Representações dos profissionais da saúde pública sobre as práticas integrativas e complementares na Cidade de Viçosa-MG, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.10212Palavras-chave:
Terapia complementar; Política de saúde; Sistema único de saúde.Resumo
O artigo tem como objetivo analisar as representações de profissionais de saúde pública do município de Viçosa - MG acerca das Práticas Integrativas e Complementares (PICs). A metodologia é de natureza qualitativa. Partindo-se do histórico de institucionalização política dessas práticas, utiliza-se a Teoria das Representações Sociais para análise das entrevistas. Os resultados se organizam em dois eixos temáticos, os quais tratam do conhecimento e aceitação das práticas integrativas e da inserção das benzedeiras no SUS. Observa-se que os profissionais desconhecem a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, mas reconhecem as práticas por ela abrangidas. Conclui-se que a ineficiência na divulgação da política influencia as percepções sobre sua eficácia e possibilidade de serem executadas.
Referências
Almeida, M. da. C. de. (2010). Complexidade, saberes científicos, saberes da tradição: Editora Livraria Fisica. 176 p.
Arar, F. C., Lopes, K. A. S., Alves, L. P., Narques, L. G. S., Braga, W. F. A., & Ruckl, S. (2017). O uso da apiterapia no tratamento de câncer: uma revisão sistemática. Revista Apucarana-PR11(9): 73 –80.
Beck, U., Giddens, A., & Lash, S. (2012) Modernização Reflexiva: Ed. UNESP. 336 p.
Boltanski, L. (2004). As classes sociais e o corpo. Ed. Graal. 180 p.
Brasil. (2016). Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES. cnes.datasus.gov.br/pages/downloads/arquivosBaseDados.jsp
Camargo, J., & Kenneth, R. de. (2003). Biomedicina, Saber & Ciência: uma abordagem crítica: Ed. Hucitec. 195 p.
Ceolin, T., Heck, R. M., Pereira, D. B., Martins A. R., Coimbra, V. C. C., & Silveira D. S. S. (2009). A inserção das terapias complementares no sistema único de saúde visando o cuidado integral na assistência. Enfermería Global. (16), 1-9.
Elias, M. C., & Alves, E. (2002). Medicina não-convencional: prevalência em pacientes oncológicos. Revista Brasileira de Cancerologia, 48(4), 523-532.
Espoti, C. D. D., Cavava, A. G., Côco, L. S. de A., Santos-Neto. E. T., & Oliveira, A. E. (2016). As dimensões do acesso aos serviços de saúde bucal na mídia impressa. Saúde Soc. 25(1), 19-30.
Geertz, C. (2008). A Interpretação Das Culturas. Ed. LTC. 432 p.
Goffman, E. (1988) Estigma - Notas Sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. (4a ed.): LTC.
Habimorad P. H. L., Catarucci F. M., Bruno V. H., T., Silva I. B., Fernandes V. C., Demarzo M. M. P., Spagnuolo R. S., & Patricio K. P. (2020). Potencialidades e fragilidades de implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Ciência & Saúde Coletiva, 25(2), 395-405.
Jodelet, D. (2001) Representações Sociais: um domínio em expansão. In. Jodelet, D. (Org.). As representações sociais, 17-44.
Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (2001) Metodologia do trabalho cientifico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. (6a ed.): 228 p.
Leininger, M. (1991) Culture care diversity and universality: a theory of nursing. National langue for nursing press, 432 p.
Ministério da Cultura. Lei Municipal reconhece benzedeiras do Triunfo. 27/03/2012. www.cultura.gov.br/
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC-SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/pnpic
Moscovici, S. (2012). A psicanálise, sua imagem e seu público: Vozes. 456 p.
Pereira, D. T. S., Andrade, L. L, Agra, G., & Costa, M. M. L. (2015). Condutas terapêuticas utilizadas no manejo da dor em oncologia. Rev Pesqui Cuid Fundam. 7(1):1883-1890.
Portal Brasil. SUS passa a oferecer terapias alternativas para a população. pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina =68&data=28/03/2017
Randow, R., Campos, K. F. C., Roquete, F. F., Silva, L. T. H., Duarte, V. E. S., & Guerra, V. A. (2016). Periferização das práticas integrativas e complementares na atenção primária à saúde: desafios da implantação do liangong como prática de promoção à saúde. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 29:111-117.
Rodrigues-Neto, F. J., Figueiredo, M. F. S., & Faria, A. A. (2009). Prevalence of the use of homeopathy by the population of Montes Claros, Minas Gerais, Brazil. Sao Paulo Med. J. 127(6), 329-334.
Saïas, T. Véron, L., Delawarde, C., & Briffaul,t X. (2014). Prevention in mental health: social representations from french professionals. Health Sociology Review, 23(2), 159-164.
Silva, C. P. M., & Rosado, A. F. B. (2017). Efeitos psicossociais da prática de yoga: uma revisão sistemática. Revista Iberoamericana de Psicología del Ejercicio y el Deporte, 12(2): 203-216.
Spadacio, C., & Barros, N. F. de. (2008). Uso de medicinas alternativas e complementares por pacientes com câncer: revisão sistemática. Revista Saúde Pública. 42(1), 158-164, 2008.
Vasconcelos, E. M. (1996). A terapêutica médica e as práticas populares de saúde. Saúde em Debate.
Viçosa. (2009). Câmara Municipal de Viçosa. Projeto de Lei n. 1.935, de 06 de janeiro de 2009. Implanta as Terapias Naturais no âmbito da política municipal de saúde do Município de Viçosa, e dá outras providências. Política Municipal de Práticas Integrativas e Complementares. Viçosa, MG.
Who. (2013). World Health Organization. Tradicional Medicine Strategy 2014-2023. 73 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Marco Paulo Andrade; Sheila Maria Doula; João Paulo Louzada Vieira; Isadora Moreira Ribeiro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.