O gerenciamento das emissões de gases de efeito estufa e a participação do setor da Construção Civil no Programa Brasileiro GHG Protocol
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10284Palavras-chave:
Mudanças climáticas; Inventário de emissões; Fontes emissoras.Resumo
A preocupação com as mudanças climáticas e seus impactos têm sido objetivo de tratativas à nível mundial. Tanto as empresas quanto as entidades governamentais vêm empregado esforços contínuos para redução dos gases de efeito estufa, limitação do aumento da temperatura global e promoção da resiliência à mudança do clima. Assim, procurou-se analisar neste estudo o histórico de emissões no Brasil e o modo como o país tem se adequado às exigências internacionais. A partir de uma revisão sistemática no modelo PRISMA (Principais itens para relatar Revisões Sistemáticas e Meta-análises), 21 artigos científicos foram analisados e se desenvolveu um estudo quantitativo dos inventários de emissões de gases de efeito estufa publicados pelo Programa Brasileiro GHG Protocol, por parte das organizações do setor da Construção Civil. Para o setor, foram contabilizadas nove organizações membro, sendo que quatro possuem o selo ouro. Os resultados mostraram que as publicações dos inventários se concentram em organizações localizadas na região Sudeste do país e que no geral não há uma periodicidade nas publicações. Também foi percebido que 93,8% das emissões registradas em 2019 estão inseridas no Escopo 3, ou seja, originadas de fontes indiretas, como na produção do cimento e do aço utilizados nas obras. Por fim, foi observado que as organizações da Construção Civil perfazem um percentual de 6% das empresas membro do Programa, evidenciando a necessidade do setor em ampliar o gerenciamento das suas emissões, de modo a contribuir com medidas de combate à mudança climática.
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