La Corte Suprema y el sacrificio de animales en religiones de matriz africana: reflexión sobre la libertad religiosa a partir del Recurso Extraordinario nº 494.601/RS

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23461

Palabras clave:

Estado; Libertad religiosa; Derecho fundamental; Sacrificio de animales; Corte Suprema.

Resumen

La República Federativa de Brasil constituye un estado laico, es decir, no confesional, de una manera que no adopta una religión oficial. A diferencia de la Constitución Política del Imperio de Brasil de 1824, la Constitución Ciudadana de 1988 establece una clara separación entre la religión y las funciones del Estado, ya que no puede haber injerencia estatal en la religión, ni esto delimitará ninguna actividad de la República. Así, se preservará la libertad de religión, en una concepción pluralista, hasta el punto de que se garantice a toda persona el derecho a asumir una creencia religiosa, a profesarla públicamente, así como el derecho a no elegir practicar ninguna religión. Sin embargo, el preámbulo de la Constitución contiene la mención expresa de "Dios", razón por la cual, en un momento dado, dudó de la laicidad del Estado brasileño. En este sentido, a esto se suma el tema de las religiones de origen africano, a partir del cual el Estado de Rio Grande do Sul planteó un relevante debate constitucional al editar el Código Estatal de Protección Animal, excluyendo, en su art. 2º, párrafo único, la ilegalidad del sacrificio animal en rituales de este aspecto religioso. Reconociendo la pertenencia de las religiones afrobrasileñas por una minoría de la sociedad, el Supremo Tribunal Federal, en el ejercicio de la función de contramayoría, en el caso del Recurso Extraordinario Nº 494.601/RS, decidió sobre la constitucionalidad de la ley de protección animal que permite el sacrificio de animales en rituales religiosos relacionados con la cultura africana, bajo los fundamentos articulados a lo largo de este artículo,   producido a través de la investigación cualitativa y basado en la metodología de revisión bibliográfica.

Citas

Barroso, L. R. (2020). Direito constitucional contemporâneo: os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo. São Paulo: Saraiva Educação.

Barreto, M. L. W. (1996). Exercício da liberdade religiosa. Revista de Direito Constitucional e Internacional, 4, 249-254.

Bastos, C. R. (2015). Do direito fundamental à liberdade de consciência e de crença. Doutrinas Essenciais de Direito Constitucional, 8, 985-994.

Beaud, M. (2014). A arte da tese: como elaborar trabalhos de pós-graduação, mestrado e doutorado. Rio de Janeiro: BestBolso.

Brasil. (1824). Constituição Política do Império do Brasil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm

Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Brasil. (2000). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 3, de 17 de janeiro de 2000. https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/bem-estar-animal/arquivos/arquivos-legislacao/in-03-de-2000.pdf

Brasil. (2011). Supremo Tribunal Federal (STF). Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.277/DF. Tribunal Pleno, Relator: Ministro Ayres Britto, Julgamento: 05/05/2011, Publicação: 14/10/2011. https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=628635

Brasil. (2019). Supremo Tribunal Federal (STF). Recurso Extraordinário nº 494.601/RS. Tribunal Pleno, Relator: Ministro Marco Aurélio, Redator do acórdão: Ministro Edson Fachin, Julgamento: 28/03/2019, Publicação: 19/11/2019. https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=751390246

Castro, L. B. de. (2019). O domínio público estatal e a laicidade: uma relação difícil. Revista de Direito Constitucional e Internacional, 111, 71-95.

Dias, C. C. N. (2008). A sujeição pela disciplina: religião e castigo na prisão. Revista Brasileira de Ciências Criminais, 73, 268-298.

Dias, J. C. (2016). A liberdade religiosa em nosso cenário constitucional: uma abordagem a partir do caso Sherbert vs. Verner. Revista de Direito Constitucional e Internacional, 96, 111-127.

Diniz, D. (2010). Laicidade e ensino religioso nas escolas públicas: o caso do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Ciências Criminais, 84, 399-415.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.

Goldenberg, M. (2004). A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. Rio de Janeiro: Record.

Gonçalves, A. B. (2015a). O ensino religioso e o estado democrático de direito brasileiro. Doutrinas Essenciais de Direito Constitucional, 8, 1057-1088.

Gonçalves, A. B. (2015b). Os direitos e garantias fundamentais atinentes à intolerância religiosa e a relação com o terrorismo. Doutrinas Essenciais de Direito Constitucional, 8, 1089-1127.

Machado, C. & Ferraz, A. C. da C. (org.). (2018). Constituição federal interpretada: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. Barueri/SP: Manole.

Nery Junior, N. (2010). Direito de liberdade e recusa de tratamento por motivo religioso. Revista de Direito Privado, 41, 223-292.

Nery Jr., N. (2014). Direito fundamental à liberdade religiosa. Soluções práticas de direito, 1, 31-107.

Nunes Júnior, F. M. A. (2019). Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva Educação.

Oliveira, M. F. de. (2017). Direito penal e livre expressão de convicções religiosas. Revista Brasileira de Ciências Criminais, 132, 287-329.

Santos, L. S. (2005). Da proteção à liberdade de religião ou crença no direito constitucional e internacional. Revista de Direito Constitucional e Internacional, 51, 120-170.

Santos, V. O. dos. As religiões de matrizes africanas: as dificuldades de gozo das imunidades tributárias como óbice à garantia da liberdade de crença e de culto. Revista de Direito Constitucional e Internacional, 119, 125-143.

Sarlet, I. W., Marinoni, L. G. & Mitidiero, D. (2018). Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva Educação.

Silva, L. H. da. (2012). A religião como objeto de tutela penal: limites e possibilidades. Revista do Instituto dos Advogados de São Paulo, 30, 39-53.

Silva, M. A. A. da. (2019). A laicidade como princípio constitucional baseado na dignidade da pessoa humana. Revista dos Tribunais, 999, 587-611.

Tavares, A. R. (2020). Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva Educação.

Publicado

04/12/2021

Cómo citar

LEÃO, J. B. M.; DIAS, B. S. .; PAULA, J. L. M. de . La Corte Suprema y el sacrificio de animales en religiones de matriz africana: reflexión sobre la libertad religiosa a partir del Recurso Extraordinario nº 494.601/RS. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 16, p. e33101623461, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i16.23461. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23461. Acesso em: 7 jul. 2024.

Número

Sección

Ciencias Humanas y Sociales