Fototerapia versus Placa Oclusal no controle da sintomatologia dolorosa na Disfunção Temporomandibular: Estudo clínico controlado randomizado e de custo-efetividade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10251Palavras-chave:
Laser de baixa intensidade; Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular; Placas oclusais; Avaliação de custo-efetividade.Resumo
Objetivo: Comparar a eficácia da fotobiomodulação e da placa oclusal em pacientes com dor miofascial associado à DTM. Material e métodos: 23 pacientes foram randomizados em 2 grupos: grupo laser (GL) (n = 12) e grupo placa oclusal (GPO) (n = 11). Para o GL, o laser foi aplicado em 3 pontos de cada lado da face. Doze aplicações foram feitas, 2 sessões por semana. No GPO, os pacientes foram orientados a usar o aparelho durante o sono, 8 horas por noite, por um período de 6 semanas, sendo realizadas 12 sessões de ajuste e acompanhamento. Os pacientes de ambos os grupos foram reavaliados 30 dias após o término dos tratamentos. Resultados: Houve diminuição da intensidade da dor, de acordo com a escala visual analógica, nos dois grupos antes e após 1 mês (GL, p = 0,008 e GPO p = 0,002), mas sem diferença entre os grupos. Para a qualidade de vida, ambos os tratamentos tiveram impacto positivo, sendo esse impacto maior no GL em relação ao GPO (p <0,05). Em relação à análise de custo-efetividade, o laser foi mais custo-efetivo do que a placa oclusal no ensaio clínico. O custo incremental do laser foi de $ 3.483,45 em comparação com a tala, mas teve uma relação de custo de $ 4.569,02 para intensidade de dor controlada, enquanto a tala apresentou relação de $ 6.691,91 para intensidade de dor controlada. Conclusão: A fotobiomodulação foi mais custo-efetiva no controle da sintomatologia dolorosa em pacientes com DTM e dor miofascial.
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