Zygmunt Bauman vai ao cinema: filmes para entender a modernidade líquida
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4781Palavras-chave:
Bauman; Cinema; Modernidade líquida; Formação de professores.Resumo
Este artigo visa colocar em diálogo algumas obras cinematográficas com os principais conceitos da modernidade líquida, termo cunhado pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman para caracterizar a época atual. Oriundo de uma dissertação que se propunha a discutir, num curso de formação de professores, a potencialidade didática do cinema como convite para uma melhor compreensão da modernidade líquida, este texto apresenta uma breve discussão sobre sua conceituação, seguida do estado do conhecimento construído a partir de pesquisas que consideraram algumas obras cinematográficas como representativas dos aspectos da modernidade líquida. A construção do estado do conhecimento propiciou perceber que as pesquisas encontradas trataram com maior destaque aspectos subjetivos da construção da identidade do indivíduo pós-moderno e, apenas em menor escala, discutiram as relações entre o indivíduo e grupos ou instituições sociais. Ao final, este artigo destaca e incentiva o uso do cinema com fins pedagógicos e deixa indicações de outras obras que podem incrementar o diálogo entre a sociologia de Bauman e as produções cinematográficas.
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