Evaluación físico-química y microbiológica de quesos artesanales de leche cruda y verificación de buenas prácticas en fincas rurales del Valle de Taquari-RS
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35290Palabras clave:
Buenas prácticas agrícolas; Buenas prácticas de fabricación; Queso colonial artesanal; Leche cruda.Resumen
La producción de quesos artesanales, especialmente los que conservan aspectos de producción transmitidos culturalmente a través de generaciones, es cada vez más valorada por los consumidores, sin embargo, la normativa actual exige como requisitos esenciales las buenas prácticas agrícolas y de fabricación de alimentos. Con el fin de conocer la tradición de la producción de este queso en la región del Valle de Taquari-RS, se realizaron visitas a 5 propiedades rurales (codificadas del nº 1 al 5). En la ocasión, se siguió el ordeño de los animales, analizando las Buenas Prácticas Agrícolas (BPA) y las Buenas Prácticas de Fabricación (BPF) de los quesos. Se tomaron muestras de la leche utilizada cuyos análisis físico-químicos mostraron la no conformidad para: la acidez titulable 20%, el índice crioscópico 40%, los antibióticos betalactámicos 40%, la presencia de cloruros 20%, la lactosa anhidra 20% y los sólidos no grasos 20%; y el recuento de células somáticas (SCC) 40%; las demás normas mostraron la conformidad. Se recogieron muestras de queso a los 7, 15 y 60 días de maduración y se analizaron sus características físicas, químicas y microbiológicas. El contenido medio de humedad de los quesos era del 46 al 54,9% y, aunque la refrigeración y el almacenamiento de la leche se realizaron dentro de los límites de tiempo/temperatura establecidos, algunas operaciones carecieron de mayor cuidado, ya que, desde el punto de vista microbiológico, el 100% de las muestras no eran aptas para el consumo debido a la contaminación por Staphylococcus aureus y el 60% no cumplían las normas relativas a los coliformes totales. Una muestra presentaba niveles superiores a las normas establecidas en la legislación para Staphylococcus aureus, coliformes totales y Escherichia coli. Se concluyó que las buenas prácticas agrícolas, pecuarias y de fabricación adoptadas en las propiedades rurales eran insuficientes, lo que se reflejó en los resultados obtenidos. Son necesarias muchas adaptaciones para que los quesos artesanales cumplan con la legislación brasileña para el uso de leche cruda en la elaboración de quesos, así como para la producción de quesos artesanales.
Citas
Bazzo, J. C. R. (2016). Caracterização do queijo colonial produzido no estado do Rio Grande do Sul. Trabalho de conclusão de graduação em Medicina Veterinária, UFRGS. https://lume.ufrgs.br/handle/10183/148247.
Brasil. (1996). Portaria n° 146, de 07 de março de 1996. Aprova regulamentos técnicos de identidade e qualidade dos produtos lácteos. Brasília, DF. http://www.crmvgo.org.br/legislacao/leite/POR00000352.pdf.
Brasil. (2006). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 68 de 12 de dezembro de 2006. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de Leite e Produtos Lácteos, em conformidade com o anexo desta Instrução Normativa, determinando que sejam utilizados nos Laboratórios Nacionais Agropecuários. Brasília, DF. https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/aquicultura-e-pesca/legislacao/legislacao-geral-da-pesca/instrucao-normativa-mapa-no-68-de-12-12-2019.pdf/view.
Brasil. (2011). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 57, de 15 de dezembro de 2011. Dispõe sobre o período de maturação dos queijos artesanais tradicionalmente elaborados a partir de leite cru. Brasília, DF. https://members.wto.org/crnattachments/2012/sps/BRA/12_0031_00_x.pdf.
Brasil. (2013). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 30, de 07 de agosto de 2013. Revoga a Instrução Normativa nº 57. Brasília, DF. https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/30808894/do1-2013-08-08-instrucao-normativa-n-30-de-7-de-agosto-de-2013-30808890.
Brasil. (2017). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Decreto nº 9.013 de 29 de março de 2017. Regulamenta a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, que dispõem sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. Brasília, DF. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9013.htm.
Brasil. (2018a). Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 77. Ficam estabelecidos os critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial. Brasília, DF. https://www.gov.br/agricultura/pt-br/.
Brasil. (2018b). Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 76. Aprovados os Regulamentos Técnicos que fixam a identidade e as características de qualidade que devem apresentar o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite pasteurizado tipo A. Brasília, DF. https://www.gov.br/agricultura/pt-br/.
Brasil. (2019a). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 73, de 23 de dezembro de 2019. Estabelecer, em todo o território nacional, o Regulamento Técnico de Boas Práticas Agropecuárias destinadas aos produtores rurais fornecedores de leite para a fabricação de produtos lácteos artesanais, necessárias à concessão do selo ARTE. Brasília, DF. https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-n-73-de-23-de-dezembro-de-2019-235851288.
Brasil. (2019b). Lei nº 13.860, de 18 de julho de 2019. Dispõe sobre a elaboração de queijos artesanais e dá outras providências. Brasília, DF. https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-13.860-de-18-de-julho-de-2019-198615138.
Brasil. (2022a). Decreto nº 11.099, de 21 de junho de 2022. Regulamenta o art. 10-A da Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a Lei nº 13.860, de 18 de julho de 2019, para dispor sobre a elaboração e a comercialização de produtos alimentícios de origem animal produzidos de forma artesanal. Brasília, DF. https://in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-11.099-de-21-de-junho-de-2022-409372062.
Brasil. (2022b). Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Instrução normativa n° 161, de 1 de julho de 2022. Estabelece os padrões microbiológicos dos alimentos. Brasília, DF. https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-in-n-161-de-1-de-julho-de-2022-413366880.
Brasil. (2022c). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Manual de métodos oficiais para análise de alimentos de origem animal. Brasília, DF. https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/lfda/legislacao-metodos-da-rede-lfda/poa/metodos_oficiais_para_analise_de_produtos_de_origem_animal-_1a_ed-_2022_assinado.pdf.
Dos Santos, C. G et al. (2017). Condições Higiênico-Sanitárias na Produção de queijo artesanal produzido em Uberaba–MG. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, 72(2), 96-107. https://www.revistadoilct.com.br/rilct/article/view/594.
Fao - Food and Agriculture Organization of the United Nations (Fao); international Dairy Federation (Idf). (2013) Guia de boas práticas na pecuária de leite. Roma. (Produção e Saúde Animal Diretrizes, 8. https://www.fao.org/3/ba0027pt/ba0027pt00.htm.
Martinelli, R. R., Bánkuti, F. I., Bánkuti, S. M. S., de Brito, M. M., & de Castro, P. L. (2014). A influência da assistência técnica e extensão rural na qualidade do leite in natura. Revista Varia Scientia Agrárias, 4(1), 09-22. https://e-revista.unioeste.br/index.php/variascientiaagraria/article/view/9820/9045.
Menezes, S. M. (2011). Queijo de coalho: tradição cultural e estratégia de reprodução social na região Nordeste. Revista de Geografia, 28(1), 40-56. https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistageografia/article/view/228843.
Nero, L. A., Viçosa, G. N., & Pereira, F. E. V. (2009). Qualidade microbiológica do leite determinada por características de produção. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 29(2), 386-390. http://www.scielo.br/j/cta/a/b3cmvCNyBWpRVHKvyMnwDNp/?format=pdf&lang=pt.
Patias, N. D., & Hohendorff, J. V. (2019). Critérios de qualidade para artigos de pesquisa qualitativa. Psicologia em estudo, 24.
Resta, M. S. A., & Oliveira, T. C. R. M. D. (2013). Avaliação do padrão estafilococos coagulase positiva estabelecido pela legislação brasileira para massas alimentícias. Brazilian Journal of Food Technology, 16, 319-325. https://www.scielo.br/j/bjft/a/f8t8VdMbzYNg3JBxdRFczMJ/abstract/?lang=pt.
Rio Grande do Sul. (2021). Lei nº 15.615, de 5 de maio de 2021. Dispõe sobre a produção e a comercialização de queijos artesanais de leite cru e dá outras providências. Porto Alegre, RS. http://www.al.rs.gov.br/legis/M010/M0100018.asp?Hid_IdNorma=71681&Texto=&Origem=1.
Santos, P. A., Silva, M. A. P.; Souza, C. M., Isepon, J. S., Oliveira, A. N.; & Nicolau, E. S. (2009). Efeito do tempo e da temperatura de refrigeração no desenvolvimento de microrganismos psicrotróficos em leite cru refrigerado coletado na macrorregião de Goiânia, GO. Ciência Animal Brasileira, 10(4), 1237- 1245. https://revistas.ufg.br/vet/article/view/3522.
Sindileite. (2020). Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás. Boas Práticas Agropecuárias. Goiânia: Cir Gráfica e Editora Ltda. http://sindileite.org.br/wp-content/uploads/2020/01/BPA_2020.pdf.
Soares, D. B., Monteiro, G. M., Fonseca, B. B., Fretas, E. A., Mendonça, E. P., Melo, R. T., Iasbeck. J. R., & Rossi, D. A. (2018). Análise sanitária e físico-química e adequação bacteriológica do queijo Minas artesanal produzido em duas propriedades. Cienc. anim. bras., 19, 1-13. https://www.scielo.br/pdf/cab/v19/1809-6891-cab-19-e36499.pdf.
Ströher, J. A., Dos Santos Jr, L. C. O., Erhard, M. M., Fröder, H., & Caxambu, S. (2020). Avaliação dos parâmetros microbiológicos e das boas práticas agropecuárias em propriedades leiteiras do Vale do Taquari-RS. Anais do V Congresso Internacional das Ciências Agrárias. https://cointer.institutoidv.org/smart/2020/pdvagro/uploads/3514.pdf.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Magnólia Martins Erhardt; Hans Fröder ; Wemerson de Castro Oliveira ; Jeferson Aloísio Ströher; Paulo Roberto Savergnini ; Victória Zagna dos Santos; Neila Silvia Pereira dos Santos Richards
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
1) Los autores mantienen los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite el compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
2) Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
3) Los autores tienen permiso y son estimulados a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) a cualquier punto antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la cita del trabajo publicado.