Levantamento florístico qualitativo e síndrome de dispersão de espécies nativas do cerrado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4236

Palavras-chave:

Área antropizada; biologia reprodutiva; relações ecológicas.

Resumo

A dispersão de frutos e sementes é um dos diversos processos biológicos e físicos que ocorrem em florestas, proporcionando a manutenção das populações de espécies vegetais. Este processo é importante para a reprodução das plantas, sendo que o padrão de dispersão de sementes ajuda na determinação da área potencial de recrutamento das plantas e também serve como base para os processos subsequentes, como competição, predação e reprodução. O presente estudo foi desenvolvido em Chapadão do Sul, MS, em área de cerrado antropizado. O levantamento florístico foi realizado através do método de parcelas quadradas, sendo amostrados todos os indivíduos arbóreos com DAP (diâmetro a altura do peito = 1,30m do solo) ≥ 5 cm, que se encontravam dentro das parcelas. Foram marcadas dez parcelas, medindo 20 m de largura por 20 m de comprimento, totalizando 4.000 m2 amostrados. Através desta classificação foram relacionadas às espécies em cada parcela. De todos os indivíduos amostrados foram coletadas amostras botânicas, montando exsicatas, e enviadas para identificação das mesmas. Foram encontrados indivíduos pertencentes a 32 espécies e 18 famílias botânicas. Das espécies amostradas 40,63% apresentavam a anemocoria como estratégia de dispersão de seus frutos e sementes, 21,88% autocoria e 37,5% zoocoria. Apesar da dispersão anemocórica apresentar maior número de espécies, este valor é próximo da dispersão zoocórica, o que pode representar um estabelecimento de relações ecológicas entre flora e fauna local.

Referências

Ducke, A. (1949). Árvores Amazônicas e sua propagação: adaptação de frutos ou sementes de árvores amazônicas a diversos meios de propagação em espécies de estreita afinidade botânica, porém em condições mesológicas diferentes. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. (10), 81–92.

Haven, P.H.; Evert, R.F.; Eichhorn, S.E. (2001). Biologia Vegetal. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 522-527.

Howe, H. F. (1993). Aspects of variation in a neotropical seed dispersal system. In Frugivory and seed dispersal: ecological and evolutionary aspects. Springer, Dordrecht. 149-162.

Janzen, D. H. (1970). Herbivores and the number of tree species in tropical forests. The American Naturalist, 104(940), 501-528.

Nathan, R., & Muller-Landau, H. C. (2000). Spatial patterns of seed dispersal, their determinants and consequences for recruitment. Trends in ecology & evolution, 15(7), 278-285.

Saravy, F. P., Freitas, P. D., Lage, M. A., Leite, S. J., Braga, L. F., & Sousa, M. P. (2003). Síndrome de dispersão em estratos arbóreos em um fragmento de floresta ombrófila aberta e densa em alta floresta-MT. Revista do Programa de Ciências Agro-Ambientais, 2(1), 1-12.

Terborgh, J. (1990). Seed and fruit dispersal-Commentary. In: Reproductive ecology of tropical forest plants. Paris: The Parthenon Publishing Group. (7) 181-190.

Pijl, L. (1982). Principles of dispersal in higher plants. Berlin: Springer Verlag. 215 p.

Zama, M. Y., Bovolenta, Y. R., Carvalho, E. D. S., Rodrigues, D. R., Araujo, C. G. D., Sorace, M. A. D. F., & Luz, D. G. (2012). Florística e síndromes de dispersão de espécies arbustivo-arbóreas no Parque Estadual Mata São Francisco, PR, Brasil. Hoehnea, 39(3), 369-378.

Downloads

Publicado

12/05/2020

Como Citar

SILVA, D. B. da; SILVA, A. A. P. da; MUCHALAK, F.; BRITO, L. H. P. de; CARFANE, D. G. Levantamento florístico qualitativo e síndrome de dispersão de espécies nativas do cerrado. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e288974236, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4236. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4236. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas