De vendedor ambulante a emprendedor: una etnografía en el comercio callejero de alimentos en Recôncavo da Bahia

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13497

Palabras clave:

Comida callejera; Comercio Informal; Vendedor Ambulante; Empresario; Etnografía.

Resumen

El artículo buscó comprender el proceso de transición de vendedor ambulante a emprendedor en la comida callejera, a partir de un estudio etnográfico realizado con trabajadores de este oficio, en la ciudad de Santo Antônio de Jesus, Recôncavo da Bahia. La etnografía siguió la línea analítico-interpretativa de Clifford Geertz. La etapa de campo duró siete meses, utilizando las técnicas: observación sistemática y participante y entrevistas con vendedores ambulantes e informantes clave. Otras fuentes alternativas, como informes de sitios web y periódicos locales, conformaron el estudio. El análisis se basó en teóricos como Ricardo Antunes, para discutir temas relacionados con el trabajo informal, el emprendedor y la precariedad del trabajo de calle. Se encontró que la implementación del Programa Legal SAJ, una intervención política que tuvo como objetivo reorganizar y reestructurar el comercio callejero en la ciudad, culminó con la “recategorización” de los vendedores ambulantes a microempresarios. Parte de ellos no reconoció la “identidad” del MEI, forjada por el poder público, significados revelados en micro acciones, como tácticas de resistencia y verbalizaciones disonantes, en la práctica del trabajo. El Programa reveló adoptar estrategias basadas en políticas neoliberales, al asumir el discurso “empresarial” para la regulación, en detrimento de una política de protección social para estos sujetos. Así, la formalización del vendedor ambulante al MEI representó una política menos resolutiva, que repercutió como parámetro de higiene social y estrategia económica. Estas manifestaciones mostraron que la corrosión de los derechos de los trabajadores, escondidos bajo el velo del discurso empresarial, sirven principalmente al mercado financiero y representan la contingencia de nuevas formas de exclusión y precarias relaciones laborales.

Biografía del autor/a

Gizane Ribeiro de Santana, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Professora Adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências da Saúde, curso de Nutrição (ingresso em 2010). Bacharel em Nutrição pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Mestre em Saúde, Ambiente e Trabalho pela Faculdade de Medicina da UFBA, Doutoranda em Alimentos, Nutrição e Saúde pela Escola de Nutrição da UFBA. 

Lígia Amparo-Santos, Universidade Federal da Bahia

Professora Associada da Escola de Nutrição da UFBA e do Programa de Pós-Graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde; Doutora em Ciências Sociais (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Pesquisadora Líder do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação e Cultura.

Citas

Anjaria, J. S. (2016). The Slow Boil. Street Food, Rights, Space Public in Mumbai. Stanford University.

Antunes, R. (2019). Riqueza e miséria do trabalho no Brasil IV: Trabalho digital, autogestão e expropriação da vida: o mosaico da exploração. São Paulo: Boitempo.

Antunes, R. (2018). O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. Boitempo.

Baron, R., & Shane, S. A. (2007). Empreendedorismo: uma visão do processo. Thompson.

Bhowmick, S. K. (2010). Street vendors in the global urban economyRoutledge. Taylor & Francis Group.

Bitter, D., & Bitar, N. P. (2012). Comida, trabalho e patrimônio. Notas sobre o ofício das baianas de acarajé e das tacacazeiras. Horizontes Antropológicos, 18(38): 213-236.

Bourdieu, P. (2012). A miséria do mundo. Vozes.

Castro, B. (2019). Quando gênero revela classe: mulheres e flexibilidade no setor da tecnologia da informação. In: ANTUNES, R. (org.) Riqueza e miséria do trabalho no Brasil IV: Trabalho digital, autogestão e expropriação da vida: O mosaico da exploração. (pp. 145-163), São Paulo: Boitempo.

Chen, M. A. (2012). The Informal Economy: Definitions, theories and policies. Wiego Work Paper, 1.

Costa, M. C. L., & Rocha, C. G. S. (2020). Sucessão hereditária na agricultura familiar: estudo de caso dos agricultores da Vicinal 12, Brasil Novo, Pará. Research, Society and Development, 9(7): 1-18. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3908.

Da Matta, R. (1986). O que faz do brasil, Brasil? Rocco.

De Certeau, M. (2014). A invenção do cotidiano 1. Artes de fazer: Vozes.

Durães, B. J. R. (2002). Trabalho Informal: Um paralelo entre os trabalhadores de rua da cidade de Salvador no século XIX e no século XXI. Caderno CRH, 37, 289-308.

Engels, F. (1984). A origem da família, da propriedade privada e do estado. (9a ed.), Civilização Brasileira.

Etzold, B. (2014). Towards fair street food governance in Dakha: moving from exploitation and eviction to social recognition and support. In: CARDOSO, R. C. V. et al. Street food. Culture, Economy, Healthy and Governance. (pp. 61-82), Routledge.

Ferreira-Filho. A. H. (1998-1999). Desafricanizar as ruas: elites letradas, mulheres pobres e cultura popular em Salvador (1890-1937). Revista Afro-Ásia, 21-22, 239-256.

Greenspan, A. (2018). Moveable feasts: reflections on Shanghai’s street food. Food, Culture & Society, 21(1): 75-88.

Geertz, C. (2008). A interpretação das culturas. LTC.

Gurtoo, A., & Williams, C. C. (2009). Empreendedorismo e setor informal: algumas lições da Índia. Internacional Journal of Entrepreneurship and Innovation, 10(1): 55–62.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2018). Estimativas da população residente nos municípios brasileiros. Diretoria de Pesquisas. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-deta lhe-demidia.html?view=mediaibge&catid=2103&id=227 9.htm.

Isaacs B. (2014). “The tastiest food is in the small streets. The politics of flavor and nostalgia in Bangkok”. In: Cardoso, R. C. V. et al. Street food. Culture, Economy, Healthy and Governance. (pp. 195-213), Routledge.

Kaufmann, J. C. (2018). A entrevista compreensiva: um guia para pesquisa de campo. Vozes.

Macedo, R. S. (2010). Compreender/mediar a formação o fundante da educação. Liber Livro.

Maia, A. C. N. (2015). Redes do comércio de rua de Salvador, Bahia. Mercator, 14(2): 45-56.

Marras, S. (2014). Comparative analysis of legislative approaches to street food in South American metropolises. In: Cardoso, R. C. V. et al. Street food. Culture, Economy, healthy and Governance. (pp. 15-45), Routledge.

Martin, N. (2014). Food fight! Immigrant Street Vendors, Gourmet Food Trucks and the Differential Valuation of Creative Producers in Chicago. International Journal of Urban and Regional Research, 38(5): 1867-1883.

Matzembacher, et al. (2019). Can street entrepreneurs be Schumpeterian entrepreneurs? The case of food trucks as family firms in an emerging country. Journal of Global Entrepreneurship Research, 9(6): 1-24.

Naik, A. (2013). Contextualising Urban Livelihoods: Street Vending in India. SSRN Electronic Journal. Recuperado de https://papers.ssrn.com /sol3/papers.cfm?abstract_id=2238589.htm.

Paula JR. J. V. (2005). Discursos libertários: entre a “inclusão” e “um Novo mundo possível”. Revista de Ciências Sociais, 23, 49-64.

Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia do trabalho científico. UFSM. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/ handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Portal Sebrae (2019). Perfil do microempreendedor individual. https://m.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/estudos_pesquisas/ estudosapresentamperfil-domicroempreendedorindividualdetalhe.htm.

Raslan, F. O. Sapataria Pandora: Informalidade e desenvolvimento da indústria de calçados de Nova Serrana (MG). In: Antunes, R. (org.) Riqueza e miséria do trabalho no Brasil IV: Trabalho digital, autogestão e expropriação da vida: O mosaico da exploração. (pp. 145-163), Boitempo.

Santana, G. R. & Amparo-Santos, L. (2021). Da promoção da SAN à invisibilidade social: O trabalho dos artífices ambulantes na comida de rua no Brasil. Research, Society and Development, 10(2): 1-13. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12862.

Santana, G. R. & Amparo-Santos, L. (2019). Institutionalization of Street Food in the Modern Urban Space: Conformations, Tensions and Conflicts. Journal of Food and Nutrition Research, 7(6): 465-475. 10.12691/jfnr-7-6-9.

Sennett, R. (2006). A cultura do novo capitalismo. Record.

Solomon, H. (2015). “The taste no chef can give”: Processing Street Food in Mumbai. Cultural Anthropology, 30(1): 65–90.

Souza, J. (2012). Os batalhadores brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora? UFMG.

Tarulevicz, N. (2018). Hawkerpreneurs: vendedores ambulantes, empreendedorismo e reinvenção da comida de rua em Singapura. RAE - Revista de Administração de Empresas. São Paulo, 58(3): 291-302.

Tinker, I. (1997). Street Foods: Urban Food and Employment in Developing Countries. Oxford University Press.

Voz da Bahia. SAJ Legal: Carrinhos dos vendedores ambulantes passam por vistorias. <http://www.vozdabahia.com.br/index/blog/id-270354/saj_legal_carrinhos_dos_vendedores_ambulantes_passam_por_vistorias.htm.

Winarno, F. G. & Alain, A. (1986). Street foods in Asia. A proceeding of the Regional Workshop. In: Jogjakarta: FAO and Food Technology Developement Centre. http://www.fao.org/3/U3550t/u3550t08.htm.

Publicado

16/03/2021

Cómo citar

SANTANA, G. R. de .; AMPARO-SANTOS, L. De vendedor ambulante a emprendedor: una etnografía en el comercio callejero de alimentos en Recôncavo da Bahia. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 3, p. e30110313497, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i3.13497. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13497. Acesso em: 17 jul. 2024.

Número

Sección

Ciencias Humanas y Sociales