A influência da formação acadêmica e os desafios da atuação profissional de psicólogos clínicos recém-formados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.42742

Palavras-chave:

Psicologia clínica; Abordagem teórico-prática; Atuação profissional; Ensino.

Resumo

Sabendo que a formação em uma abordagem teórico-prática para atuação na psicologia clínica tem inúmeros impactos na carreira profissional, o objetivo desse estudo foi compreender os relatos de psicólogos(as) clínicos(as) iniciantes a acerca da formação em psicologia clínica na atuação profissional. Trata-se de uma pesquisa de campo, de natureza exploratória e descritiva, com abordagem quanti-quali. Participaram 20 psicólogos(as) clínicos(as) iniciantes em atuação egressos de cursos de psicologia das universidades públicas e faculdades privadas do estado da Paraíba/PB, a maioria (75%) sendo do sexo feminino e com tempo de atuação na psicologia clínica entre 1 mês e meio a 3 anos. Foram utilizados como instrumentos o questionário sócio-demográfico/profissional e entrevista semiestruturada. Os dados provenientes das entrevistas foram analisados utilizando o programa IRAMUTEQ através da técnica de Nuvem de Palavras, para aprofundamento dos dados utilizou-se a Análise Categorial Temática e os dados do questionário foram explorados através da estatística descritiva. Os resultados dão indicativos da importância da boa formação acadêmica para a escolha e atuação em psicologia clínica e que a inserção no mercado de trabalho pode trazer riscos à saúde mental dos psicólogos clínicos iniciantes. Neste sentido, conclui-se a importância de conhecer a vivência dos primeiros anos de atuação clínica e construir possíveis ferramentas de cuidado em saúde mental para esse público.

Referências

Abdalla, I. G. (2007). O ensino de Psicologia Clínica na graduação: uma análise a partir de psicólogos clínicos docentes e não docentes. Revista brasileira de educação médica, 31(2), 190–190.

Abdalla, I. G., Batista, S. H., & Batista, N. A. (2008). Desafios do ensino de psicologia clínica em cursos de psicologia. Psicologia Ciência e Profissão, 28(4), 806–819.

Aguirre, A. M. B., Herzberg, E., Pinto, E. B., Becker, E., Carmo, H. M. S. & Santiago, M. D. E. (2000). A Formação da atitude clínica no estagiário de Psicologia . Psicologia USP, 11 (1), 49-62.

Almeida, M., & De, C. D. S. (2016). A formação do psicólogo clínico: Considerações a partir de uma projeto de extensão com famílias. Revista Sula Americana de Psicologia, 4.

Alves, D. L. (2017). O vínculo terapêutico nas terapias cognitivas. Revista Brasileira de Psicoterapia, 19(1), 55–71.

Bastos, A. V. B., Gondim, S. M. G., & Borges-Andrade, J. E. (2010). O psicólogo brasileiro: Sua atuação e formação profissional. O que mudou nas últimas décadas? Em O. H. Yamamoto & A. L. F. Costa (Orgs.), Orgs.) (p. 257–271). EDUFRN.

Bettoi, W., & Simão, L. M. (2002). Entrevistas com profissionais como atividade de ensino-aprendizagem desejável na formação do psicólogo. Psicologia, 15(3), 613–624.

Bordignon, G. L. H. (2021). Do ensino superior ao mercado de trabalho e início de carreira: a contribuição da psicologia. Revista Universo Psi Taquara, 2021(1), 17–41.

Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013). IRAMUTEQ: Um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, 21(2), 513–518.

Carneiro, V. T. (2006). Tornando-se Clínico (Dissertação de Mestrado). Universidade Católica de Pernambuco, Pernambuco.

Carvalho, A. M. A., & Kavano, E. (1982). Justificativas de opção por área de trabalho em psicologia: Uma análise da imagem da profissão em psicólogos recém-formados. Psicologia, 8(3), 1–18.

Conselho Federal de Psicologia (2022). Quem faz a psicologia brasileira? um olhar sobre o presente para construir o futuro: formação e inserção no mundo do trabalho volume I- formação e inserção no mundo do trabalho / Conselho Federal de Psicologia— 1. ed.— Brasília : CFP (Brasil).

Conselho Nacional de Educação Superior. (2004). Resolução no 8, de 7 de maio, institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia. CNE/CES Resolução 8. Diário Oficial da União, seção 1(Brasília), 16.

Conselho Nacional de Saúde (2012). Resolução no 466, de 12 de dezembro, institui diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. CNS. Diário Oficial da União, seção 1(Brasília).

Corrêa Borges, M. (2006). A construção de um psicoterapeuta: formação e habilidades. PUC.

Correia, M. R. de A. (2007). Construção de identidades em psicologia. Universiade Federal da Bahia.

Ethical principles of psychologists and code of conduct. (2002). Em Methodological issues and strategies in clinical research (p. 1060–1073). American Psychological Association.

Ferrarini, N. da L., & Camargo, D. de. (2012). O sentido da psicologia e a formação do psicólogo: um estudo de caso. Psicologia & sociedade, 24(3), 710–719.

Ferrarini, N. da L., & Camargo, D. de. (2014). O professor de psicologia diante da multiplicidade e diversidade teórica da psicologia: lugar de incertezas e de desafios. Psicologia Ensino & Formação, 5(1), 32–49.

Ferreira Neto, J. L., & Penna, L. M. D. (2006). Ética, clínica e diretrizes: a formação do psicólogo em tempos de avaliação de cursos. Psicologia em estudo, 11(2), 381–390.

Figueiredo, M. A. C. (1993). Profissionais de saúde e AIDS. Um estudo diferencial.

Figuerêdo, R. B. de, & Cruz, F. M. L. (2017). Psicologia: profissão feminina? A visão dos estudantes de Psicologia. Estudos feministas, 25(2), 803–828.

Francisco, A. L, & Bastos, A. V. B. (2010). Conhecimento, formação e prática: O necessário caminho da integração. In Conselho Federal de Psicologia (Ed.), Psicólogo brasileiro: Construção de novos espaços (pp71-88). Campinas: Editora Alínea.

Gomes, I. C. (2009). A formação do estagiário de psicologia em atendimento a casais e famílias na abordagem psicanalítica. Em T. Féres-Carneiro (Org). PUC.

Japur, M., & Guanaes, C. (1999, jul/dez). A percepção de alunos e professores sobre a motivação, como mediadora do processo de formação em Psicologia. Psico – Revista Semestral da faculdade de Psicologia da PUC-RS. Porto Alegre, 30 (2).

Lo Bianco, A. C., Bastos, A. V. B, Nunes, M. L. T., & Silva, R. C. (1994). Concepções e atividades emergentes na Psicologia Clínica: Implicações para a formação. In Conselho Federal de Psicologia (Org.), Psicólogo brasileiro: Práticas emergentes e desafios para a formação (pp. 7-76). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Meira, C. H. M. G., & Nunes, M. L. T. (2005). Psicologia clínica, psicoterapia e o estudante de psicologia. Paidéia (Ribeirão Preto), 15(32), 339–343.

Mello, S. L. (1975). Psicologia e profissão em São Paulo São Paulo: Ática.

Pessoa da Silva, G. F. B., Cardoso, B. dos S., Franco, K. D., & Moscon, D. C. B. (2018). Os significados do conceito de abordagem teórica e as implicações na prática do psicólogo: um estudo com graduandos de psicologia. Seminário Estudantil de Produção Acadêmica, 17.

Pimenta, E. C. S. S., & Rodriguez, S. Y. (2021). Fatores de risco e de proteção à saúde mental de psicólogos clínicos. Trabalho (En)Cena.

Schneider, D. R. (2011). Sartre e a psicologia clínica. Editora da UFSC.

Severino, A. J. (2018). Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez.

Sopelsa, O., Rios, M. P. G. & Lukmann, L. C. (2012). O compromisso da universidade com a empregabilidade: Concepções dos egressos e empregadores. Impulso, 22(54), 73-84.

Sousa, E., & Gonçalves, C. (2016). Satisfação com a Formação Superior e Transição para o Trabalho. Revista de Psicología, 25(1), 1–20.

Tenório, L. G. B., & Souto, L. M. (2018). Marketing pessoal e redes sociais na empregabilidade do psicólogo recém-formado no mercado de trabalho moderno, do Curso de Psicologia da CESMAC. Monografia (Graduação em Psicologia).

Yamamoto, O., & Cunha, I. (1998). O psicólogo em hospitais de Natal: uma caracterização preliminar. Psicologia: Reflexão & Crítica, 11(2), 345-362.

Downloads

Publicado

05/08/2023

Como Citar

LIMA, A. B. C. .; AZEVEDO, R. L. W. de .; LIMA, F. L. A. .; MAGALHÃES, R. S. R. . A influência da formação acadêmica e os desafios da atuação profissional de psicólogos clínicos recém-formados. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 8, p. e0612842742, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i8.42742. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42742. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde