Desempenho agronômico da soja em diferentes velocidades de semeadura e profundidades de deposição do adubo em plantio direto
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10171Palavras-chave:
Distribuição longitudinal; Glycine max; Plantabilidade; Semeadora-adubadora.Resumo
A qualidade do processo de semeadura é um fator indispensável para se obter altas produtividades na cultura da soja, podendo essa operação agrícola ser afetada por diversos fatores. Objetivou-se com esse trabalho avaliar a influência da velocidade do conjunto trator-semeadora e da profundidade de deposição do adubo na qualidade de distribuição das sementes e no desempenho agronômico da cultura da soja. Adotou-se um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 3, sendo quatro velocidades de semeadura (5, 6, 7 e 8 km h-1) e três profundidades de aplicação do adubo no sulco (9, 15 e 18 cm), com quatro repetições por tratamento. As variáveis analisadas foram: profundidade de semeadura, número de dias para a emergência, distribuição longitudinal de plântulas, estande inicial e final, altura de planta, altura de inserção da primeira vagem, número de vagens por planta e produtividade. A elevação da velocidade de deslocamento do conjunto trator-semeadora-adubadora aumentou os espaçamentos falhos, reduziu os espaçamentos aceitáveis e o estande inicial. A aplicação do adubo na profundidade de 18 cm reduziu os espaçamentos aceitáveis, aumentando os espaçamentos falhos e profundidade das sementes. A altura de plantas e de inserção da primeira vagem, número de vagens por planta e produtividade não foram afetados pelas velocidades de deslocamento e profundidades de deposição do adubo. Como os componentes de produtividade da cultura não foram afetados, visando maior rendimento operacional e economia de combustível, nas condições estudadas, o processo de semeadura na soja pode ser realizado na velocidade de 8 km h-1 e com o fertilizante sendo aplicado a 9 cm de profundidade.
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