Atividade alelopática de caju-de-árvore-do-cerrado sobre a germinação e crescimento de alface e rabanete
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.10441Palavras-chave:
Plântula; Extrato aquoso; Anacardium othonianum Rizz.Resumo
O estudo da atividade alelopática vem sendo utilizado no combate e controle de doenças, insetos e plantas daninhas. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito alelopático de extratos das folhas de caju-de-árvore-do-cerrado (Anacardium othonianum Rizz.) na germinação e no crescimento inicial de plântulas de alface (Lactuca sativa L.) e rabanete (Raphanus sativus L.). Inicialmente, foram obtidos extratos aquosos das folhas da planta in natura por dois métodos de extração aquosa: infusão e decocção. Os bioensaios de germinação e crescimento de alface e rabanete foram realizados em triplicata, com tratamentos compostos por seis diferentes diluições dos extratos, sendo feita a análise da porcentagem de germinação, comprimento de radículas e da parte aérea das plântulas após 7 dias de incubação, sob condições de temperatura e luz artificiais. Verificou-se a existência do potencial alelopático em ambos os extratos das folhas de caju-de-árvore-do-cerrado, pela sensibilidade observada nas sementes de alface e rabanete. Além disso, constatou-se que os efeitos dos aleloquímicos são dependentes da dosagem utilizada, já que foram observadas variações nos efeitos alelopáticos (inibitório e/ou estimulante) apenas alterando a concentração aplicada dos extratos.
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