Acidente vascular cerebral: Explorando a fisiopatologia e distúrbios do sono

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i10.43382

Palavras-chave:

Acidente vascular cerebral; Distúrbios do sono; Qualidade do sono.

Resumo

O acidente vascular cerebral (AVC) caracteriza-se por um déficit neurológico focal decorrente de danos cerebrais de natureza isquêmica ou hemorrágica. O objetivo deste trabalho é abordar a fisiopatologia da doença, descrevendo manifestações clínicas em pacientes com histórico prévio de acidente vascular cerebral, além de estabelecer uma correlação com distúrbios do sono. O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura, de caráter descritivo, pela qual estabeleceu-se que os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença são: hipertensão, tabagismo, alcoolismo e fibrilação atrial. O acometimento mais comum é do tipo isquêmico, representando 80% dos casos, ocorrendo principalmente em pacientes adultos e idosos, apresentando maior incidência após os 65 anos, dobrando a cada década após os 55 anos de idade. O diagnóstico é clínico, com achados de dormência de face e membros, confusão mental, desequilíbrio e alterações de marcha. Já o tratamento se dá por trombólise e trombectomia, ambos guiados por neuroimagem. Somado a isso, percebe-se uma relação íntima entre a doença e os distúrbios do sono, incluindo parassonias, insônia e hipersonia. Além disso, distúrbios do sono pós-AVC afetam reabilitação e qualidade de vida, aumentando a taxa de recorrência dessa patologia.

Referências

Boehme, A. K., Esenwa, C., & Elkind, M. S. (2017). Stroke risk factors, genetics, and prevention. Circulation research, 120(3), 472-495.

Cabral, N. L. (2009). Epidemiologia e impacto da doença cerebrovascular no Brasil e no mundo. ComCiência, (109).

Campbell, B. C. (2017, March). Thrombolysis and thrombectomy for acute ischemic stroke: strengths and synergies. In Seminars in Thrombosis and Hemostasis 43(2), 185-190. Thieme Medical Publishers.

Canuto, M. Â. D. O., Nogueira, L. T., & Araújo, T. M. E. D. (2016). Qualidade de vida relacionada à saúde de pessoas após acidente vascular cerebral. Acta Paulista de Enfermagem, 29, 245-252.

Chaves, M. L. (2000). Acidente vascular encefálico: conceituação e fatores de risco. Rev Bras Hipertens, 7(4), 372-82.

Chaves, M. L., Finkelsztejn, A., & Stefani, M. A. (2009). Rotinas em neurologia e neurocirurgia. Artmed Editora.

ChC, E., Zeller, J. A., & Stingele, R. (2006). Stroke: causes and classification. Hamostaseologie, 26(4), 298-308.

da Silva, C. M. C. (2016). Modelos de Prognóstico de AVC Isquémico.

da Silva, F. M. S., & de Oliveira, E. M. F. (2017). Comparação dos métodos de imagem (Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética) para o diagnóstico de acidente vascular encefálico. Revista Enfermagem Contemporânea, 6(1), 81-89.

de Brito, R. G., Lins, L. C. R. F., Almeida, C. D. A., Neto, E. D. S. R., de Araújo, D. P., & Franco, C. I. F. (2013). Instrumentos de avaliação funcional específicos para o acidente vascular cerebral. Revista Neurociências, 21(4), 593-599.

de Sousa Botelho, T., Neto, C. D. M., de Araújo, F. L. C., & de Assis, S. C. (2016). Epidemiologia do acidente vascular cerebral no Brasil. Temas em Saúde, 16(2), 361-377.

Giles, M. F., & Rothwell, P. M. (2008). Measuring the prevalence of stroke. Neuroepidemiology, 30(4), 205.

Hepburn, M., Bollu, P. C., French, B., & Sahota, P. (2018). Sleep medicine: stroke and sleep. Missouri medicine, 115(6), 527.

Katz, B. S., McMullan, J. T., Sucharew, H., Adeoye, O., & Broderick, J. P. (2015). Design and validation of a prehospital scale to predict stroke severity: Cincinnati Prehospital Stroke Severity Scale. Stroke, 46(6), 1508-1512.

Khot, S. P., & Morgenstern, L. B. (2019). Sleep and stroke. Stroke, 50(6), 1612-1617.

Lambrinos, A., Schaink, A. K., Dhalla, I., Krings, T., Casaubon, L. K., Sikich, N., & Hill, M. D. (2016).

Mechanical thrombectomy in acute ischemic stroke: a systematic review. Canadian Journal of Neurological Sciences, 43(4), 455-460.

McDermott, M., Brown, D. L., & Chervin, R. D. (2018). Sleep disorders and the risk of stroke. Expert review of neurotherapeutics, 18(7), 523-531.

Mims, K. N., & Kirsch, D. (2016). Sleep and stroke. Sleep medicine clinics, 11(1), 39-51.

Moro, A., Bertotti, M. M., Albino, P. H. D. C., Bresciani, A. P., Oliveira, M. V. D., & Martins, G. L. (2013). Perfil dos pacientes acometidos com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico hospitalizados no Hospital Governador Celso Ramos. Arq. Catarin. Med, 42(1), 63-67.

Oliveira-Filho, J., Martins, S. C. O., Pontes-Neto, O. M., Longo, A., Evaristo, E. F., Carvalho, J. J. F. D., ... & Freitas, G. R. D. (2012). Guidelines for acute ischemic stroke treatment: part I. Arquivos de neuro-psiquiatria, 70, 621-629.

Pereira, S., Coelho, F. B., & Barros, H. (2004). Acidente vascular cerebral. Hospitalização, mortalidade e prognóstico. Acta Médica Portuguesa, 17(3), 187-92.

Pontes-Neto, O. M., Oliveira-Filho, J., Valiente, R., Friedrich, M., Pedreira, B., Rodrigues, B. C. B., & Freitas, G. R. D. (2009). Diretrizes para o manejo de pacientes com hemorragia intraparenquimatosa cerebral espontânea. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 67, 940-950.

Prabhakaran, S., Ruff, I., & Bernstein, R. A. (2015). Acute stroke intervention: a systematic review. Jama, 313(14), 1451-1462.

Sahlin, C., Sandberg, O., Gustafson, Y., Bucht, G., Carlberg, B., Stenlund, H., & Franklin, K. A. (2008). Obstructive sleep apnea is a risk factor for death in patients with stroke: a 10-year follow-up. Archives of internal medicine, 168(3), 297-301.

Sales, M. R. B. (2021). Construção de uma tecnologia voltada para o manejo inicial de pacientes acometidos por acidente vascular cerebral. Revista de Administração em Saúde, 21(84).

Saraiva, W., Faustino, M., Leal, A., & Inocente, N. (2006). Sono um fenômeno fisiológico. IX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e V Encontro Latino Americano de Pós-Graduação–Universidade do Vale do Paraíba

Silva, L. A. S., Amaral, M. M. D., Grassi, V., & Palmeira, A. L. R. (2023). Chronic insomnia disorder as risk factor for stroke: a systematic review. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 80, 1159-1166.

Starostka-Tatar, A., Łabuz-Roszak, B., Skrzypek, M., Gąsior, M., & Gierlotka, M. (2017). Definition and treatment of stroke over the centuries. Wiadomosci Lekarskie (Warsaw, Poland: 1960), 70(5), 982-987.

Tambara, E. M. (2006). Diretrizes para atendimento pré-hospitalar no acidente vascular encefálico. Cavalcante IL, Cantinho FAF, Assad AR, organizadores. Medicina perioperatória. Rio de Janeiro: SAERJ, 77-83.

Terroni, L. D. M. N., Mattos, P. F., Sobreiro, M. D. F. M., Guajardo, V. D., & Fráguas, R. (2009). Depressão pós-AVC: aspectos psicológicos, neuropsicológicos, eixo HHA, correlato neuroanatômico e tratamento. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), 36, 100-108.

Yaggi, H. K., Concato, J., Kernan, W. N., Lichtman, J. H., Brass, L. M., & Mohsenin, V. (2005). Obstructive sleep apnea as a risk factor for stroke and death. New England Journal of Medicine, 353(19), 2034-2041.

Yew, K. S., & Cheng, E. M. (2015). Diagnosis of acute stroke. American family physician, 91(8), 528-536.

Downloads

Publicado

05/10/2023

Como Citar

PAULA, R. M. de .; HOURANI, H. C. .; TRIVELLI, G. G. B. .; KARAJAH, O.; NUNES NETO, G. S. X. .; AIRES, M. M. G. . Acidente vascular cerebral: Explorando a fisiopatologia e distúrbios do sono. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 10, p. e42121043382, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i10.43382. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43382. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde