Estudo anatômico do padrão labial entre mães e filhas do Nordeste brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10545

Palavras-chave:

Queiloscopia; Odontologia Forense; Lábio; Hereditariedade.

Resumo

Objetivo: Avaliar o padrão de herança queiloscópico, transmitido de mãe para filha, e sua aplicabilidade na identificação humana. Metodologia: Tratou-se de um estudo transversal de natureza qualitativa e quantitativa, elaborado de acordo com o Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). A amostra foi composta por 30 acadêmicas de Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), e suas respectivas mães. O método consistiu em três etapas: mensuração da espessura labial, classificação das comissuras dos lábios e avaliação do padrão sulcular, seguindo a classificação de Suzuki e Tsuchihashi. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher. Resultados: As características labiais mais prevalentes foram a presença de lábios mistos, grossos/muito grossos e da comissura labial disposta horizontalmente. Na avaliação do padrão sulcular prevaleceram os sulcos tipo I (linhas verticais completas) e I’ (linhas verticais incompletas). A espessura e o tipo de comissura labial apresentaram maior potencial de transmissão de mãe para filhas, quando comparado aos tipos de sulcos labiais. Conclusão: A análise dos lábios evidenciou algumas características que apresentam maior semelhança entre mães e filhas, sendo o padrão das impressões labiais a característica de menor semelhança entre os descendentes estudados.

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Publicado

08/12/2020

Como Citar

SILVA, A. V. .; COSTA, A. L. P. .; SILVA, M. L. C. A. da .; OLIVEIRA, M. B. .; PARANHOS, L. R.; FRANCO, A. .; MARQUES, J. A. M. .; MUSSE, J. de O. . Estudo anatômico do padrão labial entre mães e filhas do Nordeste brasileiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e94691110545, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.10545. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/10545. Acesso em: 3 out. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde