O papel da alimentação para a qualidade de vida de portadores de lúpus

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i13.44221

Palavras-chave:

Alimentação; Lúpus; Lúpus eritematoso sistêmico; Estado nutricional; Qualidade de vida.

Resumo

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma patologia de caráter inflamatória crônica que pode acometer qualquer idade e gênero, mas, manifesta-se principalmente em mulheres em idade fértil, caracterizado por período de atividade da doença e remissão, onde o mesmo pode acometer múltiplos órgãos e sistemas. O presente estudo tem como foco principal abordar a importância da alimentação saudável para a qualidade de vida de portadores de lúpus. A metodologia tratasse de pesquisa descritiva com abordagem de revisão de literatura, demonstrar através de um levantamento bibliográfico sobre o estado nutricional e consumo alimentar de pacientes portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Em resultados obteve-se em maioria dos casos de pacientes lupicos com obesidade e sobrepeso e maior incidência da doença em mulheres em idade fértil, evidenciou-se baixo consumo de micronutrientes em comparação ao que recomendado pela literatura. Conclui-se que o excesso de peso e frequente no LES, e está relacionado com o consumo alimentar e que tem maiores chances de desenvolverem doenças metabólicas e cardiovasculares, não só pela má alimentação como também efeitos dos corticoides e antimaláricos que também afetam o quadro nutricional do paciente.

Referências

Almeida, C. S., Mendes, A. L. de R. F., Cavalcante, A. C. M., Arruda, S. P. M., Silva, F. R., & Albuquerque, L. P. (2017). Perfil antropométrico e consumo alimentar de mulheres com lúpus eritematoso sistêmico. Arquivos Catarinenses De Medicina, 46(4), 103–117.

Almeida, E. F., Teixeira, J. M. B. & Cardoso M. Z. (2012) Pesquisa de auto-anticorpos em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico: revisão de literatura. Revista Ciências em Saúde. 2(3).

Aureliano, W. A. (2018). Trajetórias Terapêuticas Familiares: doenças raras hereditárias como sofrimento de longa duração. Cien Saude Colet, 23(2), 369-380.

Atta, A. M., Silva, J. P. C., Santiago, M. B., Oliveira, I. S., Oliveira, R. C., & Sousa Atta, M. L. B. (2018). Clinical and laboratory aspects of dyslipidemia in Brazilian women with systemic lupus erythematosus. Clinical Rheumatology, 37, 1539-1546.

Barbhaiya, M., Tedeschi, S., Sparks, J. A., Leatherwood, C., Karlson, E. W., Willett, W. C., Lu, B., & Costenbader, K. H. (2021). Association of Dietary Quality With Risk of Incident Systemic Lupus Erythematosus in the Nurses' Health Study and Nurses' Health Study II. Arthritis care & research, 73(9), 1250–1258. https://doi.org/10.1002/acr.24443

Behiry, M. E, Salem, M. R, Alnaggar, A. R. (2019). Avaliação do estado nutricional e do nível de atividade da doença em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico em um hospital terciário. Revista Colombiana de Reumatologia, 26(2), 97-104, 2019.

Borba, E. F., Latorre, L. C., Brenol, J. C. T., Kayser, C., Silva, N. A. D., Zimmermann, A. F., & Sato, E. I. (2008). Consenso de lúpus eritematoso sistêmico. Revista Brasileira de Reumatologia, 48, 196-207.

Borges, M. C., dos Santos, F. D. M. M., Telles, R. W., Lanna, C. C. D., & Correia, M. I. T. (2012). Nutritional status and food intake in patients with systemic lupus erythematosus. Nutrition, 28(11-12), 1098-1103.

Bouillon, R. (2017). Comparative analysis of nutritional guidelines for vitamin D. Nature Reviews Endocrinology, 13(8), 466-479.

Brasil. (2013). Portaria nº100, de 7 de fevereiro de 2013. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Lúpus Eritematoso Sistêmico. Brasília. Ministério da saúde.

Ceccarelli, F., Agmon-Levin, N., & Perricone, C. (2016). Genetic factors of autoimmune diseases. Journal of immunology research, 2016.

Correa, F. I. (2010). Lúpus Eritematoso Sistêmico: Uma revisão da literatura. Teresina: EdUFP.

Costa, M. R. D., Costa, I. P. D., Devalle, S., Castro, A. R. C. M. D., & Freitas, S. Z. (2012). Prevalência e diversidade genética do torque teno vírus em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico em serviço de referência no Mato Grosso do Sul. Revista Brasileira de Reumatologia, 52, 49-54.

Costi, L. R., Iwamoto, H. M., Neves, D. C. D. O., & Caldas, C. A. M. (2017). Mortalidade por lúpus eritematoso sistêmico no Brasil: avaliação das causas de acordo com o banco de dados de saúde do governo☆. Revista brasileira de reumatologia, 57, 574-582.

Correa-Rodriguez, M., Pocovi-Gerardino, G., JL, C. R., Ortego-Centeno, N., & Rueda-Medina, B. (2020). The impact of obesity on disease activity, damage accrual, inflammation markers and cardiovascular risk factors in systemic lupus erythematosus. Panminerva Medica, 62(2), 75-82.

Freire, R., Ingano, L., Serena, G., Cetinbas, M., Anselmo, A., Sapone, A., ... & Senger, S. (2019). Human gut derived-organoids provide model to study gluten response and effects of microbiota-derived molecules in celiac disease. Scientific reports, 9(1), 7029.

Galindo, C. V. F., & Veiga; R. K. A. (2010). Características Clínicas e Diagnostico do Lúpus Eritematoso: Revisão. Revista Eletrônica de Farmácia. 7(4), 46 – 58.

Gerhardt, T. E., Pinheiro, R., Ruiz, E. N. F., & Silva Junior, A. G. D. (2016). Itinerários terapêuticos: integralidade no cuidado, avaliação e formação em saúde. In Itinerários Terapêuticos: integralidade no cuidado, avaliação e formação em saúde (pp. 221-221).

Gottschalk, T. A., Tsantikos, E., & Hibbs, M. L. (2015). Pathogenic inflammation and its therapeutic targeting in systemic lupus erythematosus. Frontiers in immunology, 6, 550.

Iriart, J. A. B., Nucci, M. F., Muniz, T. P., Viana, G. B., Aureliano, W. D. A., & Gibbon, S. (2019). Da busca pelo diagnóstico às incertezas do tratamento: desafios do cuidado para as doenças genéticas raras no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 3637-3650.

Islam, M. A., Khandker, S. S., Kotyla, P. J., & Hassan, R. (2020). Immunomodulatory effects of diet and nutrients in systemic lupus erythematosus (SLE): a systematic review. Frontiers in immunology, 1477.

Klack, K., Bonfa, E. & Neto, E. F. B. (2012). Dieta e aspectos nutricionais no lúpus eritematoso sistêmico. Rev Bras Reumatol, 52(3), 384-408.

Lima, S. M &Silva, W. D. L. (2012). Lúpus Eritematoso Sistêmico: Revisão Literária. Connep; 2(8), 32-4.

Machado, R. I. L., Scheinberg, M. A., Queiroz, M. Y. C. F. D., Brito, D. C. S. E. D., Guimarães, M. F. B. D. R., Giovelli, R. A., & Freire, E. A. M. (2014). Utilização do rituximabe como tratamento para o lúpus eritematoso sistêmico: avaliação retrospectiva. Einstein, 12, 36-41.

Matos, M. B., Dias, E. P., Arruda, A. C., Aguiar Junior, N. A., Galera, M. F., & Leite, C. A. (2016). Alterações eritrocitárias em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. Medicina (Ribeirão Preto. Online), 49(1), 45-51.

Meza-Meza, M. R., Vizmanos-Lamotte, B., Muñoz-Valle, J. F., Parra-Rojas, I., Garaulet, M., Campos-López, B., & De la Cruz-Mosso, U. (2019). Relationship of excess weight with clinical activity and dietary intake deficiencies in systemic lupus erythematosus patients. Nutrients, 11(11), 2683.

Muza, L. S., Calzza, J. I., Gasparin, A. A., de Andrade, N. P. B., Hax, V., Xavier, R. M., & Monticielo, O. A. (2022). Perfil nutricional de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. Braga, Daniel LS Reflexões e inovações multidisciplinares em saúde no século XXI. c2022. Cap. 17, p. 221-234.

Pocovi-Gerardino, G., Correa-Rodríguez, M., Callejas-Rubio, J. L., Ríos-Fernández, R., Ortego-Centeno, N., & Rueda-Medina, B. (2018). Dietary intake and nutritional status in patients with systemic lupus erythematosus. Endocrinología, Diabetes y Nutrición, 65(9), 533-539.

Raisa, R. H., Alberto, A. R., Jackeline, L. B., Geanny, S. O., & Marbelis, C. M. (2023, April). Factores de riesgo asociados al estado nutricional en pacientes con lupus eritematoso sistémico. In NutriciónHolguín2023.

Reis, M. G. D., & Costa, I. P. D. (2010). Qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico no Centro-Oeste do Brasil. Revista Brasileira de Reumatologia, 50, 408-414.

Scrivo, R., Perricone, C., Altobelli, A., Castellani, C., Tinti, L., Conti, F., & Valesini, G. (2019). Dietary habits bursting into the complex pathogenesis of autoimmune diseases: the emerging role of salt from experimental and clinical studies. Nutrients, 11(5), 1013.

Rossoni, C. (2009). Perfil nutricional e metabólico de pacientes com lupus eritematoso sistêmico de um centro de referência.

Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta Paulista De Enfermagem, 20(2), v–vi. https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000200001

Silva, A. F. da, Nunes, L. F. da S., Monteiro, J. R. S., Costa, M. C., & Santos, J. C. F. (2021). caracterização de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico atendidas por um hospital em Alagoas. Gep News, 2(2), 29–37.

Szabó, M. Z., Szodoray, P., & Kiss, E. (2017). Dyslipidemia in systemic lupus erythematosus. Immunologic research, 65, 543-550.

Thumboo, J. & Strand, Vibeke. (2007). Health-related quality of life in patients with systemic lupus erythematosus: an update. Annals Academy of Medicine Singapore, 36(2), 115.

Twumasi, A. A., Shao, A., Dunlop‐Thomas, C., Drenkard, C., & Cooper, H. L. (2020). Exploring the perceived impact of the chronic disease self‐management program on self‐management behaviors among African American women with lupus: a qualitative study. ACR Open Rheumatology, 2(3), 147-157.

Vianna, R. Simões, MJ & Inforzato H.C.B. (2010). Lúpus Eritematoso Sistêmico. Revista Ceciliana; 2(1):1-3.

Zhao, Z., Zou, J., Zhao, L., Cheng, Y., Cai, H., Li, M., ... & Liu, Y. (2016). Celiac disease autoimmunity in patients with autoimmune diabetes and thyroid disease among Chinese population. Plos one, 11(7), e0157510.

Downloads

Publicado

24/11/2023

Como Citar

SILVA, T. B. da .; FREITAS, F. M. N. de O. .; LOBO, R. H. . O papel da alimentação para a qualidade de vida de portadores de lúpus. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 13, p. e03121344221, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i13.44221. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44221. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão