Perda gestacional: O uso de medicamentos psicotrópicos por mulheres em luto contido
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10137Palavras-chave:
Luto Contido; Mortalidade Perineal; Relações materno-fetais; Complicações da gravidez.Resumo
O objetivo deste estudo visa identificar os sentimentos e as reações mais frequentes das mães que vivenciaram a perda gestacional, e compreender a contribuição de medicamentos psicotrópicos para as mulheres frente ao processo de luto contido. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com abordagem qualitativa, realizada por meio da buscativa de artigos indexados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com o auxílio das seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), National Center for Biotechnology Information (PUBMED), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), e Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PEPSIC). Os critérios de inclusão compreendem pesquisas de revisão da literatura disponíveis nos bancos de dados descritos, compreendidos entre os anos de 2010 a 2020. Como critérios de exclusão, não foram considerados artigos mediante a recompensação monetária, incompletos e não convergentes com este estudo. Para o levantamento dos dados e composição deste estudo, foram analisados 11 artigos. Os resultados constatam os sentimentos mais frequentes de mulheres em luto contido após a perda gestacional, e a implementação do uso de medicamento psicotrópicos para lidar com a vivência do luto. Assim, concluímos que, os sentimentos e as reações destas mulheres frente ao processo de luto, as fases do luto, a exteriorização das diversas emoções perturbadoras, resulta na busca por medicamentos psicotrópicos para amenizar as sensações vivenciadas neste processo.
Referências
Benefield, L. E. (2003). Implementing evidence-based practice in home care. Home Healthc Nurse. 21(12):804-811.
Benute, G. R. G., Nomura, R. M. Y., Lucia, M. C. S. & Zugaib, M. (2006). Interrupção da gestação após o diagnóstico de malformação fetal letal: aspectos emocionais. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 28 (1), 10-17.
Beyea, S. C., & Nicoll, L. H. (1998). Writing an integrative review. AORN J. Apr; 67(4):877-80.
Bowlby, J. (1998). Perda: tristeza e depressão. (V. Dutra, trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1973).
Broome, M. E. (2000). Integrative literature reviews for the development of concepts. In: Rodgers BL, Knafl KA, editors. Concept development in nursing: foundations, techniques and applications. Philadelphia (USA): W.B Saunders Company. p.231-50.
Cabral, I. P. (2005). Morte e luto na gravidez e Puerpério. In I. Leal (ed.), Psicologia da Gravidez e da Parentalidade (pp. 61-91). Lisboa: Fim de século.
Callister, L. C. (2006). Perinatal loss: A family perspective. Journal of perinatal and neonatal nursing, 20(3), 227-234.
Canavarro, M. C. (2006). Gravidez e Maternidade – Representações e tarefas de desenvolvimento. In M. C. Canavarro (ed.), Psicologia da Gravidez e da Maternidade (2ª ed) (pp. 17-49). Coimbra: Quarteto Editora.
Coelho, F. M. C., Pinheiro, R. T., Horta, B. L., Magalhães, P. V. S., Garcias, C. M. M., Silva, C. V., (2009). Common mental disorders and chronic non-communicable diseases in adults: a population-based study. Cad. Saude Publica.25(1):59–67.
Duarte, T. (2010). Luto por Perda Fetal. In A. Fernandes et al. (org), Emoções Em Saúde: contributos (pp. 161-168). Corrente Dinâmica.
Ferrazza, D. A. et al. (2010). A banalização da prescrição de psicofármacos em um ambulatório de saúde mental. Paidéia. Assis – SP, v. 20, n. 47, p. 381-390.
Fonseca, A. (2008). Contributo para o estudo do impacto das perdas perinatais na adaptação e no crescimento pós-traumático materno: determinantes individuais, interpessoais e a intervenção psicológica. Tese de Mestrado, Universidade de Coimbra, Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação.
Franco, M. H. P. (2009). Prefácio. In M. M. Pontes, Maternidade Interrompida: o drama da perda gestacional (pp.9-12). Lisboa: Papiro Editora.
Gerber-Epstein, P. R. D., Leichtentritt, R. D., & Benyamini, Y. (2009). The Experience of Miscarriage in First Pregnancy: The Women's Voices. Death Studies, 33(1), 1-29.
Gesteira, S. M. A., Barbosa, V. L., & ENDO, P. C. (2006). O luto no processo de aborto provocado. São Paulo: Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo.
Hunfeld, J., Wladimiroff, J. & Passchier, J. (1997). The grief of late pregnancy loss. Patient Education and Counseling, 31, 57-64.
Leal, I. (2005). Psicologia da gravidez e da Parentalidade. Lisboa: Fim de século.
Lee, C. & Slade, P. (1996). Miscarriage as a traumatic event: A review of the literature and new implications for intervention. Journal of Psychosomatic Research, 40 (3), 235-244.
Ludke, M., & André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária.
Mendes, I. M. (2002). Ligação Materno-Fetal. Coimbra: Quarteto Editora.
Nery, I.S., Monteiro, C. F. S., Luz, M. H. B. A. & Crizóstomo, C. D. (2006). Vivências de mulheres em situação de aborto espontâneo. Revista de Enfermagem da UERJ, 14 (1), 67-73.
Oliveira, M. A., Luiza, V. L., Tavares, N. U. L., Mengue, S. S., Arrais, P. S. D., Farias, M. R., et al. (2016). Acesso a medicamentos para doenças crônicas no Brasil: uma abordagem multidimensional. Rev. Saude Publica.50(supl 2):1–13.
Perry, S. (2008). Perda e Luto Perinatal In D. Lowdermilk & S. Perry (eds.), Enfermagem na Maternidade (7ª ed.) (pp. 981- 1006). Loures: Lusodidata.
Polit, D. F., & Beck, C. T. (2006). Using research in evidence-based nursing practice. In: Polit, D. F. Beck, C. T. Editors. Essentials of nursing research. Methods, appraisal and utilization. Philadelphia (USA): Lippincott Williams & Wilkins. p. 457-94.
Pontes, M. M. (2008). Pacto de Silêncio: Maternidades Fugazes. Lisboa: Papiro Editora.
Rolim, L., & Canavarro. M. C. (2001). Perdas e luto durante a gravidez e puerpério In M. C. Canavarro (Eds. 2001). Psicologia da Gravidez e da Maternidade. Coimbra: Quarteto Editora.
Schott, J., Henley, A., & Kohner, N. (2007). Pregnancy loss and death of a baby: guidelines for professionals. London: Bosun Press.
Stirtzinger, R., Robinson, G.E. & Stewart, D. (1999). Parameters of grieving in spontaneous abortion. International Journal of Psychiatry in Medicine, 29 (2), 235-249.
Vieira, M. M. F. & Zouain, D. M. (2005). Pesquisa qualitativa em administração: teoria e prática. Rio de Janeiro: Editora FGV.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Rayssa Stéfani Sousa Alves; Francisco Lucas Leandro de Sousa; Laíssa Almeida Custódio da Silva; Elielson Rodrigues da Silva; Francisco Higo Pontes de Oliveira; Jaciara Pinheiro de Souza ; Luiz Fernando de Almeida ; Sabina Dias Rangel; Anne Nicoly de Sousa Lisboa; Manoel Vitório Souza Santana; Igor Lima Soares; Wieclesio Suelber Silva dos Santos; Heuder Henrique Frederico da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.