Circoterapia na reabilitação neuropsicológica infantil: relato de experiência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26302

Palavras-chave:

Circoterapia; Reabilitação Neuropsicológica; Dificuldade de aprendizagem.

Resumo

Este artigo relata a experiência dos autores sobre o uso de atividades de circoterapia na reabilitação neuropsicológica remota de crianças com queixa de dificuldade de aprendizagem. Ele descreve os resultados da observação livre de uma das sessões do Projeto PANDA, na qual estavam presentes quatro crianças previamente avaliadas e pertencentes a um grupo fixo de reabilitação neuropsicológica. Na sessão de reabilitação foram aplicadas três atividades: a exibição de "A Dor Azul" (Cia dos Afetos, 2020), um curta-metragem com bonecos de papel; malabarismo com sacolas de mercado; e "olhar, sentir, agir" (Trupe Trapia, 2021), um exercício de introdução à palhaçaria. De acordo com a percepção dos autores, três das quatro crianças mostraram-se mais empenhadas e motivadas a participar das atividades propostas, frente às sessões do grupo de reabilitação que não utilizavam práticas circenses, com destaque para o malabarismo com sacolas de mercado. A quarta criança, diagnosticada com Autismo Infantil (World Health Organization, 1992), mostrou-se resistente às atividades, com exceção à última, na qual pôde selecionar um objeto de seu interesse. A partir da experiência dos autores, está sendo criado um banco de atividades para uso permanente de práticas circenses nos grupos de reabilitação neuropsicológica do projeto PANDA.

Referências

Aiquara Produções. (2021). Autismo no Trampolim. https://www.youtube.com/watch?v=0RDcjxPUqDw

Ataide, C. E. R., Miranda, N. T. C., Ribeiro, N. G. da S., Farias, L. F., Gama, B. T. B., & Montenegro, K. S. (2021). Impacto do distanciamento social na rotina de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista. Research, Society and Development, 10(16), e115101623242. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23242

Aulas de circo ajudam no tratamento de crianças autistas em São José, SP. (2016, September 5). G1; Globo. http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2016/09/aulas-de-circo-ajudam-no-tratamento-de-criancas-autistas-em-sao-jose-sp.html

Aurore Romão, R. (2016). Jogos Teatrais Na Pediatria, Brincando com os Objetos do Teatro: Dispositivos para Cuidar. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1026685

Brant, D. V. da S. B. D. V. da S. (2018). Arte Circense como Recurso Terapêutico no

Atendimento de Crianças com Transtorno do Espectro Autista. Revista Saúde e

Educação, 3(2). https://ojs.fccvirtual.com.br/index.php/REVISTA-SAUDE/article/view/259

Casarin, S. T., & Porto, A. R. (2021). Relato de Experiência e Estudo de Caso: algumas considerações. . J. Nurs. Health., 11(2). https://doi.org/HTTPS://DOI.ORG/10.15210/JONAH.V11I4.21998

Cia dos Afetos. (2020). A Dor Azul. https://www.youtube.com/watch?v=nXR-lU4IF7o&t=2s

Diamond, A. (2015). Effects of Physical Exercise on Executive Functions: Going beyond Simply Moving to Moving with Thought. Annals of Sports Medicine and Research, 2(1), 1011. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4437637/

Diamond, A., & Ling, D. S. (2016). Conclusions about interventions, programs, and approaches for improving executive functions that appear justified and those that, despite much hype, do not. Developmental Cognitive Neuroscience, 18, 34–48. https://doi.org/10.1016/j.dcn.2015.11.005

Draganski, B., Gaser, C., Busch, V., Schuierer, G., Bogdahn, U., & May, A. (2004). Changes in grey matter induced by training. Nature, 427(6972), 311–312. https://doi.org/10.1038/427311a.

Duprat, R. M., & Bortoleto, M. A. C. (2007). Educação Física Escolar: Pedagogia e Didática das Atividades Circenses. Revista Brasileira de Ciências Do Esporte, 28(2), 187. http://revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/63

Givigi, R. C. do N., Silva, R. S., Menezes, E. da C., Santana, J. R. S., & Teixeira, C. M. P. (2021). Efeitos do isolamento na pandemia por COVID-19 no comportamento de crianças e adolescentes com autismo. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 24(3), 618–640. https://doi.org/10.1590/1415-4714.2021v24n3p618.8

Jansen, P., Lange, L. F., & Heil, M. (2011). The Influence of Juggling on Mental Rotation Performance in Children. Biomedical Human Kinetics, 3, 18–22. https://eric.ed.gov/?id=EJ918148

Lakes, K. D., Bryars, T., Sirisinahal, S., Salim, N., Arastoo, S., Emmerson, N., Kang, D., Shim, L., Wong, D., & Kang, C. J. (2013). The Healthy for Life Taekwondo pilot study: A preliminary evaluation of effects on executive function and BMI, feasibility, and acceptability. Mental Health and Physical Activity, 6(3), 181–188. https://doi.org/10.1016/j.mhpa.2013.07.002

Mussi, R. F. de F., Flores, F. F., & Almeida, C. B. de. (2021). Pressupostos para a Elaboração de Relato de Experiência como Conhecimento Científico. Práxis Educacional, 17(48), 1–18. https://doi.org/10.22481/praxisedu.v17i48.9010

Nakahara, T., Nakahara, K., Uehara, M., Koyama, K., Li, K., Harada, T., Yasuhara, D., Taguchi, H., Kojima, S., Sagiyama, K., & Inui, A. (2007). Effect of juggling therapy on anxiety disorders in female patients. BioPsychoSocial Medicine, 1(1), 10. https://doi.org/10.1186/1751-0759-1-10

Neave, N., Johnson, A., Whelan, K., & McKenzie, K. (2020). The psychological benefits of circus skills training (CST) in schoolchildren. Theatre, Dance and Performance Training, 11(4), 1–10. https://doi.org/10.1080/19443927.2019.1666027

O uso do circo no tratamento do TEA. (2020, February 26). CASULO - Comportamento & Saúde. http://casulocs.com.br/blog/o-uso-do-circo-no-tratamento-do-tea

Shi, Y., Cai, K., Zhu, H., Dong, X., Xiong, X., Zhu, L., Sun, Z., & Chen, A. (2021). Football Juggling Learning Alters the Working Memory and White Matter Integrity in Early Adulthood: A Randomized Controlled Study. Applied Sciences, 11(9), 3843. https://doi.org/10.3390/app11093843

Solovieva, Y., Rojas, L. Q., & Morais, C. P. G. (2021). Reflexiones sobre las posibilidades de una práctica de la neuropsicología infantil en línea. Neuropsicologia Latinoamericana, 13(2). https://www.neuropsicolatina.org/index.php/Neuropsicologia_Latinoamericana/article/view/645/315

Tabile, A. F., & Jacometo, M. C. D. (2017). Fatores influenciadores no processo de aprendizagem: um estudo de caso. Revista Psicopedagogia, 34(103), 75–86. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-84862017000100008

Trupe Trapia. (2021). Circo em casa - Exercícios de palhaçaria - olhar, sentir, agir. https://www.youtube.com/watch?v=056xXxqvvlM

Vygotsky, L. (1991). A Formação Social da Mente (4th ed., p. 58). Livraria Martins Fontes Editora Ltda. (Original work published 1978)

Wigg, C. M. D., Coutinho, I. M. F. de A.., Silva, I. C. da, & Lopes, L. B. (2020). A saúde mental de crianças e adolescentes durante pandemia COVID-19: uma revisão narrativa. Research, Society and Development, 9(9), e704997687. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7687

Wilson, B. A. (2020). Reabilitação neuropsicológica: teoria, modelos, terapia e eficácia (pp. 9–12). Artesã Editora. (Original work published 2009)

Wilson, B. A. (2020). Neuropsychological Rehabilitation for People with Non-Progressive Brain Damage. Oxford Research Encyclopedia of Psychology. https://doi.org/10.1093/acrefore/9780190236557.013.720

World Health Organization. (1992). The ICD-10 Classification of Mental and Behavioral Disorders. Clinical Descriptions and Diagnostic Guidelines. World Health Organization.

Downloads

Publicado

17/02/2022

Como Citar

VELLOSO, V. F.; WIGG, C. M. D.; CARVALHO, A. O. de. Circoterapia na reabilitação neuropsicológica infantil: relato de experiência . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 3, p. e16211326302, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i3.26302. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26302. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais