Generalized aptheria and automutilization of members in budgegarigar (Melopsittacus undulatus SHAW, 1805) presenting circovirosis in the Northeast of Brazil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.20864Palavras-chave:
Aves; Circovirus; Comportamento; Patologia.Resumo
O periquito-australiano (Melosittacus undulatus Shaw, 1805) é uma ave da ordem Psittaciformes e família Psittaculidae. Esta espécie é considerada o terceiro pet mais popular do mundo, sendo frequente o atendimento em clínicas veterinárias. Dentre as enfermidades que podem acometer esses animais, a doença do bico e das penas dos psitacídeos (PBFD), ou circovirose, é uma doença infecciosa comumente relatada em algumas regiões. O objetivo desse trabalho é descrever o caso de um periquito-australiano apresentando apteria generalizada e automutilação de membros decorrente de PBFD e transtorno de arrancamento de penas no Nordeste do Brasil. Deu entrada no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Semiárido (HOVET-UFERSA) um periquito-australiano apresentando apteria generalizada. Em seguida, fezes foram coletadas e foi solicitada uma análise molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR) para Circovírus PsCV. O resultado foi positivo, e no retorno do animal à clínica, o mesmo apresentou carpometacarpo direito e tarsometatarsos automutilados. Considerando que os relatos dessas afecções para psitacídeos são escassos no Nordeste, registra-se a primeira ocorrência de circovirose e consequente transtorno de arrancamento de penas com manifestação clínica de apteria generalizada e automutilação de membros em periquito-australiano para o estado do Rio Grande do Norte, o que representa um risco para conservação de psitacídeos silvestres dessa região.
Referências
Bonne, N., Shearer, P., Sharp, M., Clark, P., & Raidal, S. (2009). Assessment of recombinant beak and feather disease virus capsid protein as a vaccine for psittacine beak and feather disease. Journal of General Virology, 90(3), 640-647. https://doi.org/10.1099/vir.0.006932-0
Cunningham, A. A., Daszak, P., & Wood, J. L. (2017). One Health, emerging infectious diseases and wildlife: two decades of progress? Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, 372, 1-8. https://doi.org/10.1098/rstb.2016.0167
Eastwood, J. R., Berg, M. L., Spolding, B., Buchanan, K. L., Bennett, A. T., & Walder, K. (2015). Prevalence of beak and feather disease virus in wild Platycercus elegans: comparison of three tissue types using a probe-based real-time qPCR test. Australian Journal of Zoology, 63(1), 1-8. https://doi.org/10.1071/ZO14052
Fogell, D. J., Martin, R. O., & Groombridge, J. J. (2016). Beak and feather disease virus in wild and captive parrots: an analysis of geographic and taxonomic distribution and methodological trends. Archives of virology, 161(8), 2059-2074. https://doi.org/10.1007/s00705-016-2871-2
Fogell, D. J., Martin, R. O., Bunbury, N., Lawson, B., Sells, J., McKeand, A. M., Tatayah, V., Trung, C. T. & Groombridge, J. J. (2018). Trade and conservation implications of new beak and feather disease virus detection in native and introduced parrots. Conservation Biology, 32(6), 1325-1335. https://doi.org/10.1111/cobi.13214
Heath, L., Martin, D. P., Warburton, L., Perrin, M., Horsfield, W., Kingsley, C., Rybicki, E. P. & Williamson, A. L. (2004). Evidence of unique genotypes of beak and feather disease virus in southern Africa. Journal of virology, 78(17), 9277-9284.
Hoffmann, R.P. (1987). Diagnóstico de parasitismo veterinário. Sulina.
Jackson, B., Harvey, C., Galbraith, J., Robertson, M., Warren, K., Holyoake, C., Julian, L. & Varsani, A. (2014). Clinical beak and feather disease virus infection in wild juvenile eastern rosellas of New Zealand; biosecurity implications for wildlife care facilities. New Zealand Veterinary Journal, 62(5), 297-301. https://doi.org/10.1080/00480169.2014.909750
Jackson, B., Varsani, A., Holyoake, C., Jakob-Hoff, R., Robertson, I., McInnes, K., Empson, R., Gray, R., Nakagawa, K. & Warren, K. (2015). Emerging infectious disease or evidence of endemicity? A multi-season study of beak and feather disease virus in wild red-crowned parakeets (Cyanoramphus novaezelandiae). Archives of Virology. 160(9), 2283– 2292. https://doi.org/10.1007/s00705-015-2510-3
Kundu, S., Faulkes, C. G., Greenwood, A. G., Jones, C. G., Kaiser, P., Lyne, O. D., Black, S. A., Chowrimootoo, A. & Groombridge, J. J. (2012). Tracking viral evolution during a disease outbreak: the rapid and complete selective sweep of a circovirus in the endangered Echo parakeet. Journal of Virology 86(9), 5221–5229.
