Roda de conversa em um ambulatório público: o papel da atenção primária na educação popular em saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21256

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde; Educação Médica; Política pública.

Resumo

A Atenção Primária à Saúde (APS), por meio do atendimento humanizado, resgata os vínculos de compromisso entre os serviços de saúde, os profissionais e a população, de forma mais eficaz, por meio da educação popular em saúde (EPS). Objetivou-se realizar, na sala de espera de um ambulatório público - Ambulatório Sette de Barros (ASB) uma roda de conversa (RCO), e descrever o papel da APS na EPS, como fonte de informações acessíveis e seguras. Após aprovação Ética, número do parecer 2.925.286, foi aplicado questionário impresso para 378 pessoas – número definido por cálculo de amostra finita -, nos meses de setembro e novembro de 2018. Após a pesquisa identificar o interesse em participar das ROC por 79,62% dos entrevistados, foram realizadas três ROC, no período compreendido entre março a abril de 2019, com subsequente avaliação do evento dialógico. A pesquisa identificou como principais pontos positivos o fácil entendimento e as trocas de experiências e como aspecto negativo, referido pela maioria, o tempo muito curto. A APS desempenha um papel crucial no fornecimento de informações aos usuários sendo a principal fonte de informações seguras e de fácil acesso. Por essa razão, a ferramenta de rodas de conversa promove EPS, sendo um importante integrador do ensino-serviço-pesquisa. A população necessita de mais momentos de discussão com os profissionais de saúde para demonstrarem as lacunas de conhecimento e viabilizarem proposta de integração ensino-serviço, favorecendo a satisfação e empoderamento dos usuários das ações em saúde prestadas pelo ASB.

Biografia do Autor

Pollyanna Álvaro Ferreira Spósito, Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga

Doutorado em Ciências Farmacêuticas e Mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP. Graduação em Farmácia pela UFOP (2005), com habilitação em Análises Clínicas. Professora da Pós-Graduação - Mestrado Profissional em Ciências da Saúde e do Ambiente (PROCISA) - e da graduação nos curso de Farmácia e Medicina - disciplinas: políticas públicas de saúde, temas transversais de saúde e ambiente, toxicologia, parasitologia clínica, bioquímica, medicina laboratorial. Membro do comitê de ética no uso de animais CEUA/FADIP.

Caroline Silva de Araujo Lima, Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga

Estudante de graduação na Escola de Medicina da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP).

Marli do Carmo Cupertino, Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga

Médica Veterinária (2010), mestre em Biologia Animal (2012) e doutora em Biologia Celular e Estrutural (2016) pela Universidade Federal de Viçosa, com doutorado sanduíche no Departamento de Fisiologia Humana e Animal pela Universidade de Wageningen, Holanda. Atuou como professora substituta no departamento de Biologia Geral da Universidade Federal de Viçosa, nas disciplinas de biologia celular, histologia e embriologia. Atualmente é professora de graduação e orientadora/ professora do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga/ FADIP. Na área de educação orienta nas temáticas: metodologias ativas de ensino aprendizagem, educação especial e formação continuada para profissionais. Realiza pesquisas nas áreas de doenças infecciosas e toxicologia experimental e descritiva.

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Publicado

20/10/2021

Como Citar

OLIVEIRA, M. F. de .; SPÓSITO, P. Álvaro F. .; LIMA, C. S. de A. .; CUPERTINO, M. do C. . Roda de conversa em um ambulatório público: o papel da atenção primária na educação popular em saúde. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 13, p. e456101321256, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i13.21256. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/21256. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde