Qualidade da atividade Sexual em acadêmicas de Medicina
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i9.43255Palavras-chave:
Sexualidade; Comportamento Sexual; Saúde da mulher.Resumo
A atividade sexual representa um dos pilares mais importantes da saúde e da qualidade de vida para os seres humanos. É um assunto ainda muito pouco estudado, além do mais quando se trata do sexo feminino. Durante a graduação, com os inúmeros desafios que os estudantes enfrentam em suas rotinas, podem atrapalhar significativamente em sua saúde sexual. O estudo, portanto, teve por objetivo avaliar o ciclo de resposta sexual, englobando desejo, excitação, orgasmo e resolução das acadêmicas de medicina da FAG, avaliando, desempenho e satisfação sexual feminina dessas acadêmicas durante o curso de medicina. Portanto, foi aplicado um instrumento de pesquisa previamente validado, em forma de questionário, chamado Quociente Sexual -Versão Feminina (QS-F), desenvolvido pela ProSex da USP. O trabalho contou com 257 participantes, sendo 104 acadêmicas do ciclo básico, 119 do ciclo clínico e 34 do internato. Com relação à função sexual, 45,1% das estudantes apresentaram um desempenho sexual regular a bom, pontuando entre 62-80 pontos no questionário. Concluiu-se que o padrão de desempenho sexual das acadêmicas de Medicina apresentou-se adequado. Contudo, cerca de 17,2% das participantes apresentaram um padrão de desempenho inadequado.
Referências
Abdo, C. H. N. (2010). Considerações a respeito do ciclo de resposta sexual da mulher: uma nova proposta de entendimento. Diagnóstico Tratamento, 15(2):88-90. http://files.bvs.br/upload/S/1413-9979/2010/v15n2/a88-90.pdf
Abdo, C. H. N. (2004). Descobrimento sexual do Brasil. Summus Editorial.
Abdo, C. H. N. (2009). Quociente sexual feminino: um questionário brasileiro para avaliar a atividade sexual da mulher. Diagnóstico Tratamento. 14(2):89-1. http://files.bvs.br/upload/S/1413-9979/2009/v14n2/a0013.pdf
Acácio, M. da S., Peixoto, J. de O., & Magalhães, I. M. de O. (2023). A saúde da mulher como foco principal da intervenção em uma Unidade de Atenção Básica: um relato de experiência. Research, Society and Development, 12(7), e6812742451. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i7.42451
Amato P. (2006). Categories of female sexual dysfunction. Obstetrics and gynecology clinics of North America, 33(4), 527–534. https://doi.org/10.1016/j.ogc.2006.10.003
American psychiatric association (APA). (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed.
APF. Associação para o Planejamento da Família. (2022). Resposta Sexual Humana: fases do ciclo de resposta sexual humana. (online) http://www.apf.pt/sexualidade/resposta-sexual-humana
Araujo, T. G., & Scalco, C. P. (2019). Transtornos de dor gênito-pélvica/penetração: uma experiência de abordagem interdisciplinar em serviço público. Revista Brasileira De Sexualidade Humana, 30(1). https://doi.org/10.35919/rbsh.v30i1.72
Basson, R., Berman, J., Burnett, A., Derogatis, L., Ferguson, D., Fourcroy, J., Goldstein, I., Graziottin, A., Heiman, J., Laan, E., Leiblum, S., Padma-Nathan, H., Rosen, R., Segraves, K., Segraves, R. T., Shabsigh, R., Sipski, M., Wagner, G., & Whipple, B. (2000). Report of the international consensus development conference on female sexual dysfunction: definitions and classifications. The Journal of urology, 163(3), 888–893. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10688001/
Borges, V. L. F., & Medeiros, S. F. (2009). Validação de questionário para avaliar a função sexual feminina após menopausa. Ver. Bras. De Gin. e Obs. 31(6), 293-299. https://www.scielo.br/j/rbgo/a/qxy9rRkqpFN3tb7J5jFYR3r/#
Brasil. (2020). Censo da Educação Superior de 2020. https://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/documentos/2020/tabelas_de_divulgacao_censo_da_educacao_superior_2020.pdf
Carroll, J. L., & Bagley, D. H. (1990). Evaluation of sexual satisfaction in partners of men experiencing erectile failure. Journal of sex & marital therapy, 16(2), 70–78. https://doi.org/10.1080/00926239008405253
Cavalcanti R, Cavalcanti M. (2006) Tratamento clínico das inadequações sexuais, (3a ed.), Roca.
Costa, G. N. (2013). Orgasmo Feminino: Conhecer para ter. Monografia (Programa de pós-graduação lato sensu em sexualidade humana) – UCAM. Tocantins.
DeLamater, J. (1991). Emotions and sexuality. In K. McKinney & S. Sprecher (Eds.), Sexuality in close relationships (pp. 49-70). New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.
Gozzo, T. O., Fustinoni, S. M., Barbieri, M., Roehr, W. M., & Freitas, I. A. (2000). Sexualidade feminina: compreendendo seu significado. Rev.latino-am.enfermagem, 8(3), 84-90. https://www.scielo.br/j/rlae/a/9pcj3PJQJZyPzDtrHNRxKfd/?format=pdf&lang=pt
Gräf, D. D., Mesenburg, M. A., & Fassa, A. G. (2020). Risky sexual behavior and associated factors in undergraduate students in a city in Southern Brazil. Revista De Saúde Pública, 54, 41. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054001709
Hernandez, J. A. E., & Oliveira, I. M. B. (2003). Os componentes do amor e a satisfação. Psicologia: Ciência e Profissão. 23 (1), 58-69. https://www.scielo.br/j/pcp/a/MCRQydVMxmrZXhMg9PsJsKk/?format=html&lang=pt#
Hisasue, S., Kumamoto, Y., Sato, Y., Masumori, N., Horita, H., Kato, R., Kobayashi, K., Hashimoto, K., Yamashita, N., & Itoh, N. (2005). Prevalence of female sexual dysfunction symptoms and its relationship to quality of life: a Japanese female cohort study. Urology, 65(1), 143–148. https://doi.org/10.1016/j.urology.2004.08.003
Hurlbert, D. F., Apt, C., & Rabehl, S. M. (1993). Key variables to understanding female sexual satisfaction: an examination of women in nondistressed marriages. Journal of sex & marital therapy, 19(2), 154–165. https://doi.org/10.1080/00926239308404899
Marques, F. Z. C., Chedid, S. B., & Eizerik, G. C. (2008). Resposta Sexual Humana. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 17(3-6):175-183. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/04/541590/755-1534-1-sm.pdf
Martins, H. K. P., Soares, L. O. L., Oliveira, I. M. L., Oliveira, C. P., Torres, K. B. H., & Costa, O. M. (2023). Conhecimento de universitárias sobre o uso do preservativo feminino. Research, Society and Development, 12(7), e16412742692. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i7.42692
Matthes, A. C. S. (2020). Abordagem atual da dor na relação sexual (dispareunia). Revista Brasileira De Sexualidade Humana. 30 (1). https://doi.org/10.35919/rbsh.v30i1.66
Mendonça, C. R., Silva, T. M., Arrudai, J. T., Garcia-Zapata, M. T. A, & Amaral, W. N. (2012). Função Sexual Feminina: aspectos normais, patológicos, prevalência no Brasil, diagnóstico e tratamento. Rev. Femina, 40(4). http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2012/v40n4/a3364.pdf
Oliveti, E. M. P. (2010). Anorgasmia em mulheres com parcerias estáveis: Revisão de Literatura. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade de Medicina de São Paulo, São Paulo. http://www.sies.uem.br/trabalhos/2009/116.pdf
Pechorro, P. Diniz, A., & Vieira, R. (2009). Satisfação sexual feminina: Relação com funcionamento sexual e comportamentos sexuais. Análise Psicológica. 21(1). http://publicacoes.ispa.pt/publicacoes/index.php/ap/article/view/187/pdf
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.
Pontes, B. F., Silva, B. M. S. da, Paixão, T. de O., Souza, B. G., Quitete, J. B., Jesus, L., & Silvério, L. Z. A. (2023). Liga acadêmica de saúde da mulher: Empoderamento feminino, promoção de saúde e qualificação profissional. Research, Society and Development, 12(9), e7412943250. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i9.43250
Rao, T. S., & Nagaraj, A. K. (2015). Female sexuality. Indian journal of psychiatry, 57(Suppl 2), S296–S302. https://doi.org/10.4103/0019-5545.161496
Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, M. P. B. (2013) Metodologia de Pesquisa. (5a ed.), McGraw-Hill.
Sant’Anna Cunha, C. (2022). Atuação do fisioterapeuta no tratamento da dor gênito pélvica/penetração com foco na abordagem da terapia manual em mulheres na menacme. Estudos Avançados Sobre Saúde E Natureza, 4, 30–50. https://doi.org/10.51249/easn04.2022.777
Santos, M. F. & Beresin, R. (2008). Avaliação da função sexual de estudantes de graduação em Enfermagem. O Mundo Da Saúde, 32(4), 430–436. https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/830
Santos, R. R., Matumoto, A. N., Moreti, G. V., Rodrigues, G., Pasqualino, J. V. P., Mattos, S. R., & Pereira, M. M., (2021). Causas e tratamento da anorgasmia feminina: uma revisão da literatura. Anais do IX Congresso Médico Universitário São Camilo p. 40-53. São Paulo: Blucher. https://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/causas-e-tratamento-da-anorgasmia-feminina-uma-reviso-da-literatura-37182
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Victória Beatrice Diniz Silva; Elaine Werncke; Giulia Maria Geron Favarim ; Vitória Marques Moreira ; Adriano Luiz Possobon
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.