Ledwon, A., Szeleszczuk, P., Sapierzynski, R., & Rzewuska, M. (2011). Trichomoniasis, psittacine circovirosis and clostridial infection in a budgerigar. Medycyna Weterynaryjna, 67(2), 133-135.
Martens, J. M., Stokes, H. S., Eastwood, J. R., Raidal, S. R., Peters, A., Berg, M. L., Walder, K., Magrath, M. J. L., & Bennett, A. T. (2019). Persistence of beak and feather disease virus (BFDV) infection in wild Crimson Rosellas (Platycercus elegans). Emu-Austral Ornithology, 119(4), 402-406. https://doi.org/10.1080/01584197.2019.1640069
Martens, J. M., Stokes, H. S., Berg, M. L., Walder, K., Raidal, S. R., Magrath, M. J., & Bennett, A. T. (2020a). Beak and feather disease virus (BFDV) prevalence, load and excretion in seven species of wild caught common Australian parrots. PloS one, 15(7), 1-16. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0235406
Martens, J. M., Stokes, H. S., Berg, M. L., Walder, K., & Bennett, A. T. (2020b). Seasonal fluctuation of beak and feather disease virus (BFDV) infection in wild Crimson Rosellas (Platycercus elegans). Scientific reports, 10(1), 1-11. https://doi.org/10.1038/s41598-020-64631-y
Morinha, F., Carrete, M., Tella, J. L., & Blanco, G. (2020). High prevalence of novel beak and feather disease virus in sympatric invasive parakeets introduced to Spain from Asia and South America. Diversity, 12(5), 1-9. https://doi.org/10.3390/d12050192
Phalen, D. N., Wilson, V. G., & Graham, D. L. (1991). Polymerase chain reaction assay for avian polyomavirus. Journal of Clinical Microbiology, 29(5), 1030-1037. https://doi.org/10.1128/jcm.29.5.1030-1037.1991
Pranty, B. I. L. L. (2015). Extirpation of the Budgerigar (Melopsittacus undulatus) from Florida. Florida Field Naturalist, 43(3), 105-113.
Raidal, S. R., & Peters, A. (2018). Psittacine beak and feather disease: ecology and implications for conservation. Emu-Austral Ornithology, 118(1), 80-93. https://doi.org/10.1080/01584197.2017.1387029
Regnard, G. L., Boyes, R. S., Martin, R. O., Hitzeroth, I. I., & Rybicki, E. P. (2014). Beak and feather disease viruses circulating in Cape parrots (Poicepahlus robustus) in South Africa. Archives of Virology 160(1), 47– 54. https://doi.org/10.1007/s00705-014-2226-9
Sarker, S., Patterson, E. I., Peters, A., Baker, G. B., Forwood, J. K., Ghorashi, S. A., Holdsworth, M., Baker, R., Murray, N., Raidal, S. R. (2014). Mutability dynamics of an emergent single stranded DNA virus in a naıve host. PloS one. 9(1), 1-11. https://doi.org/10.1371/journal. pone.0085370
Telles, L. F., Malm, C., Melo, M. M., Vilela, D. A. D. R., Lago, L. A., Silva, M. X., & Martins, N. R. D. S. (2015). Arrancamento de penas psicogênico em maritacas: haloperidol e enriquecimento ambiental. Ciência Rural, 45(6): 1099-1106. https://doi.org/10.1590/0103-8478cr20140318
Willis, H. H. (1921). A simple levitation method for the detection of wookworm ova. The Medical Journal of Australia. 2(18), 375-376.
Ypelaar, I., Bassami, M. R., Wilcox, G. E., & Raidal, S. R. (1999). A universal polymerase chain reaction for the detection of psittacine beak and feather disease virus. Veterinary microbiology, 68(1-2), 141-148. https://doi.org/10.1016/S0378-1135(99)00070-X
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Aksa Ingrid Vieira Batista; Arickson Wesley da Silva Pereira; Fabiano Rocha Prazeres Júnior; João Vitor de Oliveira Gurgel; Lucas Micael Freire Pereira; Bruno Vinicios Silva de Araújo; Amanda de Carvalho Moreira ; Nayara Oliveira de Medeiros; Carlos Iberê Alves Freitas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
