Análise da cobertura do solo da microbacia do rio Enganado, Amazônia Ocidental, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.35841Palavras-chave:
Recuperação de áreas degradadas; Vegetação ripária; Sensoriamento remoto.Resumo
O processo de ocupação das áreas agrícolas no estado de Rondônia ocorreu de forma desordenada, potencializando a fragilidade dos ecossistemas, em virtude da supressão parcial e/ou total da vegetação nativa. O objetivo deste trabalho foi analisar a dinâmica da cobertura do solo da microbacia do rio Enganado, entre os anos de 1984 a 2021. A microbacia do rio Enganado abrange cerca de 218 empreendimentos rurais. Para a análise foi utilizado o software QGIS 2.18.0, imagens dos satélites Landsat 5 (1984, 1988 e 2008) e Landsat 8 (2021). Por seguinte, foram estratificadas três classes de cobertura (floresta nativa, agropecuária e recurso hídrico - água) com a ferramenta “slicer”, e a conversão da imagem gerada em formato matricial para vetorial, com a ferramenta poligonizar. A classificação das imagens foi feita com a ferramenta “Estilo graduado”, e posteriormente foi realizada a efetivação de ajustes manuais nas classes. Para delimitar a zona ripária, foi utilizada a ferramenta “buffer” sob distância variável, considerando os módulos fiscais, conforme estabelecido na legislação pertinente. Observou-se a redução percentual da classe floresta nativa de 63,73% para 31,77% da área total, e amplificação da classe agropecuária de 33,26% para 68,05%, no período de 1984 a 2021, a classe água, por sua vez, foi distinguida apenas nos anos de 2008 e 2021 com 0,14% e 0,16%, respectivamente. Aferiu-se cerca de 584 ha de passivo ambiental. Observa-se a necessidade da recuperação das áreas de preservação permanente, para regularização ambiental.
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