Uso da tecnologia Interface Cérebro-Máquina na reabilitação de pacientes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10016

Palavras-chave:

Reabilitação; Limitação da mobilidade; Tecnologia.

Resumo

Nas últimas décadas diversos foram os avanços no ramo das tecnologias inovadoras utilizadas para a reabilitação de pessoas com alguma deficiência motora. Um grande exemplo são as tecnologias Interface Cérebro-Máquina (ICM), que permitem um controle de máquinas por meio da atividade cerebral dos indivíduos e contribui para uma reorganização dos sistemas motores e sensoriais dos mesmos. Assim diversas evidências vêm sugerindo o uso de tecnologias na reabilitação desses pacientes. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi realizar uma revisão de literatura, sobre o uso de tecnologias aplicadas na reabilitação motora. Para o presente trabalho, foi realizada uma busca de artigos científicos nas bases de dados Pubmed, Scielo e Lilacs, além disso incluiu-se dissertações e teses encontradas no portal de periódicos da CAPES. Totalizou-se 24 referências, publicadas entre os anos 2002 e 2020. De acordo com a literatura estudada, existe um aumento dos recursos que utilizam tecnologias como opções terapêuticas. Muitas das intervenções convencionais vêm sendo substituídos ou associadas à essas tecnologias inovadoras. Com o surgimento da tecnologia ICM e seu uso em seres humanos, pode-se observar uma revolução tecnológica em diversas áreas biomédicas, permitindo assim uma aplicação multidisciplinar na reabilitação de funções motoras, sensoriais ou cognitivos em pacientes. Apesar dos avanços, esse assunto ainda mostra controvérsias e antes de uma recomendação ampla, serão necessários mais estudos randomizados e uma maior recomendação ética sobre o assunto.

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Publicado

05/12/2020

Como Citar

NOLÊTO, B. C. .; CAMPELO, F. R. de A. P. .; RODRIGUES, K. C. S. .; RIBEIRO, L. M.; SALVIANO, M. . Uso da tecnologia Interface Cérebro-Máquina na reabilitação de pacientes. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e84691110016, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.10016. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/10016. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde