da EMESCAM . Tem experiência na área de nutrição, com ênfase em nutrição infantil, estudando os seguintes temas: avaliação nutricional e da composição corporal com uso de isótopo estável, doenças crônicas não transmissíveis, saúde materno-infantil, aleitamento materno, segurança alimentar e nutricional e interfaces com as políticas públicas de saúde

Angelita Viana Corrêa Scardua, Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

Angelita Viana Corrêa Scardua é Doutora em Ciências (Psicologia Social) pela Universidade de São Paulo e mestre em Psicologia pela mesma Instituição, sendo graduada em psicologia pela Universidade Federal do Espirito santo. Realizou estágio de pós-graduação (1998-2000) no Departamento de Neurociências e Comportamento do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, onde investigou as relações entre o ciclo vigília-sono e os estados afetivos. Atua como psicóloga clínica e como docente de pós-graduação. Possui experiência nas áreas de Desenvolvimento Humano e Social, com ênfase nas experiências características da vida adulta, nos processos psicológicos básicos e na análise do Imaginário Cultural. É pioneira nos estudos sobre a felicidade (Psicologia Positiva) no Brasil, sendo autora de um dos primeiros trabalhos na área aprovado por banca no país. Coordena grupos de estudo e cursos na área de psicologia. É membro da International Positive Psychology Association, da European Network for Positive Psychology, da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento e da International Association for Jungian Studies. Integra o Grupo de Pesquisa "Mitopoética da Cidade" do Instituto de Psicologia da USP.

Jussara de Azevedo Pereira, Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

Graduanda em Enfermagem pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM; Bolsista de Iniciação Científica (EMESCAM); Membro do Laboratório de Escrita Cientifica (EMESCAM);

Esthefany Pereira Estevam, Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

Graduanda em Enfermagem pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM; Bolsista de Iniciação Científica (EMESCAM); Membro do Laboratório de Escrita Cientifica (EMESCAM)

Maria Carlota de Rezende Coelho, Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Espírito Santo (1979), mestrado em
Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007) e
doutorado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro
(2011). Atualmente é professora titular da Escola de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória. Linhas de
pesquisa: Políticas de saúde, Integralidade e processos sociais e processo de trabalho, políticas públicas e
desenvolvimento local.

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Publicado

26/08/2023

Como Citar

DALVI, A. L. M. .; SILVA, J. P. da .; SCARDUA, A. V. C. .; PEREIRA, J. de A. .; ESTEVAM, E. P. .; COELHO, M. C. de R. . Correlação entre religiosidade/espiritualidade e sobrecarga do cuidador informal. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 8, p. e14112842962, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i8.42962. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42962. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde