Repercussão familiar da desinstitucionalização do ente com transtorno mental
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10006Palavras-chave:
Desinstitucionalização; Transtorno mental; Reforma psiquiátrica; Hospital psiquiátrico.Resumo
A desinstitucionalização da atenção aos indivíduos com doença mental é um dos fundamentais propósitos da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Sendo assim, tem-se como fase central, o redimensionamento do manicômio com o argumento da extinção gradativa dessa circunstância, através da redução dos números de leitos e permuta por serviços terapêuticos que são disponibilizados para a comunidade. Identificar as repercussões do processo de desinstitucionalização para o familiar de pacientes com transtornos mentais. Trata-se de uma Revisão Sistemática com busca dos artigos científicos nas bases de dados SCIELO, LILACS, BVS-BIREME, referentes ao tema, sem período distinto. Os critérios de inclusão para a seleção da amostra foram: artigos publicados em português, inglês, espanhol e português europeu que retratassem a temática em estudo, publicados e indexados nas referidas bases. Pode-se verificar que a maior predominância se deu ao estudo qualitativo com 12 artigos (80%) em virtude de serem pesquisas que interpretam majoritariamente dados qualitativos. Compreende-se, portanto, que o viver com a condição crônica passa a ser, além das dificuldades para o familiar, é uma condição que altera o processo de ser saudável de indivíduos e grupos.
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