Mulheres nas ciências: uma avaliação comparativa entre quatro cursos universitários
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.18428Palavras-chave:
mulheres na ciência; Mulheres na ciência; ciências naturais e matemática; Ciências naturais e matemática; gênero; Gênero.Resumo
“As ciências da natureza e a matemática são dominadas por homens!” Afirmações como essa levaram-nos a buscar dados que pudessem refutá-la ou confirmá-la. Por esse motivo, o presente trabalho traz uma análise do percentual de formação dos estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro dos cursos de licenciatura em Física, licenciatura e bacharelado em Matemática, Matemática/Computação, Química e Biologia, entre os anos 1989 e 2015. A análise desses dados não se limita apenas à exploração do número de formandos, mas também aos dados relativos ao quantitativo de docentes, pois buscamos ao longo do texto compreender questões como a compatibilidade – ou a falta dela entre os números de mulheres e homens formados e o quadro atual de docentes dos cursos analisados. Nesse percurso, foi mostrada a discrepância dos resultados, entre o gênero predominante de estudantes formados e docentes em cada um dos cursos, numa tentativa de alertar o leitor para um processo exclusivo, baseado no gênero (homens e mulheres cisgênero), recorrente nos níveis acadêmicos seguintes à graduação.
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