Estrutura foliar de Byrsonima coccolobifolia Kunth. (Malpighiaceae) em ambiente de cerrado e campo rupestre
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10077Palavras-chave:
Anatomia foliar; Venação foliar; Murici-rosa; Anatomia ecológica; Anatomia quali-quantitativa.Resumo
Byrsonima coccolobifolia Kunth. (Malpighiaceae) é citada como planta apícola, forrageira, produtora de frutos comestíveis e como planta medicinal, podendo ser utilizada como diurética (uso interno, em infusão) a partir das cascas dos caules e dos frutos. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo quali-quantitativo das características anatômicas da folhas desta espécie que ocorre em áreas de cerrado e campo rupestre. As observações anatômicas foram realizadas em folhas de material fresco ou fixado, tratadas segundo metodologias usuais em anatomia vegetal. Foram observadas as seguintes características: epidermes do pecíolo e da lâmina foliar uniestratificadas; estômatos do tipo paracítico presentes somente na face abaxial da folha; mesofilo com parênquima paliçádico de uma só camada de células; parênquima lacunoso com sete a nove camadas celulares com formas irregulares e tamanhos variados; idioblastos cristalíferos, observados em todos os parênquimas do pecíolo e lâmina foliar; feixes vasculares, do tipo colateral; colênquima observado, subepidermicamente, no pecíolo e nervuras de maior porte, nas duas faces; o padrão geral de nervação da espécie é pinado, camptódromo, broquidódromo. As análises micromorfométricas revelaram diferenças significativas em todos os itens quantitativos analisados, sendo as médias mais elevadas encontradas nas folhas das plantas crescendo no cerrado. Isto sugere que a influência de fatores ambientais pode ter modulado respostas morfológicas nas plantas, visto que o tipo e distribuição qualitativa dos tecidos não sofreram alterações nos dois ambientes.
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